Da Costeleta Lutilia Gonçalves Rocha, recebemos a crónica que agradecemos e transcrevemos.
Caro amigo Rogério!
Aqui estou a responder ao seu pedido.
Segue em anexo a crónica do almoço.
Crónica de hoje
Vinte e seis de Abril do ano 2014!
Pelo caminho das emoções, coração ao rubro, saltitante por entre imagens de uma adolescência onde o amor brincou à ternura e ao encanto, deixava-me conduzir, alegre e feliz, num calmo viajar absorvendo a paisagem rumo à capital algarvia.
Um rir de sol punha primavera no horizonte.
Percorrendo os contornos da cidade ao sul, aproximava-me da escola.
Lado a lado, mão na mão, meu esposo e eu, montes de saudades no olhar poisam no portão entreaberto que nos convida a entrar.
E a Isabel sorridente atira ao ar: A Lutília de Portimão!
Sorrisos na amizade de quem abre os braços e festeja no momento décadas de vida!
Gestos que trazem de volta, os verdes anos de estudantes, vividos naquele espaço, onde passado e presente, se entrelaçam na arquitetura!
E qual cortiço onde o mel ainda abunda, a escola acolhe a explosão alegre das emoções salpicadas de nostalgia e esperança.
No compasso de espera, entre as quotas que se põem em dia e o almoço que se apronta, avivam-se memórias.
Depois, é o entrar na cantina, procurar lugar e antes que os talheres orquestrem seu tinir de vaivém, Doutor Teixeira, saúda os presentes e agradece a presença.
Alegremente servidos; uma ementa bem à costeleta, onde não faltou o polvo que se desfazia em braços para a todos abraçar, o bacalhau que se apertava entre a açorda e a batata quente, a fruta vestida de salada, o arroz que se fez doce para o momento solene e o tagarelar remoçado, era no dedilhar do tempo, uma sinfonia inacabada!
O silêncio chegou inundado de significado. Homenagem ao Mestre, homenagem à aluna. Palavras em movimento na loquacidade de João Leal, professor e jornalista, onde o menino e moço sabiamente conjugado, acendeu madrugadas na tarde que sumia.
Depois um sopro de esperança na voz de Jessica; da sua avó um obrigado encharcado de ternura e da sua professora de português, um comovido entusiasmo!
E libertou-se o instante que havia em todos nós!
No espaço ficou o abraço do calor humano.
Bolo de aniversário e café, deram o toque especial ao evento!
Um aplauso a todos: ao carinho de quem organizou, à delicadeza de quem trabalhou, à nobreza de quem nos recebeu e à chama da amizade que levou cada um de nós a participar neste almoço comemorativo fazendo desta Associação o «expresso da saudade».
Foi crónica de hoje.
Carinhosamente, um abraço
Lutília
Colocado por
Rogério Coelho
1 comentário:
Minha cara Lutília
Porque "foi a crónica de hoje", porque não mais para amanhã?
Um abraço Costeleta
Roger
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