sábado, 31 de maio de 2014

TEMOS DE CONTINUAR INDIFERENTES?


Transcrevemos do Facebook, por acharmos relevante e interessante,
o apontamento do Costeleta Diogo Sousa

Retalhos de leituras antigas.

......nos tempos da monarquia dizia-se que as eleições que então tinham lugar eram dominadas por caciques locais, jogo a que Alexandre Herculano chamava de "uma vil comédia", em que uma carneirada ía depositar o seu voto nas urnas--isso está bem descrito nos livros de Júlio Dinis-- e continuou a ser assim na primeira Republica. Depois emerge o Estado Novo e durante cinquenta anos a bem dizer não houve eleições... havia uns actos eleitorais, e foi neste período que as mulheres puderam ser eleitas pela primeira vez no nosso país, mas eram de tal forma tão controladas e a concorrência da oposição tão dificultada que as eleições tinham por resultado o triunfo dos deputados da linha do governo.....[.... ]
......as primeiras eleições que se organizaram, depois do 25/4 para a eleição da assembleia constituinte, são efectivamente sérias e acabam por revelar, por parte do eleitorado, um grande sentido de realismo, pois quando os órgãos de informação previam a maioria absoluta para o MDP/ CDE, este não arrecadou mais do que cinco por por cento! E o partido comunista catorze! Isto num ambiente em que por todo o lado, nomeadamente na imprensa, rádio e jornais, predominava a esquerda. O povo, na sua sabedoria, votou nos dois partidos ao centro do espectro político , o Partido Socialista e o Partido Social Democrata.
.....o importante é que se tratou de eleições sérias [....... ] pelo que se pode pensar que durante os tais cinquenta anos de Estado Novo se operou um amadurecimento da consciência que fazia falta. ANTES as eleições eram uma VIL COMÉDIA e posteriormente passaram a ser COISA SÉRIA.

E agora? Quem sabe quem escreveu isto ? 

Publiquei
Reporter Roger

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