segunda-feira, 9 de junho de 2014

DIVAGANDO


Da Costeleta Lutilia Rocha recebemos o texto que a seguir transcrevemos

O OLHAR

«Neste caminhar junho fora onde os santos populares remoçam, ano após ano, as gerações que cantam a alegria popular, aqui vai espaço fora um mimo para todos aqueles que partilham «o ideal costeleta» uma flor virtual feita com pétalas de amizade e perfume de esperança para aromatizar a existência.
Que os seus estames se revelem braços que abracem a humanidade inteira e o seu pólen, faça recriar os laços que embelezam o caminho, fazendo da vida, uma eterna Primavera.
Para si que tão generosamente lê estas linhas um bom dia inundado de alegria e de amor com a sabedoria popular.
Se gosta de recordar e sentir o pulsar da gente anónima, a que chamamos povo, as raízes das grandes figuras, berço de uma cultura invulgar, saborosa e assaz picante, eis algumas expressões de pensamento encapotado, utilizadas na comunicação irreverente de há mais de meio século.
Diz o povo que os olhos são o espelho do coração. E na verdade o que diz... cada olhar!

Olhar de soslaio, que sobranceiro!

Olhar de través é todo enfado ou de mal disfarçada desaprovação.

Olhar de aço, firme e duro, inabalável!

Olhar frio, cortante e indiferente, causa calafrios!

Olhar gélido, estremece e provoca arrepios!

Olhar errante, sonhador ou cansado da vida?

        E de tanto olhar de esguelha, de revés, de soslaio, de esconso, é caso para estar de pé atrás não vá o diabo tecê-las, pois quem não olha de frente, tem medo, é provocante ou não é de fiar!
Afinal, como é o seu olhar, misterioso leitor? Meigo, ternurento, penetrante, profundo, calmo, agitado, arredio... Ficou a pensar?
Então lembre-se que o povo afirma que os olhos espelham o que vai no coração. Utilize o sorriso que faz brotar estrelas do seu olhar!»


Com a ternuras dos anos, um abraço,

Lutília

Colocado por
Rogério Coelho

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