sexta-feira, 9 de outubro de 2015




Quase noventa anos de mutualismo


Com todo o profundo significado que a efeméride em si comporta a Mutualidade Popular de Faro (Associação Mutualista) assinalou o 89º aniversário da sua constituição, marcando desta forma a plena confiança no futuro da sua actividade, que se estende país fora.
Fê-lo de uma forma autêntica reunindo, na intenção expressa da globalidade de quantos são seus associados, em fraterno e aprazível convívio actuais e antigos dirigentes e funcionários, que com dedicação e empenho servem ou serviram a Instituição sediada no Largo Terreiro Bispo.
Este imóvel sede, em plena baixa citadina, na firmeza arquitectada das suas linhas, a par de outros bens patrimoniais dispersos por Faro, constituem, a par do monumento erigido pela Câmara Municipal, numa praceta que ostenta o nome da Mutualidade Popular, o preito público do orgulho que os farenses sentem por esta referência nacional do mutualismo.
Aliás a capital sulina marca na história da actividade mutualista portuguesa um destaque próprio, como o confirma em autenticidade a Associação Protectora dos Artistas de Faro, vulgo “Montepio dos Artistas”, constituída em 1856 ou o hoje desaparecido e foi durante séculos o Compromisso Marítimo “Casa dos Pescadores”, que são marcos de orgulho do “viver farense”.
Cabe-nos na referência a estas quase nove décadas de acreditar no mutualismo que a Mutualidade Popular, a que preside com elevado empenho e firme dedicação o advogado nascido neste, no dizer do historiador Dr. Teodomiro Neto “cidade romana, árabe e cristã” Dr. Carvalhinho Correia, comemorou, prestar o tributo de reconhecida admiração pelos fundadores, os homens da primeira hora que, com uma visão fraterna da solidariedade social e de como muitos e instantes problemas se resolvem com o dar de mãos, lançaram esta obra que se estendeu por todo o Portugal.
Fazêmo-lo na evocação do sempre lembrado Professor José António Madeira que, naquele ano de 1926, apontou o mutualismo, inspirado nas ideais naturalistas e biológicas de muitos séculos atrás e donde derivou para uma corrente da economia.
Como o referiu o cidadão e mutualista, com os mais relevantes serviços prestados à Instituição durante sucessivas décadas, Dr. Libertário dos Santos Viegas (Presidente da Assembleia Geral) a mesma prosseguirá o seu caminho e concretizará os seus objectivos na firmeza de propósitos expressos em unidade neste encontro dos oitenta e nove anos.


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