terça-feira, 30 de julho de 2013



INFORMAÇÃO
(informação rectificada)


Foi hoje enviado a todos os associados Costeletas o jornal oCosteleta nº 116.
Considerando não existir qualquer alusão à reabertura deste Blogue
Considerando terem retirado do jornal a informação do site deste Blogue, que pressupõe o desinteresse da Direcção.
( O site serve para comunicar e ver o blogue)
Consideramos que é chegada a altura do pessoal da Redacção,





ENTRAR DE FERIAS ILIMITADAS


segunda-feira, 29 de julho de 2013

ANIVERSÁRIOS


PARABÉNS A VOCÊ

AGOSTO

01 - José Martins Correia. 02 - Alierta Neto Gonçalves;  José Mascarenhas Xavier. 03 - José António Cabrita Neves. 04 - Maria Ivone Simões Martinho; José Manuel Justo Sousa;  Maria Estrela Parra Viegas Fernandes; José António Ponte Pires; Maria de Fátima de Sousa Almeida e Lopes. 05 - Manuel Cavaco Guerreiro. 06 - António Maria Marques Viegas; Maria José Emília Vítor da Silva; Maria Cecília Correia. 07 - Luís Alberto Rosa Cunha; Heliodoro Silva Martins Felix. 08 - Nuno Manuel Agostinho. 09 - Maria Romana Costa Lopes Rosa; Hélio Morais Vila Nova. 10 - António Boaventura Gonçalves Brás; Maria Manuela Chumbinho Rebeca; Dina Luísa Camacho Piloto Santos; Vítor Manuel Fontainhas Pedrinho.  12 - Maria de Lourdes Bento Vieitas; Fernando Brito Ramos; Maria Piedade Viegas Santinho Coelho Soeiro. 14 - Maria José Moreira Brito Cavaco Guerreiro; Eduardo Santos Gonçalves; José Manuel Dias Silva; Filipe José Gonçalves Santa Rita; Maria Assunção Mascarenhas Fonseca 15 – Maria do Castelo Palminha Dias Azedo Correia. 16 - Maria Valentina Calado da Palma Domingos Abrantes; António José Parreira Afonso; Bento da Luz Pereira. 17 - Henrique Luís de Brito Figueira. 18 – José Viegas Santos. 20 - José Carmo Elias Moreno; Maria Alice Nunes Mestre;  José dos Santos Rocha Júnior; Jorge Manuel Lopes Batista. 21 – Maria da Conceição Pinto Pires. 22 - Graciano Guerreiro Inês; Rui Manuel da Conceição Rosa.  24 – Diamantina António Baeta Gonçalves; Maria Ivone Nascimento Rosa Pinheiro da Cruz. 25 - Manuel Mário Matoso Silva Domingues. 27 - José Francisco Guerreiro Mendes 28 - Manuel Rodrigues Serafim; Jesuíno José Amândio Oliveira; Felisbela Guerreiro da Palma Morgado; João Remendinho Guerreiro Mestre. 29 - Jacinto Manuel Afonso Teixeira Nunes; Maria José Geada Mendonça Piriquito de Almeida Rodrigues; Drª. Maria Almira Pedrosa Medina; Jorge Manuel Neto da Cruz. 


MUITOS ANOS COM MUITA SAÚDE
SÃO OS VOTOS DA REDACÇÃO

domingo, 28 de julho de 2013

R E C T I FC I C A N D O


Como somos novos neste imbróglio, desconhecíamos que os comentários enviados tinham que ser moderados para serem publicados. Alguém nos informou hoje.
A rectificação já está feita e todos os comentários foram publicados. O nosso pedido de perdão.
Vamos aprendendo.
Isto quer dizer que apenas publicaremos o que se encontrar
dentro das normas estabelecidas.

Da Redacção

ENSINAMENTOS MILENÁRIOS DO SÁBIO CONFÚCIO


                                               Dos "Anacletos", de Confúcio


                                             Inocêncio da Costa


sábado, 27 de julho de 2013

DOIS DEDOS REAPARECIDOS - II



Aqui vai o segundo artigo sobre "Costeletas e Bifes",que saiu no Jornal "O Olhanense" em Janeiro de 2012, referência que agradeço adicionam ao  texto quando for publicado no Blog. Costeletais Saudações. Norberto Cunha.-


DOIS DEDOS DE PROSA                                                                                                             
Por  Norberto Cunha
                                                                                                                                              “COSTELETAS” e “BIFES” 
II   Emulação e Empatia 

                                                                                                                                                                    Como ficou dito no artigo precedente, a população estudantil de Faro provinha de dois grupos sócio-culturalmente diversos, embora economicamente próximos. Muito mais do que as condicionantes de natureza material, eram os pressupostos de ordem ideológica que presidiam às opções educativas de um e outro. Estudar no liceu, além de prometer mais altos voos a quem o fazia, era, conforme a tradição, também “mais fino”. Em contrapartida, estudar na escola garantia de modo mais eficaz e em prazo menor, a profissionalização e autonomia económica dos que seguiam essa opção. Assim, vangloriavam-se os “bifes”, duma escolaridade que, em princípio, os guindaria ao exercício duma profissão liberal ou a cargos de direcção nas empresas e na administração pública. No entanto, mais de metade ficava pelo caminho. Os que não iam além do 5º ano (segundo ciclo) confrontavam-se com um mercado de trabalho onde não abundava oferta condizente com tais habilitações. Aos restantes, àqueles que concluíam o 7º ano mas não tinham meios     para ingressar na universidade, deparava-se situação semelhante. Saíam porém     com a satisfação decorrente duma mais dilatada vivência das praxes e ritos académicos, da solenidade da capa e batina, do romantismo de devaneios e anseios adolescentes induzidos, em parte, pelos ecos do viver mais ou menos boémio e liberal da academia coimbrã, guitarras e fado incluídos. Mas fosse como fosse, todos estes frequentavam um ensino com tradição secular, reputado de mais complexo e exigente, com propinas de custo mais elevado que as do ensino técnico e tinham-se saido bem nas respectivas provas de admissão cujo grau de dificuldade, segundo se dizia com verdade ou sem ela, sobrelevava o das suas congéneres da escola. Em tais particularismos assentava o sentimento de superioridade que muitos nutriam relativamente aos seus pares “costeletas”, conquanto nem sempre tal sentimento transparecesse ou, transparecendo, raramente roçasse a sobranceria. Do outro lado, desprezando o canto de sereia do “mais fino”, a visão mais realista da vida por parte das famílias que pesavam com objectividade as potencialidades dos dois sistemas de ensino, era o que conduzia ao ingresso na escola dos futuros “costeletas”. E se à partida, para alguns destes, poucos, aceitar tal destino era um acto de resignação, passado pouco tempo, e como os demais, já lhe reconheciam as vantagens e delas se orgulhavam. Obtinham uma formação que, ao contrário da do liceu, aliava teoria e prática, assegurava a especialização num ofício ou proporcionava um diversificado conjunto de saberes e aptidões que os tornava candidatos preferenciais num primeiro emprego, e profissionais qualificados com possibilidade de superior sucesso numa carreira nas empresas dos sectores secundário e terciário, ou na função pública. Além disso, e ainda que fosse mais estreito o leque das opções subsequentes, os cursos técnicos eram ainda um patamar para o prosseguimento de estudos através de cursos médios, magistério primário, institutos comercial e industrial, e estes últimos também facultavam o acesso à universidade.                   
Conscientes das especificidades do sistema em que se integravam, “costeletas “ e “bifes” valorizam as que lhes tocavam, mas raramente as invocavam como forma de afirmação pessoal. Era nos eventos de carácter social, em particular nos confrontos desportivos, onde essa consciência melhor se expressava como factor de auto-estima e de coesão colectiva. Fatia maior desses confrontos cabia ao futebol, que concitava larga afluência de estudantes de ambos os lados e sexos. Aí se digladiavam as respectivas claques, cada uma tentando abafar a outra com os seus “gritos de guerra”.“F, r e a: Fra; F,r e e:, (etc.); Fra, Fre, Fri, Fro, Fru, charabitátátá (bis) Hurra! Hurra!” Gritavam os “bifes”. “Alabi, Alabá; Alabi, Bumbá! Escola! Escola! Escola! Hurra! Hurra!” Ripostavam os “costeletas”.           
Todavia, para os jogadores, a presença das “miúdas” constituía o maior estímulo.                                         
Que se saiba, também do historial desses encontros não há registo. Porém, atendendo ao significativo número de “costeletas” que neles participaram e vieram a representar os dois clubes rivais do Sotavento e ainda o antigo Sport Lisboa e Faro, presume-se que a equipa detentora do melhor palmarés terá sido a da escola. Entre outros que nela se distinguiram, lembramos: Barão, Fausto Xavier, José Gonçalves, Júlio, Rogério Soromenho, Ribeirinho, José Palminha, os irmãos Zambujal, Filipe Vieira, Manuel Dias, Zeca Bastos (Faro); Poeira, Parra, Eduardo Pires, Nuno, Agostinho, Vítor Caronho (Olhão).                               Já quanto aos despiques no campo amoroso, a história terá sido outra. Se bem que, perante o assédio dos “bifes” às moças da escola, os “costeletas” viessem a responder na mesma moeda, ao que parece, de tal disputa não resultaram vencidos nem vencedores. Ao longo do tempo, vários “bifes” casaram com “costeletas”, mas não faltaram também os “costeletas” que casaram com alunas do liceu. Aliás, a emulação entre os dois grupos nunca impediu que entre os seus componentes surgissem grandes e duradouras amizades. Todos eram estudantes, jovens, portadores de sonhos e de esperança e que, por diferentes vias, perseguiam um mesmo desiderato: a realização pessoal. E de ambos os lados, o sentimento de pertença a um grupo que reunia jovens oriundos de quase todo o Algarve, era uma fonte de socialização que fomentando o sentido de participação e do dever de fidelidade ao mesmo, os preparava para as responsabilidades da idade adulta.                                                                          
Prosseguindo estudos e/ou ingressando no mundo do trabalho, grande parte de uns e outros se dispersou pelo país e alguns pelo estrangeiro. Na sua maioria bem sucedidos na vida, alguns alcançaram a notoriedade, designadamente nos domínios do empreendedorismo empresarial, da cultura e da política. E não são poucos os que lembram esse passado de “bifes”/”costeletas” como momento primeiro mas determinante do sucesso maior ou menor das suas carreiras. Entre os primeiros, há os que de tempos a tempos se reúnem para confraternizar ou a propósito duma celebração. Os segundos fundaram em 02/04/91 a “Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira”, que conta com cerca de 600 associados, desenvolve assinalável actividade social (almoços bianuais, comemorações, festas, etc.) publica “O Costeleta”, um pequeno jornal que “sai quando sai” mas já atingiu a bonita soma de 109 edições, e participa na blogosfera com um blog (temporariamente suspenso) que tem dois “bifes” entre os seus colaboradores.           
Assim se comprova que aquela recíproca e subconsciente ponta de inveja que atravessava o relacionamento entre “bifes e costeletas” (da qual no entanto só os mais atentos se davam conta) era, afinal, manifestação primária da grande empatia existente entre uns e outros, mas que sob o véu
da competitividade se escondia.
                                                                                                                                                                            

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A NOTÍCIA



DESTAQUE DO DIA
Nas últimas horas a palavra mentira foi uma constante nos meios de informação.
Fiquei perplexo e algo duvidoso com o que ouvia. Falavam de crianças apanhadas a mentir? De adultos que queriam fugir à verdade, mentindo?
Para melhor entender o significado semântico da palavra – mentir – propus-me consultar o moderno dicionário da língua portuguesa.
Diz o referido
MENTIR – Afirmar como verdadeiro o que se sabe ser falso ou negar o que se sabe ser verdade.
MENTIROSO – Que ou aquele que diz mentiras. Impostor; falso.
Após esta consulta tive de concluir: Se o assunto se relacionava com crianças, havia necessidade de as ensinar a não mentir. Se tinha alguma relação com adultos, a situação era muito grave e o “mentiroso” teria de ser castigado.
A propósito deste tema, ocorreu-me transcrever uma quadra do poeta António Aleixo:
P’ra mentira ser segura
E atingir profundidade
Tem de trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade
Vou estar muito atento, para ler ou ouvir na comunicação social,  a “qualquer coisa de verdade” de que fala o poeta e que este caso, requer!

Jorge Tavares

quarta-feira, 24 de julho de 2013

RECORDANDO





Equipa de JUNIORES do SPORTING CLUBE FARENSE no ano de 1958/59: Massagista BENTO - Celinho, Babuta, Seromenho, Mário, Guerreiro, António e Atraca (encima) - Armando Gonçalves, Capitulino, Tabeta (Fortes), José Manuel (Pélé) e Carlinhos (em baixo), De frente da Esquerda para a Direita.
Enviado pelo Costeleta Armando Pereira Gonçalves

NOTA:- Também pode ser visto na nossa página do Facebook:  oscosteletas.faro




A NOTÍCIA



Transcrevemos o que circula na Net:

Por apoiar a posição deste Senhor, faço circular a notícia
Magistrado alega que as "actas não são uma forma do verbo atar" e que "os cágados continuam a ser animais e não algo malcheiroso".
"O juiz Rui Teixeira, que conduziu a instrução do processo 'Casa Pia' e que agora está colocado no Tribunal de Torres Vedras, não quer os pareceres técnicos sociais com o novo Acordo Ortográfico", revela o Correio da Manhã na edição de hoje.
O magistrado enviou uma nota à Direcção Geral de Reinserção Social (DGRS) em Abril onde se podia ler, que esta "'fica advertida que deverá apresentar as peças em Língua Portuguesa e sem erros ortográficos decorrentes da aplicação da Resolução do Conselho de Ministros 8/2011 (...) a qual apenas vincula o Governo e não os tribunais'".
Ainda segundo o Correio da Manhã, a DGRS pediu um esclarecimento ao juiz, tendo este respondido que a "'Língua Portuguesa não é resultante de um tal «acordo ortográfico» que o Governo quis impor aos seus serviços', diz o juiz, acrescentando que 'nos tribunais, pelo menos neste, os factos não são fatos, as actas não são uma forma do verbo atar, os cágados continuam a ser animais e não algo malcheiroso e a Língua Portuguesa permanece inalterada até ordem em contrário'", escreve o Correio da Manhã.

nota:- Não temos acordo com este acordo/desacordo ortográfico da nossa língua (NOSSA). Continuaremos a publicar na NOSSA.


terça-feira, 23 de julho de 2013

POESIA



Já a manhã falece


Já a manhã falece,
Há muito o melro pia,
Quem me dera que nascesse,
Amanhã um novo dia!

Outro dia com mais esperança,
Cada qual com um sorriso,
Que acabasse esta matança,
Que nos dá cabo do juízo!

Que estes que vão à frente,
Tivessem muito mais tento,
Para o que a miséria sente,
Recobrasse um outro alento!

Que espécie de tempos estes são?
Tempos de dor e de bater o dente,
Aflige-se o nosso pobre coração.
Endoidece quase a nossa mente!


Manuel Inocêncio da Costa


segunda-feira, 22 de julho de 2013

A FRASE DO DIA



 Aquilo que persistimos fazer torna-se mais fácil, não porque a natureza da coisa mude, mas porque a nossa capacidade de executá-la aumenta


domingo, 21 de julho de 2013

ULTIMA HORA



EM CIMA DO ACONTECIMENTO


Depois da concentração em Vale das Almas, durante 3 dias, os motard's fizeram o desfile pelas ruas da cidade de Faro. Estiveram na concentração para cima de 15 mil motos.

O início do desfile no comboisinho turístico da cidade


E logo a seguir o autocarro descapotável com as artistas do evento.




Tudo se viu até esta mota com muro de tijolo e portão.


E esta, engaladada com caveiras.

E esta preparada com preguiceiro. Um descanso


Esta para quem tem uma família numerosa.

E terminou, transportando a nossa bandeira.
O desfile durou 20 minutos


Fotos enviadas pelo Costeleta Roger, que agradecemos.




sexta-feira, 19 de julho de 2013

OS GRANDES POETAS

Florbela Espanca

O Meu SonetoEm atitudes e em ritmos fleumáticos, 
Erguendo as mãos em gestos recolhidos, 
Todos brocados fúlgidos, hieráticos, 
Em ti andam bailando os meus sentidos... 

E os meus olhos serenos, enigmáticos 
Meninos que na estrada andam perdidos, 
Dolorosos, tristíssimos, extáticos, 
São letras de poemas nunca lidos... 

As magnólias abertas dos meus dedos 
São mistérios, são filtros, são enredos 
Que pecados d´amor trazem de rastros... 

E a minha boca, a rútila manhã, 
Na Via Láctea, lírica, pagã, 
A rir desfolha as pétalas dos astros!.. 

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

CANTINHO DOS MARAFADOS



ALMAS DO OUTRO MUNDO
Autor – Rogério Coelho
Costeleta dos anos 40

O moço(1) frequentava o primeiro ano na Escola Industrial e Comercial Tomás Cabreira em faro.
Naquele dia, e naquela ultima aula da cadeira de língua francesa, a professora faltou; era muito raro a professora D. Irene da Conceição Jacinto faltar.
Uma hora de liberdade era suficiente para uma boa partida de futebol no "estádio" de terra batida do Largo da Sé. Era a última aula da tarde.
Foi já perto do abrir da noite quando a partida de futebol terminou.
Entretanto. o vizinho e colega de turma, Manuel Estevens dos Santos dirigiu-se para casa e a mãe do moço ficou a saber que o filho tinha ido jogar com a "trapeira"(2)  para o Largo da Sé.
Sem conhecimento da malandrice do Estevens, e assim que terminou o jogo, o moço dirigiu-se para casa.
Ao entrar reparou no olhar estranho com que a mãe o fitava.
- Donde é que tu vens? Perguntou a mãe.
- Então, venho da aula, respondeu.
- A tua professora não faltou?
Marosca, pensou, como é que ela sabe? Só pode ter sido o pirata do Estevens(3) que não é capaz de estar calado, o sacana.
- Sim, vim passeando e vendo as montras.
- Eu dou-te as montras, olha para os teus sapatos esfolados, eu dou-te a bola, dou-te é com o chinelo.
E agarrando-lhe a orelha com uma mão e o chinelo na outra começou a sovar-lhe o traseiro enquanto o moço berrava com as dores das chineladas. Conseguiu com esforço libertar-se e fugir, perseguido pela mãe, para o quarto e meter-se debaixo da cama.
- Sai daí, dizia-lhe a mãe.
- Não saio, a mãe bate-me.
- Já te bati, não te bato mais, sai!
E o moço, receoso e com a lágrima no olho, lá se arrastou saindo debaixo da cama.
- Vai lavar as mãos, vou dar-te o jantar e vais para a cama de castigo.
Já a noite ia alta quando, de repente, acordou de um pesadelo que o fez sentar na cama com o coração a bater apressado. E mais apressado bateu ao abrir os olhos e reparando, na penumbra do quarto apenas com uma ténue iluminação que a lua cheia projectava através da clarabóia do corredor, com uma arrepiante e esbranquiçada aparição que, suspensa no enquadramento da porta aberta, lentamente balanceava em silêncio espectral.
            O medo apoderou-se do moço com o pensamento de estar perante uma aparição "fantasma". Quis gritar mas as cordas vocais não respondiam. Tapou-se com o lençol deixando apenas visível os olhos que fixavam aquela aparição. Pouco a pouco, sem deixar de fixar aquele vulto em suspensão, o medo foi-se transformando em coragem.
Lentamente deslizou o braço para fora do lençol na direcção da mesa-de-cabeceira onde sabia estar uma tesoura. Às apalpadelas encontrou e agarrou o objecto com firmeza e, acto contínuo, escorregou sorrateiramente para fora da cama encaminhando-se com os olhos fitos na direcção do vulto. Já perto levantou o braço para desferir o golpe.
Nesse preciso momento uma nuvem que descobriu a lua fez aumentar a visibilidade do luar que penetrava pela clarabóia. Perplexo, o moço evita o golpe ao reparar que aquela aparição era afinal um vestido que a irmã tinha passado a ferro e, para não se amarrotar, o pendurara pelo cabide por cima da ombreira da porta e que, uma pequena aragem o fazia voltear e resplandecia em contraste com a luminosidade do luar que o iluminava por detrás.
Almas do outro mundo que povoam o pensamento e causam medo a certas pessoas, também o fizeram com o nosso moço.
FANTASMAS!

Nota: - Uma pequena história na sua essência verídica.


               (1)Na pessoa do autor;
                   (2)Bola feita com uma meia de senhora que se enchia com trapos de maneira a ficar cheia com o tamanho desejado;
                     (3)Que descanse em paz.


NOTÍCIAS



Destaque do dia
 
Fiquei comovido quando hoje vi na primeira página do Diário de Noticias o costeleta Presidente – Aníbal Cavaco Silva – segurando entre as suas mãos uma Cagarra, sorrindo-lhe amorosamente, como que a solicitar-lhe “deixa-me apadrinhar-te”.
Indiscutivelmente este costeleta Presidente, oriundo dos meios rurais – como ele costuma afirmar – tem uma natural dedicação aos animais e aves.
Conseguiu que a  vaquinha dos Açores lhe sorrisse... mas a cagarra fez-se cara e teve de ser ele a sorrir-lhe. Que maravilha!

Jorge Tavares

quinta-feira, 18 de julho de 2013

"O CANDICATO"



Olá Costeletas,

Um pequeno texto, embora pouco “sumarento”, mas servirá de “ponta pé de saída”
Jorge tavares



Escola Tomás Cabreira
Escola Serpa Pinto
Escola Comercial e Industrial de Faro
Escola Tomás Cabreira

São muitos os costeletas que tiveram a oportunidade e felicidade, de frequentarem por ordem descendente, as primeiras três  “Escolas” desta relação, que serve de titulo ao texto.
Feitos os exames da quarta-classe e  de admissão, na Escola Primária de São Luís, recentemente inaugurada, tinha de tomar uma decisão: Matricular-me no Liceu João de Deus, ou na Escola Serpa Pinto. Não sei se por influência da família, pelos amigos  ou decisão vocacional,  optei pela Escola Serpa Pinto.
Feita a matricula, e porque a Escola tinha iniciado obras de remodelação, fazíamos a entrada pela  escada de madeira montada no lateral sul, virada para a Horta do Ferragial.  As aulas teóricas e as oficinas de carpintaria e serralharia,  funcionavam na metade do edifício, contíguo à Alameda.
Terminados os dois primeiros anos do curso comercial ou industrial, feitos na Escola Serpa Pinto,  os restantes seriam frequentados na Escola Tomás Cabreira, situada na Rua do Município (vila a dentro) e  no largo da Sé, diferenciando desta maneira as  disciplinas do Comercial e do Industrial (este denominado por “malta da ferrugem”).
No mês estabelecido para as matrículas, desloquei-me à Escola Tomás Cabreira, na Rua do Município, para a frequência do terceiro, quarto e quinto ano.
Jovem caloiro, deparei-me com o “colega” adulto sentado numa secretária, que me perguntou o que pretendia.
Respondi-lhe prontamente que era um “candicato” a matricular-me no terceiro ano. Juntaram-se mais uns quantos “colegas” adultos e foi uma paródia do género: Então o menino é um “candicato”...o que é isso perguntavam?
Foi este o meu primeiro encontro com o Franklin, cuja amizade se cimentou ao longo de décadas. Com ele aprendi muitíssimas coisas da vida, e também que eu não era um “candicato” mas um “candidato”.
Quantas vezes parodiámos esta situação...e apesar de separados não deixámos de o fazer.
Apesar de matriculado naquela Escola, o início do ano lectivo ocorreu na parte do edifício já remodelado e denominado Escola Comercial e Industrial de Faro.

Nota do autor: Realço um pormenor que embora  irrelevante é significativo. Portugal nunca foi um país com grandes características industriais. Até na denominação da Escola, a Indústria foi subalternizada.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

HISTÓRIAS



UMA HISTÓRIA ROMANA ANTIGA

Hanibaal ja tinha engando o cônsul romano no Ródano, cruzado Alpes, surrado os romanos em Ticino e Trebia enganando-os, quando resolveu passar entre os dois exércitos consulares marchando por terrível região pantanosa. Adquiriu uma endoftalmite e teve que arrancar um olho.

Hanibaal ficou deprimido, mas seu médico disse-lhe:

- General , isto é bom augúrio!

- Como assim?

- O general qualifica os romanos como inteligentes?

- Não, são irascíveis e orgulhosos


- Então… em terra de cego quem tem um olho é rei


terça-feira, 16 de julho de 2013

POEMA




A Minha Fantasia

Silenciosa ouvia a voz do vento
E logo me lembrei do meu “Outono”
Como folha caída ao abandono,
Sentia na minha alma igual tormento;

Perdida em meu espaço, sem alento,
Semicerrei os olhos, porque o sono
Surgia, tinha vindo em meu abono
E mais calma, fiquei, nesse momento

Depois a fantasia deambulava
E nas asas do vento eu a embalava
Ao compasso de leve sinfonia

Mas o vento, insubmisso, perturbável,
De natureza viva…, muito instável
Desfez aquela paz que me sorria.


Maria Romana


PARA RECORDAR

RECITA DE FINALISTAS  1965/66
QUEM SE RECORDA?


Uma foto enviada pelo Costeleta João Borges



FORÇA DE VONTADE








segunda-feira, 15 de julho de 2013

REFLECÇÃO



Enviar um E-MAIL não é crime, desde que o seu conteúdo não cause danos ao destinatário



CANTINHO DOS MARAFADOS






EVA E A MAÇÃ

Rogério Coelho                    rogerio1930@gmail.com
Costeleta dos anos 40


Depois de alguns erros na construção de várias histórias, algo teimosas para agradar, decidi tentar emendar o pensamento e procurar escrever sem dispersar-me, dando mais enfase no enquadramento e consistência na minha inspiração.
Não posso colaborar no Blogue todos os dias. Isso não dá!
Não quero ter a tentação de piscar o olho a todos com muita persistência, e depois ninguém me liga. É necessário dar uma dentada de cada vez, e com jeitinho para não engasgar.
E, por falar em dentada, veio-me ao pensamento muitas histórias que se têm contado sobre Eva e a Maçã. Mas nunca a minha foi dada a conhecer; passo a transcreve-la:
No paraíso Eva tentava dominar um certo desconforto, sentia que o seu corpo estava com adiposidade, um pouco pesada quando caminhava, o que lhe dava uma certa tristeza. Resolveu não comer fruta impondo o sacrifício de fazer dieta.
Não foi assim tão fácil!

E a serpente apareceu. E indicando a maçã na macieira gritou:

— Come — disse astuta — e serás como os anjos!

— Não — respondeu Eva. Virando a cara para o lado!

— Terás o conhecimento do Bem e do Mal — insistiu a víbora.

— Cruzou os braços, olhou bem na cara da serpente e respondeu firme: Não!

— Serás imortal.

— Não! Já disse!

— Serás como Deus!

— Não, e não! Já disse que não! Gritou pensando na dieta que queria impor para emagrecer.
Irritadíssima, com vontade de enfiar a fruta goela abaixo de Eva, a serpente já estava desesperada e não sabia como devia fazer para que aquela mulher, de princípios tão rígidos e personalidade tão forte, comesse a fruta. Até que teve uma ideia, já que nenhuns dos argumentos haviam funcionado...

Ofereceu novamente a maçã e disse com um sorrisinho maroto:

— Come, boba... A MAÇÃ EMAGRECE!

Foi tiro e queda!



NOTA DO AUTOR: Escrevi a “porcaria” deste texto (adiantando-me a todos os que acharem porcaria) durante uma semana de descanso passado nas termas de S. Vicente. Hoje passei ao computador e vou enviar.