E foi o Dia dos Abraços que me inspirou para este texto.
Que as "loiras" me desculpem por algo sem intenção...
ABRAÇOS
N
|
este dia de Maio já a cheirar a
Verão com bastante calor, estava estendido na praia, com o corpinho ao sol para
ficar com um bronzeado mais bonito, e com a cabeça à sombra do meu guarda sol
quando, de repente, uma beldade louraça estende a sua toalha à sombra do meu
toldo, senta-se, bezunta-se com o bronzeador e estende-se em decúbito ventral. Tudo
isto sob o meu olhar de admiração.
Dirige-me o olhar e, sem preocupação
de autorização e educação, como dizem das louras, avança com voz calma e
descontraída:
- Você já reparou que
sempre no Dia dos Abraços, estamos
sozinhos, não temos a quem abraçar?
Fiz um tregeito de
admiração pela pergunta insólita.
– Não? – Então é
porque você está abandonado – Não? – é casado?
Mantive o meu silêncio,
com olhar sério. Ela não esperou por resposta.
– Quem não está
namorando, ou não é casado ou passa por um conflito psicológico sentimental –
“Está vendo, você foi terminar tudo, suponho, e agora está sozinho. poderia
estar comemorando esta data, ao invés disso, está curtindo a fossa, aqui”.
E, de repente, sem me
dar tempo a responder
-
Não importa, eu não vou perder tempo consigo neste dia dos abraços. Pegou na
toalha e desandou. Fiquei a segui-la com o olhar.
Não é que estive
sempre calado, pensativo e intrigado com aquele palavreado que não chegou a ser
diálogo? Olhei-a enquanto se afastava rebolando as “ancas”.
Não é todo mundo que
passa por este conflito – Eu sei – alguns homens nem se importam em demorar
para ter a primeira namoradoa, até
acredito nisso. É sério, algumas pessoas chegam aos 17, 19 anos, e não
estão nem aí para a vida amorosa.
Depois de certa idade
acontece-nos cada uma…! Algumas pessoas não dizem que o chocolate é o
substituto natural para o amor? – Então! – Tem o substituto natural para o
chocolate, o substituto para o
substituto do chocolate. Isso me lembra daquela piada dum sujeito, que não
recordo o nome, dizia “quando o fumador depois de um longo e exaustivo
tratamento, finalmente, ouve do médico. - Meu amigo, você está curado!” O que
ele fez em seguida? – Não, ele não chorou e agradeceu a Deus. Ele reuniu os
amigos e deu uma festa, a festa começou na segunda, continuou na terça, quarta,
quinta e sexta-feira, no sábado eles não tinham o que fazer, continuaram. Na
segunda-feira ele procurou o médico e disse: “Doutor, eu acho que me tornei
alcoólico…”
Reconheço que é
filosofia barata, mas a vida é assim mesmo. Creio que o “dia dos abraços”, como
me fez lembrar a louraça neste dia 22 de Maio, foi criado somente para motivar
as pessoas a procurarem seus parceiros, portanto uma forma diferenciada do
cupido acertar a seta no alvo… Aí veio o
cupido do mal aquele que tem “chifrinhos”,
e criou o dia do sexo – Não! – Não me perguntem para que foi criado esse dia,
isso é coisa de pervertido…
O que vem à memória
duma pessoa só por causa de “O Dia dos
Abraços – 22 de Maio” e de uma louraça caída de paraquedas debaixo do meu
guarda sol, fazendo lembrar aquele filme “E
Tudo o Vento Levou”… com aquelas “ancas”
a rebolar.
Como dizem das loiras,
“estúpidas”, e não só, o que direi
neste dia dos abraços, sem abraços!?
De qualquer forma aqui
vai um abraço para todas as “Costeletas”que não cairam de para-quedas no meu
“guarda-Sol”.
Rogério Coelho
22Maio2014
(Uma história de ficção.
Locais, factos e pessoas mera coincidência)
Sem comentários:
Enviar um comentário