Transcrevo
Rogério Coelho
Boa noite, amigo Rogério!
Aproveitei este momento descontraído para escrever a crónica do nosso bem sucedido almoço.
Com carinho, eis o que escrevi:
Crónica do dia de hoje – 14 de Junho
O dia desabrochou sereno com sabor a verão e toque de primavera.
Entrava a alegria pelo olhar que varria a imensidão azul do céu e do mar.
No teclado do horizonte dedilham-se notas que a emoção do reencontro transformará em música.
Assim escreve o coração no alvoroço da chegada.
Há colorido no átrio. São flores que se movem à velocidade dos sinais do tempo, inundando o espaço de odores e sorrisos, onde os pequenos ruídos adquirem a sonoridade de um cochicho mal disfarçado num convite ao abraço que ficara suspenso na saudade.
E na espera da hora convencional para o almoço há o remansear contemplativo da paisagem no conforto de uma poltrona do hotel.
Depois o inevitável aproximar da porta que se abre para acolher os cerca de 120 costeletas num ágape celebrativo que ilustra a ternura do encontro no olvido da marcha inexorável do tempo.
Na diversidade da ementa, no desfilar de procura da iguaria e no paparicar saboreado entre ameno cavaqueio decorre o tempo aguarelado de aventuras passadas na escola que fizeram a delícia desta juventude costeleta.
No ar o som musical pinta desejos que o pé descobre no ritmo de um tango estival ou num deslizar de valsa que aviva o romance ou simplesmente libertando quimeras.
E se a vida se perfuma com o avivar das recordações, se alimenta de afagos onde o carinho impera e se ilumina com o sorriso do amigo que não vê há muito, bem hajam os promotores e os obreiros deste evento que de forma tão bonita, nos deu este grato prazer.
E a terminar esta crónica aqui fica um aperitivo para libertar o sorriso a quem a lê:
A vida a dois...
Recém casados:
Ele: «Meu amorzinho, como eu te amo! Parece que estou sonhando!»
Ela: «Ai, amor como o casamento é bom! Devia ter casado mais cedo!»
Dez anos de matrimónio:
Ele: «Como engordaste, querida! Já pareces a tua mãe!
Ela: «E tu, querido, só pensas em futebol!»
Ele: «E tu só vês telenovelas...»
Ela: «Razão tinha a minha mãe... Mudaste, e como! Já não há quem te aguente!»
Ele: «Pois é querida, o nosso sonho virou pesadelo!»
Para si que sorriu ou enrugou a testa isto foi apenas um abanão para sacudir, pensar e sorrir, porque na vida a dois é preciso momentos descontraídos, uma brisa para a ternura, um vendaval de vez em quando para atiçar a paixão, mas não faça uma tempestade num copo de água.
A idade acentua as marcas no corpo mas pinta arco-íris na ternura dos afetos.
Um abraço, Lutília
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