Da Costeleta Lutilia Rocha recebemos o texto que a seguir transcrevemos
O OLHAR
«Neste caminhar junho fora onde os santos
populares remoçam, ano após ano, as gerações que cantam a alegria popular, aqui
vai espaço fora um mimo para todos aqueles que partilham «o ideal
costeleta» uma flor virtual feita com pétalas de amizade e
perfume de esperança para aromatizar a existência.
Que os seus estames se
revelem braços que abracem a humanidade inteira e o seu pólen, faça recriar os
laços que embelezam o caminho, fazendo da vida, uma eterna Primavera.
Para si que tão
generosamente lê estas linhas um bom dia inundado de alegria e de amor com a
sabedoria popular.
Se gosta de recordar e
sentir o pulsar da gente anónima, a que chamamos povo, as raízes das grandes
figuras, berço de uma cultura invulgar, saborosa e assaz picante, eis algumas
expressões de pensamento encapotado, utilizadas na comunicação irreverente de
há mais de meio século.
Diz o povo que os olhos
são o espelho do coração. E na verdade o que diz... cada olhar!
Olhar de soslaio, que sobranceiro!
Olhar de través é todo enfado ou de mal disfarçada desaprovação.
Olhar de aço, firme e duro, inabalável!
Olhar frio, cortante e indiferente, causa calafrios!
Olhar gélido, estremece e provoca arrepios!
Olhar errante, sonhador ou cansado da vida?
E de tanto olhar de esguelha, de revés, de soslaio, de esconso, é caso para estar de pé atrás não vá o diabo tecê-las, pois quem não olha de frente, tem medo, é provocante ou não é de fiar!
Afinal, como é o seu
olhar, misterioso leitor? Meigo, ternurento, penetrante, profundo, calmo,
agitado, arredio... Ficou a pensar?
Então lembre-se que o
povo afirma que os olhos espelham o que vai no coração. Utilize o sorriso que
faz brotar estrelas do seu olhar!»
Com a ternuras dos anos, um abraço,
Lutília
Colocado por
Rogério Coelho
Sem comentários:
Enviar um comentário