segunda-feira, 9 de junho de 2014

POESIA



RESTOS

Olho para trás e vejo o que resta!...
Retalhos mil de tempos passados,
Barcos em fumo, naufragados,
Mãos apertando o pouco que presta.

Tudo me parece restos de festa, 
Tempos e ventos que foram quebrados;
Os Sóis bonitos por mim amados
Brilham agora por estreita fresta.

Abro as portas à recordação,
Cerro os olhos, e vejo então...
Tão remota a lonjura, a distância...

As neblinas vão-se rompendo,
E eu cada vez mais revendo,
As chamas acesas na infância.


Orlando Augusto da Silva
IN POÉTICA

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