segunda-feira, 1 de agosto de 2011


FALTAR À VERDADE

Existem pessoas que afirmam que é mais fácil fazer as pessoas acreditarem numa grande mentira dita muitas vezes, do que numa pequena verdade dita apenas uma vez. Mentira é uma declaração feita por alguém que acredita ou suspeita que ela seja falsa, na expectativa de que os ouvintes ou leitores possam acreditar nela. Portanto uma declaração verdadeira pode ser uma mentira se a pessoa que o diz acredita que ela seja falsa; e histórias de ficção, embora falsas, não são mentiras. Dependendo da maneira como é pronunciada, uma mentira pode ser uma declaração falsa genuína ou uma verdade selectiva, por omissão, ou mesmo a verdade se a intenção é enganar ou causar uma acção que não é do interesse do ouvinte. Mentir é contar uma mentira. Uma pessoa que conta uma mentira, em especial aquela que conta mentiras com frequência, é um “mentiroso”. Mentir é contra os padrões morais de muitas pessoas e é tido como um pecado em muitas religiões.

Mentir de uma maneira que piore um conflito em vez de diminuí-lo, ou que se vise tirar proveito deste conflito, é normalmente considerado como algo antiético.

Faltar à verdade torna-se uma sátira com propósitos humorísticos quando deixa explícita pelos excessos na fala e o tom jocoso que de facto é uma mentira, nestes casos é com frequência tratada como não sendo imoral e é bastante praticada por humoristas, comediantes, escritores e poetas como já tem acontecido por alguns costeletas no nosso blog. A etiqueta é preocupante com as questões da mentira, atribuição da culpa da hipocrisia – coisas que com frequência são menosprezadas na ética mas de grande utilidade na sociedade:

As mentiras podem ser divididas em classes – ofensivas ou mal intencionadas, inofensivas e jocosas, das quais apenas a primeira classe é séria

Há alguns tipos de mentiras que são consideradas aceitáveis, desejáveis, ou mesmo obrigatórias, devido a convenção social. Apontamos apenas estas duas:

- O uso de eufemismos para evitar a menção explícita de algo desagradável;
- Desculpas para evitar ou encerrar um encontro social indesejado.

Achamos que a psicologia evolucionária está preocupada com a teoria da mente que as pessoas empregam para simular a reacção de outra à sua história e determinar se uma mentira será verosímil. O marco mais comummente citado na ascensão disso, o que é conhecido como inteligência maquiavélica, ocorre na idade humana cerca de quatro anos e meio, quando as crianças começam a ser capazes de mentir de maneira convincente. Antes disso, elas parecem ser incapazes de compreender que todo mundo não tem a mesma visão dos eventos que elas têm – e parecem presumir que há apenas um ponto de vista —o seu próprio — que precisa ser integrado a qualquer história. Os linguistas estudam estes assuntos. Para se considerar se foi uma mentira ao serviço de uma boa causa, então foi uma mentira social. Se foi baseada em falhas de informação, então foi um erro honesto. Se estava lá apenas para ênfase, então foi um exagero.
Parece extremamente improvável que a mentira seja algum dia inteiramente eliminada da política ou da diplomacia, da mesma forma que não é possível removê-la da guerra que essas actividades são, em últimas instâncias, criadas para ajudar a impedir de ocorrer.
As mentiras começam cedo. Como já referimos as crianças pequenas aprendem pela experiência que declarar uma inverdade pode evitar punições por más acções, antes de desenvolverem a teoria da mente necessária para entender porque funciona. De maneira complementar, existem aqueles que acreditam que as crianças mentem por insegurança, e por não compreenderem a gravidade dos seus actos escapam da responsabilidade apelando para a mentira.
Polígrafos, máquinas de detecção de mentiras, medem o estresse fisiológico que um entrevistado sente em várias medidas enquanto dá declarações ou responde a perguntas. Afirma-se que picos do estresse indicam comportamento mentiroso. A precisão deste método é amplamente contestada,. No entanto, ele permanece em uso nalguns paises.

No dia 1 de Abril pode tornar-se difícil “faltar à Verdade”; não será necessário usar o polígrafo para encontrar a mentira.

Um arranjo de Alfredo Mingau


3 comentários:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

Geitoso!
Faltando à verdade com a mentira, nem podia ser de outra forma.
Começamos bem o Agosto, com chuva e mentira...
Rogério

Anónimo disse...

Bom Dia.
Acho muito pertinente e arrojado, este arranjo do Mingau.
Eu tambem uso esta ferramenta, ou produto, como se queira chamar.
Mas sempre com conta peso e medida tendo em consideracao que tudo quer seja bom ou mau em demasia pode ter efeitos contrarios aos desejados.
Tal como a agua , o sal o Sol ou o elogio, a mentira deve ser usada com moderacao.
Excepto a piedosa, penso eu!

J Elias Moreno

Anónimo disse...

Bom Dia.
Acho muito pertinente e arrojado, este arranjo do Mingau.
Eu tambem uso esta ferramenta, ou produto, como se queira chamar.
Mas sempre com conta peso e medida tendo em consideracao que tudo quer seja bom ou mau em demasia pode ter efeitos contrarios aos desejados.
Tal como a agua , o sal o Sol ou o elogio, a mentira deve ser usada com moderacao.
Excepto a piedosa, penso eu!

J Elias Moreno