Luzes que são corações
a pular pelas crianças
De “Casa Côr de Rosa” a denominam e ali, no Refúgio
Aboim Ascenção instituída por esse sempre recordado homem bom e generoso, que
era o eng. Coronel Manuel Aboim de Sande Lemos e a que o dr. Villas Boas, com
empenho, paixão e dedicação total, deu uma universalidade unanimemente
reconhecida como “instituição exemplar de apoio à criança em busca de um colo,
as tradicionais luzes natalícias são bem o reflexo, da esperança renascida que
cada Natal significa.
É assim mais uma vez, desde 1 de Dezembro (feriado oficial
ou não, conforme os homens que mandam o querem) a data está gravada, presente e
lembrada, que meio milhar de lâmpadas, num colorido e variegado arco-íris, que
entrelaça as vestustas árvores, são um abraço amigo, na recíproca saudação,
entre os “meninos do Refúgio” e esta cidade de Santa Maria de Faro.
Se as lâmpadas dão as “Boas Festas” a quantos
transitam por aquelas artérias que circundam a “Casa Côr de Rosa”, são-no
também a esperança de que temos, para pleno orgulho das gentes de Faro, do
Algarve e do País, um local onde num verdadeiro lar de esperança coabita a
esperança de um amanhã de felicidade para estas meninas e meninas abandonadas,
vítimas de maus tratos e sevícias, de abusos vários e da total falta de
respeito para com os mundialmente consagrados e aceites, mas tantas e tantas
vezes, vilipendiados “Direitos das Crianças”.
Se o acto oficial que é sempre uma efeméride vivida,
partilhada e festiva, para quantos ali se deslocam, se pelo Governo, no
reconhecimento do que o Refugio Aboim Ascensão representa, esteve presente o
secretário de Estado Ensino dr. João de Almeida que, nas palavras pronunciadas,
tal como as ditas pelo dr. Rogério Bacalhau (Presidente do Município de Faro),
em consonância com as do anfitrião, o dr. Luís Gonzaga Villas Boas Rebello
Marques (responsável primeiro pela benquista instituição), as quase cem
crianças que por ali, felizes e alegres, eram hinos ao futuro, hemos de desejar
que o simbolismo das luzes de Natal do Refúgio, toquem os corações de nós
adultos, todos os dias do Natal, em prol da dignidade, bem estar e felicidade
da catraiada de palmo e meio que na “Casa Côr de Rosa” encontrou o lar que o
destino, nos tempos primeiro de vida, lhes retirou.
João
Leal
Sem comentários:
Enviar um comentário