terça-feira, 30 de setembro de 2014

CANTINHO DOS MARAFADOS


Esperteza funerária
A Rebeca acabou de ficar viúva.
Contratou uma agência funerária para tratar das referidas démarches.
Deslocou-se até a funerária para ver como seu marido estava sendo preparado para o enterro. No momento em que ela vê o corpo, começa a chorar muito. O homem da funerária vendo a cena se aproxima e começa a consolá-la, mas ela diz que não está chorando pela perda do marido e sim por causa do fato com que o vestiram.
Ela explica que eles o vestiram com um fato preto e o desejo do finado sempre tinha sido de ser enterrado com um fato azul-turquesa.
O homem da funerária explica que tradicionalmente sempre vestem os falecidos com fatos pretos, mas que ele faria o possível para atender o desejo do falecido.
Meia hora mais tarde, a Rebeca retorna à funerária e ao ver o corpo do seu marido torna a chorar novamente, mas dessa vez de alegria. Lá estava seu marido, dentro da urna, com o mais bonito fato azul-turquesa que ela jamais vira em sua vida.
O homem da funerária aproxima-se dela e pergunta:
-Está tudo de acordo, Dona Rebeca?
-Sim, sim! Maravilhoso! Mas onde o senhor conseguiu um fato tão lindo rapidamente? 
-Veja bem...depois que a senhora saiu, um outro morto do tamanho do seu marido foi trazido para cá e ele usava esse fato azul-turquesa. A viúva dele também estava triste porque ele sempre quis ser enterrado em um fato preto.
Rebeca sorri para o homem encantada com a consideração dele. Até que ele continua sua explicação:
-Aí ficou fácil, Dona Rebeca, facílimo… foi só trocar as cabeças!!!

Um arranjo de Alfredo Mingau

sábado, 27 de setembro de 2014

CANTINHO DOS MARAFADOS


Professores e Estudantes...

UM TESTE COM 20 VALORES

Naquela noite, três estudantes universitários beberam até altas horas e não estudaram para o teste da manhã do dia seguinte.
Na manhã seguinte, eles combinaram um plano para se safarem. 

Sujaram-se da pior maneira possível, com cinza, areia e lixo e foram ter com o director da cadeira e disseram que tinham ido a um casamento e na noite quando regressavam um pneu do carro que conduziam rebentou. E eles tiveram que empurrar o carro todo caminho e portanto não estavam em condições de fazer aquele teste.

director que era uma pessoa justa, disse que eles fariam um teste-substituição dentro de três dias, e que para esse não havia desculpas. Eles afirmaram que isso não seria problema e que estariam preparados. No terceiro dia eles apresentaram-se para o teste. 

O director disse que aquele era um teste sob condições especiais e que os três teriam que o fazer em salas diferentes.

Os três, dado que tinham estudado bem para o teste e achavam-se preparados, concordaram com o director.

O teste tinha 5 perguntas com um total de 20 valores.

Q-1. Escreva o seu nome ---- (0.5 valores)
Q-2. Escreva o nome da noiva e do noivo do casamento a que foste há quatro dias atrás ---- (5 valores)
Q-3. Que tipo de carro conduziam cujo pneu rebentou? ---- (5 valores)
Q-4. Qual das 4 rodas rebentou? ---- (5 valores)
Q-5. Qual era a marca da roda que rebentou? ---- (2 valores) 
Q-6. Quem ia a conduzir? ---- (2.5 valores).


.................?


Um arranjo de Alfredo Mingau 


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

CANTINHO DOS MARAFADOS



UMA MORENA ESPECIAL

À mesa do café dois amigos na conversa.
- Conheces a Miquelina, Alfredo? Perguntou Anselmo.
- Se conheço, aquela morenaça da recepção? Aquilo é um monumento!
- Soube que ela só tem o pensamento por ti.
- Tás a gozar Anselmo?
- Acredita no que te digo; eu ouvi ela falando com a Natália, aquela da contabilidade, que na festa de aniversário da empresa, vai-se atirar a ti, que não te escapas!.
Daqui em diante Alfredo não teve mais sossego. Aquela morenaça não lhe saia do pensamento. Nem dormia com o pensamento naquele monumento de mulher. Se ela gostava dele era meio caminho andado.
- Tás com insónias Alfredo? Perguntava a esposa.
-Eu?! É cansaço... Muito serviço e pressão do chefe!
- Acho que andas é sonhando com a festa na empresa.
Alfredo tremeu. "Será que ela desconfia?"
- E tu, não queres ir? Perguntou Alfredo sabendo que ela não ia.
- Já sabes que eu não gosto dessa festa. Mas estou estranhando as tuas insónias...
Alfredo respondeu com um sorriso sem graça.
Mas no dia tão esperado, já com um sorriso de graça todo aberto, foi o primeiro a chegar. Tresandava a perfume, bem barbeado, chamava a atenção.
- Puxa! A Miquelina vai ficar louquinha quando te ver Alfredo, segredou Anselmo ao seu ouvido - E por falar em louquinha, meu amigo, preciso dum favor; emprestas-me o teu carro?
- Agora?
- Já!
- E o teu carro?
- Avariou no parque...
- Mas, e a Miquelina? Já tenho um quarto reservado na pensão!
- Calma! Eu volto logo!
- Não ficas na festa?
- Não, conquistei uma mulherzinha carente que está à minha espera esta noite. Por favor Alfredo, só por três horas. É o tempo que precisas para pôr a Miquelina em "ponto de rebuçado".
- Está bem! Mas não me deixes pendurado que a pensão fica afastada!
- Confia em mim!
O convívio bem regado na confraternização de bebidas e dos comes de graça, tomava conta e alegrava os funcionários. E no meio da festa resplandecia a morenaça Miquelina. Linda!
Alfredo tomou a iniciativa. Avançou, e com voz trémula:
- Oi Miquelina!
A moça mediu Alfredo dos pés à cabeça.
- Sou eu, o Alfredo!
- E?
- Não queria conhecer-me?
- Eu? Desculpe tio, errou na sobrinha.
-Tio?
Sem responder, a morena virou-lhe as costas e afastou-se rebolando.
Alfredo pifou. Saiu disparado da festa. Furioso, "eu mato aquele desgraçado, gozou-me o filho da..." Pegou um táxi e deu a morada de casa. "O sacana fez-me passar por idiota. Por parvo e de táxi".
- Pode parar naquela casa com janelas verdes, indicou ao taxista.
- Ali onde está aquele carro vermelho?
- Carro vermelho?, mas... Que faz o meu carro à porta da minha casa?

Um arranjo de Roger


PRESENÇA



Meus caros amigos

Trabalhos de restauração na minha casinha de campo, têm dificultado a minha presença com mais assiduidade nas últimas 3 semanas.
Espero a vossa absolvição...
Um abraço "Costeleta"

Rogério Coelho


COISAS DA VIDA



Portugal no seu melhor...
ou será no seu pior???
Dia a dia dum reformado...ou deverei dizer, furtado???
Quando hoje estacionava o carro em frente do escritório- para quem não sabe, situa-se na Praceta Dr. Clementino  de Brito Pinto – deparei-me com um pequeno grupo de quatro pessoas no espaço ajardinado (?), junto a um poste de eletricidade e  de iluminação pública.
Abeirei-me, satisfazendo a curiosidade, e que vi e ouvi?
*Dois homens de picareta em punho abriam um buraco no chão;
*Outros dois, vestidos com farda da EDP e referenciados com um emblema daquela companhia no bolso posterior, “miravam e falavam “.
**Diálogo:
    - Um dos trabalhadores afirmava : devia  vir a máquina para fazer esta tarefa.
    - Resposta pronta de um dos “mirones”*: Para quê? Já aqui estão duas máquinas - referindo-se aos próprios trabalhadores - ...uma branca e outra preta!
Retirei-me como forma de resistir a qualquer intervenção, sujeitando-me quiçá a sair duplamente incomodado.
No pequeno percurso do local até ao meu escritório, não deixei de pensar neste exemplo, verdadeiro espelho em escala menor, do que é este Portugal.

Jorge Tavares

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

POEMA


É com gosto e ternura que publicamos este poema
do Poeta Costeleta Orlando Augusto da Silva


TERNURA

Vens até mim, assim, sem eu sentir,
Mas já te conheço de suave e delicada...
Mesmo que tenhas feito longa caminhada,
Encontras aqui o ramo onde florir.

Em mim, sempre que sinto o sorrir
Desse teu querer tão doce e desejado,
Entrego-me a ti, pleno, embriagado
Com o teu perfume de flor por abrir.

E, num enlaço afectuoso e iluminado,
Num acto de adoração já determinado
Em êxtase de alegria por tal ensejo.

Em, um momento de luz e criação,
Algo nasce da ternura e da paixão...
Um brilho, uma estrela em cada beijo.

Junho de 2011
Orlando Augusto da Silva

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

PARABÉNS A VOCÊ

ANIVERSÁRIOS
Os nativos nascidos neste período pertencem ao signo  BALANÇA
Vejamos o horóscopo para estes Costeletas:

Descobrirão novas sensações que poderão
deixa-los confusos.
Se estiverem criativos;
peçam ajuda a quem possa dar um sentido prático.

SETEMBRO
25 – Lídia Rosa Nunes. 27 -  José Egídio do Rosário Gouveia. 28 - Wenceslau Pinto Nunes; Diogo Costa de Sousa. 29 - Manuel Palma Pires. 30 - Assunção Vargas Brito Dores.
OUTUBRO
02 - Hélder Sobral Silva Mendonça. 03 -  Florentino Gomes Cavaco. 05 - Manuel Madeira Guerreiro; Vitor Manuel Carlos dos Santos. 06 - Irene Dinorah Coelho Lopes; Fernando Guerreiro Farias. 08 - Clarisse Maria Cabrita; Zélia Maria Cristino Cabrita; José Gonçalves Charneca Júnior; Maria Eduarda Aleixo Mrtins Vargues. 10 - Manuel Francisco Sousa Belchior. 11 - José Correia Xavier Basto; Joaquim Eduardo Gonçalves Teixeira. 12 - Maria da Paz Lopes Santos. 13 - José Manuel d'Assunção Brucho. 15 - Maria de Lourdes Pinto Machado Matos. 16 - Elza Maria Encarnação Soares Horta; Francisco Xavier da Silva St. Aubyn; Florentina Rosa Santos de Brito. 17 – Luciano Augusto Ventura. 18 - João Maximiano Portada Faustino. 22 - Rogério Sousa Coelho. 
FELICIDADES PARA TODOS

Colocado por
Rogério Coelho


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

CANTINHO DOS MARAFADOS



O SEQUESTRO


Alzira, na visão do Silva, era uma chata! Sempre a reclamar coisas.
- Não, Silva, a toalha tem de ficar dobrada para dentro.!!
- Não, Silva, aí não, corta no lava-loiça para não fazer sujeira com as migalhas.
- Fechaste a tampa Silva?
Vinte anos de casado! Vinte anos de reclamação! Ninguém merece!!
Se pudesse, desaparecia...
Separar? Divorcio? Nem pensar!
Ė uma coisa que não dá para se livrar de ex-mulher.
Nem pensar em desembolsar pensão pra matrafona. E sabendo que a Alzira lhe tirava dinheiro da sua carteira e guardava em poupança…
- Pelo amor de Deus Silva! Olha onde deixaste os sapatos!
“Se alguma alma bondosa sequestrasse a matrafona.... Como não pensei nisso Antes? Sequestro!”
“É isso!!! Dou um susto na desgraçada, recupero o dinheiro da poupança e volto como um herói de guerra. Tratado a pão-de-ló! “
O Silva naquela noite não pregou olho planejando o próprio rapto.
Levantou-se mais cedo que o habitual e mais alegre e bem-disposto. Vestiu-se rapidamente e, enquanto a Alzira foi para o quarto de banho, colocou três cuecas e duas camisas na pasta. A negociação vai ser demorada, pensou.
Fez as abluções matinais, tomou o café, resmungou um adeus e saiu deixando a mulher a reclamar pelas migalhas de pão espalhadas na cadeira e no chão.
Na parte da tarde o telefone tocou e Alzira, que não gostava de falar        ao telefone, não atendeu. Mas o aparelho tornou a tocar e Mafalda atendeu de mau humor.
- Alô!
Do outro lado da linha uma voz roufenha:
- Sequestramos o seu marido! Era o Silva falando com o telefone enrolado com um saquinho de supermercado para não ser reconhecido.
- Quem?
- O seu marido!
- Que marido?
- O Silva!
- Sequestraram o Silva?
- Sim! E se o quer vivo queremos vinte mil euros para o libertar.
- Ele tá vivo?
- Tá! Mas se chama a polícia nós o apagamos.
- Está bem, está bem, eu pago.
O Silva sorriu e pensou convencido “ela me ama!”
- Mas eu quero uma prova de que ele está vivo!
- Quer falar com ele?
- Não! Você pode querer me enganar imitando a voz dele.
- Então como quer?
- O dedo do meio da mão esquerda do meu marido tem um sinal com pelinho, corta o dedo e manda aqui pra casa. Eu identifico e pago.
E desligou o telefone.

Um arranjo de  Roger


sábado, 13 de setembro de 2014

CANTINHO DOS MARAFADOS



Por insólito, transcrevo parte dum artigo que li.

SERVINDO COM LINGERIE


Despertar sensualidades é a fórmula mais segura de atracão humana, que pode ser ou não ser pura! 
Os truques, esses, são tão variados como os produtos de supermercados, onde quase tudo é encontrado. 
Como o voyerismo está infiltrado nos mortais e o pecado deixou de ser considerado o procurar de novas emoções, já é permitido de facto. 
Um velho ditado, que continua a ser recitado, diz o desavergonhado que dentro de quatro paredes só os olhos são poupados. Oh ricos e ricas, acreditem que a curiosidade transporta-nos à Invicta. No Porto um restaurante, juro, não por tudo que é sagrado, mas ser servido por eles e elas destapados provoca palpitações até nos bem casados. Cruzes!!...

Colocado por
Rogério Coelho

NOTA:- Uma chamada de atenção para o Costeleta Palmeiro, criador desta rubrica...

INFORMANDO



De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"


Prezados Companheiros e Amigos

ELOS CLUBE DE FARO PROMOVE PALESTRA "MEDICINA CHINESA OU ACUPUNCTURA
- O QUE SÃO? "

É já na próxima 4ª feira, dia 17 de Setembro, pelas 17,30 horas,
a palestra "Medicina Chinesa ou Acupunctura - o que são?" - pelo Dr. Víctor
Varela Martins e Dr.ª Sandra Oliveira na Biblioteca Municipal de Faro.

Um tema apaixonante e uma oportunidade de conhecer ou descobrir novos
caminhos.

Como sempre, conto convosco!

Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro

Recebido e colocado por
Rogério Coelho

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

DOIS AMORES



É com espírito de gosto, satisfação e "Blogueirismo Costeleta"
que transcrevo esta mensagem do "Escriba Tavarista"

Meu caro Rogério,
Coloca no blogue se gostares.
Um abraço
jorge tavares
 
DOIS AMORES---lagar de Azeite e Cerâmica
 
Foi com enorme satisfação que li a reportagem relativa à visita que efectuaram ao Lagar de Azeite, sito em Santa Catarina da Fonte de Bispo, propriedade do costeleta e meu pessoal amigo Alberto dos Santos Rocha.
É de facto uma obra magnifica, à dimensão do Algarve, merecedora de todos os elogios e créditos.
O Alberto Rocha é um empreendedor, e um profundo conhecedor das actividades a que se dedica. O seu agregado familiar, e seu suporte emocional,  composto pela esposa, e três filhos – um homem e duas senhoras – e digno de evocar, embora, tenha de realçar, a importância que o filho tem no desenvolvimento do Lagar.
É uma felicidade para o Alberto Rocha saber que a sua obra tem um  digno continuador, justificando todo o elevado investimento levado a efeito nesta actividade.
Não posso deixar de referir, por conhecimento de causa, a Fábrica de Cerâmica  ( produtora de telhas, ladrilhos, etc ), que utilizando métodos quase que artesanais, prestigia desta forma a genuinidade dos produtos cerâmicos de Santa Catarina da Fonte de Bispo. O Alberto Rocha mantém esta Cerâmica, com o mesmo carinho com que a recebeu do seu antepassado... atrevo-me a dizer, que o Alberto Rocha tem “dois amores”... e  nenhum deles é igual.
Um abraço para ti Alberto e desculpa alguma inconfidência.

Colocado por
Rogério Coelho

CRONICA DE 2010



Vidas retalhadas

Tinha uma colega, Alexandra, que morava na Rua da Misericórdia, que andava comigo na explicação da D. Gracinda, empregada nos Correios. A porta do quintal desta amiga servia várias casas, era o nº 13 e ficava na Rua Manuel Belmarço. Todas as casas que faziam canto com a R. da Misericórdia tinham quintais ao fundo que se conjugavam e todos os moradores os partilhavam como um bem comum.
A Alexandra tinha uma particularidade que me espantava. Assumia diferentes personalidades sendo uma colega como as outras, conversando normalmente, ou parecendo viver longe da normalidade.
Quando eu ia para a explicação passava pelo quintal dela, chamava-a e se não respondesse ia à porta da rua. Normalmente estava em casa ou no quintal, tinha uma vida solitária, nunca senti a presença de um pai, e a mãe levava os dias na igreja, rezando, esquecida da filha.
Abria-me a porta, punha o indicador direito junto dos lábios, a pedir silêncio, com a mão esquerda puxava-me para dentro de casa e com voz surda, confidenciava-me:
- Anda comigo, vamos pelo quintal, devagarinho, eles estão à nossa espera. Vem atrás de mim e faz o que eu faço. Não tenhas medo, são demónios bons e amigos.
Eu entrava no jogo, era diferente e divertido.
Ela avançava e eu seguia-a, mais parecíamos um gato perseguindo a presa, olhando à esquerda e à direita, agachadas ou levantadas até atingirmos a porta para sair. Pegava nos livros que tinha escondido num muro e íamos, tranquilamente, para a explicação que ficava numa casa encostada à parede da muralha, no Largo de S. Francisco. Eram 3 ou 4 casas, à entrada e à direita, que haviam sido construídas aproveitando a parede do castelo e que hoje já não existem. A da explicadora ficava na do meio.
Acontecia estarmos a trabalhar e ouvirmos a porta da rua bater e, o marido da D. Gracinda, com aspecto de grande felicidade estampada no rosto entrar na casa de jantar, onde nos encontrávamos.
 A explicadora tinha uma cara encarniçada, com muitas “espinhas”, mais parecendo uma adolescente, uma pele bastante oleosa e a boca sempre pintada de vermelho vivo. Quando falava com as pessoas, gesticulava, batia, empurrava, e quando a conversa a entusiasmava, abusava de tal maneira, que uma vez espalmou a minha mãe contra a parede.
Ao encarar o marido, nessas ocasiões, ficava branca, transbordava de raiva e começava a descarregá-la esmurrando-o no peito, nos braços, na barriga volumosa e blasfemando:
- Continuas na mesma. Trabalhar não é contigo. Chegas às tantas da madrugada, dormes toda a manhã, almoças e desapareces. Não arrumas a louça que sujas nem a cama onde dormes. Farto-me de trabalhar para te sustentar, grande malandro. Tenho de dar explicações para pagar as tuas dívidas. Isto tem de ter um fim. Ou trabalhas, ou rua….
Ia batendo num desabafo de revolta contida, enquanto ele, agarrado à cadeira de braços que em parte o protegia dos arremessos, continuava com a expressão de felicidade, olhando-a com olhos de “carneiro mal morto”…
Cansada de tantas palavras e gestos, a D. Gracinda começava a ceder e a amansar com o olhar que ele lhe “jogava”, um olhar que era um pedido, utilizando um código gestual que para nós era indecifrável.
Aos poucos, ela suavizava, ele pegava-lhe na mão, puxava-a suavemente, todo ternura. Ela ainda, num último estertor, clamava:
-Não!
Ele não desistia, insistia, os olhos brilhantes, a boca com um sorriso “sacana”, a mão a avançar pelo braço, a chegar-lhe à cintura, a puxá-la, com uma insistência sábia…
- Meninas vão brincar para o Largo de S. Francisco que eu já as chamo.
Saíamos felizes e contentes, correndo em direcção ao apeadeiro, pisando a terra, as pedras, as covas. Atravessávamos a linha do caminho-de-ferro e ficávamos donas das salinas!
Aqui, a Alexandra não queria silêncio. Era um cavaleiro andante que corria pelo labirinto de caminhos que ladeavam os tanques de água salgada. Esses caminhos eram estreitos e altos com comportas de madeira maciça e grossa que serviam para conter as águas. A água em baixo fazia remoinhos bastante fortes, tornando o local perigoso mas nós, qual cavaleiros corajosos galgávamos todos os obstáculos, brincando no nosso mundo de “faz de conta”.
Já não existem essas salinas!
Voltávamos para o trabalho, para a explicação da D. Gracinda e verificávamos que o clima, entre o casal, tinha mudado.
O senhor marido sentado na cadeira de braços da explicadora, rodeado de almofadas, com uma mesa pequena na frente, coberta com uma toalha, dava a sensação que havia acabado de saborear um bom petisco, daqueles que os homens gostam, com bastante gordura e um bom vinhito a acompanhar…
Estava saciado a digerir prazer!!!!!
A D. Gracinda olha para o nosso trabalho, passa-nos outro e diz:
- Já volto.
Volta com um prato cheio de comida fumegante, coloca-o na mesinha, na frente do marido.
- Come, meu amor!
Olhámos uma para a outra, espantadas, sem perceber nada…
- Ainda tem fome??!!


Lina Vedes - 2010

Os nossos agradecimentos
pela colaboração, querida amiga.
Rogério Coelho



POSTAL ILUSTRADO DE FARO



FARO-VILA A-DENTRO




CRÓNICA DE FARO



Em prol da salubridade e da higiene


Ao passarmos aos contentores verdes de recolha do lixo ou ao nos mesmos lançarmos os resíduos, mormente neste período estival por via das temperaturas mais elevadas e da deterioração provocada, somos agredidos por um cheiro indesejável, que é revelador de se estar gerando um clima de menor índice de higiene pública.
Por tal razão e para além do desagradável odor é pertinente pensarmos que se encontra em denunciado risco a saúde pública com todas as suas nocivas consequências.
Isto é devido, quanto a nós pela não lavagem dos referidos recipientes, como durante muito tempo aconteceu e ora cremos que possa vir a suceder, mas sem a periodicidade necessária a manterem-se os índices de qualidade pela eliminação dos resíduos que, naturalmente, sempre ficam depositados aquando da remoção do lixo dos caixotes de cor verde para os camiões que os transportarão para os locais de tratamento e compactação, no vulgo das lixeiras.
Recordamo-nos que a seguir a esta operação de recolha de matérias depositadas, de modo próprio o chamado “lixo biológico”, que se processa maioritariamente à noite, vinha um outro veículo que, com automatismo próprio, procedia à lavagem e desinfestação dos referidos recipientes, o que causava a eliminação de cheiros incómodos e da degradação, como as vastas manchas negras o denunciam da calçada em derredor.
Impõe-se que, com a regularidade necessária, este tratamento higiénico, aconteça, pois que estão em causa factores de risco no que à saúde pública concerne e à imagem e qualidade de vida, que passa também por aqui, da cidade capital sulina.
Claro que tal suscita custos de marcante acção na empresa municipal que gera o sector, mas acreditamos que as elevadas taxas que todos pagamos sela salubridade e anexa ao recibo da água mensalmente consumida comporta esta acção que é de marcante importância. Não queremos olvidar o quanto de positivo tem sido desenvolvido neste sector, nem tomar a nuvem por Juno, mas lavar, com maior regularidade os contentores do lixo de cor verde é uma acção que se impõe.

João Leal


domingo, 7 de setembro de 2014

UMA VISITA COM INTERESSE



VISITA A UM LAGAR DE AZEITE
EM STª CATARINA DA FONTE DO BISPO

A “Costeleta” Isabel Coelho, a neta “Costeleta” Ana Sofia e a bisneta Euridice Coelho, visitam o lagar do “Costeleta” Empresário Alberto Rocha sediado em Santa Catarina da Fonte do Bispo do Concelho de Tavira.

Lagar equipado com a mais moderna aparelhagem e tecnologia, que produz azeite da melhor qualidade.

Os visitantes são recebidos à entrada das instalações pelo
Empresário e "Costeleta" Alberto Rocha



 O Empresário explica o funcionamento 
e a função dos diversos equipamentos





O produto já engarrafado

Foi agradável presenciar todo o equipamento moderno inox e
a apresentação do produto comercializado
do lagar do Alberto Rocha.
Foi uma visita interessante. Parabéns Rocha

Reportagem fotográfica e colocação de
Rogério Coelho




sexta-feira, 5 de setembro de 2014

INFORMANDO





De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

Prezados Companheiros e Amigos,

No âmbito das actividades programadas para o mês de Setembro,
e tendo em consideração o Dia da Cidade , o Elos Clube de Faro tem a
honra de anunciar a exposição "Judeus em Faro", da pintora Ana Paula Almeida,
patente no Museu Municipal de Faro de 9 de Setembro a 9 de Outubro, no horário
de funcionamento do Museu.

É com muito gosto que vimos convidar-vos a assistir à inauguração da
referida exposição que se realizará pelas 17,00 horas do próximo
dia 9 de Setembro no Museu Municipal de Faro.

Agradecemos, se possível, o favor da Vossa confirmação.

Esperando poder contar com a Vossa presença e o Vosso apoio apresento
as cordiais saudações elistas.

Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro
(telef 91 9036842)







Recebido e colocado por
Rogério Coelho

terça-feira, 2 de setembro de 2014

INFORMANDO



Recebemos da 
União de Freguesias (Sé e S. Pedro de Faro)
 o seguinte convite, 
extensivo a todos os "Costeletas":

Exmo(a)s Sr(a)s

Com o intuito de continuar a fomentar e aumentar a produção da atividade cinematográfica amadora, vem esta União de Freguesias de Faro (Sé e São Pedro) , á semelhança do sucedido em anos anteriores, realizar o XIV Sévideo.

Nesta conformidade é com muito gosto que convidámos V/ Exªs a participar neste nosso festival tendo em conta o seguinte:

ü  As inscrições já estão abertas,

ü  O prazo limite para entrega dos trabalhos é no dia 17 de outubro de 2014,


ü  O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no nosso site,

ü  A sessão publica de visionamento realizar-se-á no dia 30 de outubro, pelas 21h00 no Auditório da Biblioteca Municipal de Faro,

Aproveitando a oportunidade para lhe enviar os nossos melhores cumprimentos, esperando que nos possa honrar com a sua iniciativa.



Com os melhores cumprimientos,
Joaquim Eduardo Gonçalves teixeira
_________________________________________
União das Freguesia de Faro (Sé e São Pedro)
Rua Reitor Teixeira Guedes, 2
8004-026 Faro
Telefone - 289 889761/Fax - 289889769
Email geral - geral@uf-faro.pt


Recebido e colocado por
Rogério Coelho


INFORMANDO


Recebemos, para publicação, o mail que transcrevemos
do Elos Clube de Faro:

De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

Prezados Companheiros e Amigos,

Após as férias de Verão, que esperamos tenham sido revigorantes,
o Elos Clube de Faro retoma as suas actividades e propõe para o
corrente mês de Setembro 4 actividades:

- Dia 3 de setembro (quarta-feira) pelas 18,00 horas, na Biblioteca
Municipal de Faro - HISTÓRIAS Á SOLTA NAS RUAS DE FARO  sob o tema
"Judeus em Faro", pelo Dr. Libertário Viegas;

- Dia 9 de Setembro (hora a designar) no Museu Municipal de Faro -
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE ANA PAULA ALMEIDA SOB O TEMA "JUDEUS EM
FARO". A referida esposição (óleo s/ tela) estará patente até 9 de
Outubro, no horário do Museu;

- Dia 10 de Setembro, pelas 17,30 horas, na Biblioteca Municipal de
Faro - QUANDO A POESIA ACONTECE" - Tema desta sessão:
"Foram  injustos os educadores quando defenderam que as crianças
podem  entender o mesmo que os adultos, porque na realidade
podem  entender mais”
- Agostinho da Silva

- Dia 17 de Setembro, pelas 17,30 horas , na Biblioteca Municipal de
Faro - PALESTRA "MEDICINA CHINESA ou ACUPUNCTURA, o que são? " - Pelo
Dr. Victor Varela Martins e Drª Sandra Oliveira.

Juntamos em anexo o cartaz da Poesia com os temas propostos até
Dezembro do corrente ano.

Esperamos poder reencontá-los e que desfrutem das sugestões que
preparámos para este mês.

Com as cordias saudações elistas.

Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro



Recebido e colocado por
Rogério Coelho