Prezados Costeletas,
Faleceu o Rui Rebocho!
É rotina diária e
obrigatória, na chegada ao escritório, abrir o correio. Quero dizer, ver
os emails que entraram no meu computador e abrir os jornais diários.
Este acto que
aparentemente seria de grande expectativa, foi-se transformando nos últimos
tempos, em elevado martírio e algum sofrimento.
Política, economia,
justiça, excelentes textos de opinião inseridos em órgãos de comunicação,
desporto, estatísticas, desemprego, impostos, cortes, agravamentos, tribunal
constitucional, raptos, criminosos, roubos, acordos e desacordos, etc,
etc,...isto é, Portugal no seu “melhor”.
Ficaria aliviado se...que
dizer? Mudar a roda do tempo, voltar aos anos 1500 e começar um país
novo, com “outros portugueses “?
Não me parece, a solução,
mas também não devemos confundir o trigo com o joio.
Talvez tenhamos “todos”
de eliminar o joio que se apoderou do país e substituí-lo por trigo de
excelente qualidade.
Utopia é pensar que se
consegue transformar Portugal num dia, num ano, ou mesmo numa geração.
Terei sempre de recordar a nossa geração ( 1948/1960 ), perdoem-me algum
narcisismo, como um exemplo vivo duma Geração de Ouro, mas temos de reconhecer
que salvo alguma excepções ( e bem visíveis ), a grande maioria são portugueses
de excelência, espalhados pelo país e pelo estrangeiro.
É verdade que também faz
parte da “receita diária “ algum humor, embora quase sempre alicerçado em temas
que pretendem de alguma forma aliviar a sua gravidade.
Iniciei este texto porque
recebi do Victor de Jesus, a notícia do falecimento do Rui Rebocho.
Convivemos na Escola e
partilhámos algumas turmas. Acompanhei, mais ou menos, o seu percurso
profissional. Particularizo a sua voluntariedade, profissionalismo e facilidade
de convívio: Excelente homem e amigo. Mais um Costeleta que nos deixa. Fica a
saudade! Vamos todos “encontrar-nos” um dia. Não sei se associados ou
independentes, como sócios ou simpatizantes mas certamente, com bilhete
de ida sem volta.
Desculpem estimados
costeletas, este não ser o texto que gostaria de ter colocado hoje no blogue.
Tomá-lo-ia como um estado
de alma.
Jorge Tavares
Colocado por
Rogério Coelho
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