segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ALMOÇO DE NATAL COSTELETA


O ALMOÇO DE NATAL
COSTELETA
ESTÁ MARCADO PARA O DIA
17 DE DEZEMBRO
Almoço Dançante
A Direção está a acertar
os últimos pormenores
Aguardem notícias no nosso Jornal

domingo, 30 de outubro de 2016

HALLOWEEN

DIA 31 DE OUTUBRO
AMANHÃ

DIA DAS BRUXAS


Esta é boazinha!
Tenham cuidado com as das "vassouras"



ANIVERSÁRIOS


PARABÉNS A VOCÊ

NOVEMBRO              

02 - Maria dos Anjos Leocádia Campina Pacheco. 04 – Maria Jovina Reis Carromba.  06 - Alfredo Pedro; Maria Pires Dias Sustelo. 07 - Carlos Alberto Trindade Madeira Gomes. 08 – Francisco Gago da Assunção. 09 - Maria Isabel Martins Neves Gonçalves; Olívio Cabrita Adrião; Aníbal Salvador Costa Rosado. 10 - Arminda Maria Simões da Costa Pequeno Lola. 12 - Vítor Avelino Gonçalves Palmeiro;  Rogério Luís Nunes Correia;  João Martinho Marcelino Santos . 13 - Rogério Rodrigues Gomes. 15 - Adalberto Jorge Martins Neto. 16 – Maria Vitalina Carmo Martins; Fernando António Amaro dos Santos. 18 - José Glória Marrocos; Olandino Zacarias Caliço. 20 - José Félix Santos Jesus. 21 - Maria de Jesus Guerreiro Bispo. 24 - Vitélio Casimiro Cabrita; Maria de Lourdes Marvão Zambujal Chícharo. 27 - Ludgero Francisco Farinha; Maria Manuela Grade Oliveira Coruche. 28 - Joaquim Custódio. 29 - António Inácio Sousa Martins.
NOTA - As nossas desculpas por qualquer lapso.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

POESIA DA COSTELETA MARIA ROMANA



Sentimentos Dispersos !

Eu sou a giesta ao vento,
Em meu triste pensamento;
Eu sou a vida na sombra,
Sem ter cor, sem ter alento
Mas vejo emergir o Sol,
À distância, em movimento!
Eu sou essência, à deriva,
Flutuando em meu espaço,
Sem ter asas p`ra voar…
À noite, na escuridão,
Contemplo a Estrela Polar,
Mas não encontro o meu norte,
Sofrendo a desilusão!
Veja a luz da madrugada,
Mas, não a posso alcançar!
Em meu trilho há emoções,
Que desejo alienar!
Meus sentimentos dispersos,
Camuflam a realidade;
Ah ! se eu pudesse sonhar !
- Lá diz o grande Poeta, …
Que “o sonho comanda a vida”…
A força que me desperta;
Eu qu´ria demais, sentir
Serena tranquilidade
Minh´ alma poder sorrir
E a vida um bem para amar!...
                                                                                                         


                                                                                                         
“ Maria Romana”

domingo, 16 de outubro de 2016

CRÓNICA À DERIVA



DÁ-ME PRESERVATIVOS
Balões bonitos?

    A sua distribuição é polémica.

  Muitos pais não admitem que seja a Escola a educar os filhos para a sexualidade.

  Alguém concluiu que muitos jovens não usaram preservativos na última relação sexual por “não terem pensado nisso”, por “não os terem consigo”, por “terem vergonha de os comprar” e outros assumiram-se contra o uso deste método, que tem sido um dos arautos da discórdia no que toca à relação Escola-família.

    Nunca é demais esclarecer: o preservativo ainda é dos métodos mais eficazes para evitar doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes indesejáveis. Uma certa parte da juventude considera que a distribuição nas Escolas pode ser a solução, tanto que recomendou ao Governo o cumprimento da Lei da Educação Sexual de 2009, que o previa. Mas pais, professores e especialistas da área divergem nesta questão que mexe com ideologias, credos e consciências várias. É fundamental que a “Educação Sexual” é uma tarefa que a todos deve preocupar e, para isso, é necessário por de lado os tabus, os receios, os estereótipos e, acima de tudo, procurar ter uma atuação responsável e informada. É um dever para com as nossas crianças e jovens, a responsabilidade de zelar pela sua saúde, dotando-as com os melhores conhecimentos possíveis

    É necessário pensar bem sobre a “distribuição gratuita”, porque, há jovens que podem nunca ter tido uma relação sexual e que, depois, com a distribuição gratuita, as coisas se precipitem. E é necessário, também, respeitar as convicções das famílias.

    Este é um assunto bastante sério. A educação cabe aos pais, o Estado não deve intervir quando se trata de matéria que diz respeito aos pais. É um domínio que deve ser familiar. Se acontece alguma coisa quem é que cuida dos filhos? Não é a Escola, não são os professores, não é o Estado.

   Como temos que respeitar o papel dos professores na Escola, o papel dos pais em casa, também temos de respeitar e cumprir o que a Lei prescreve.

    Os Professores também são pais.

    Segundo a Lei, até aos 14 anos ter sexo é crime se o outro for maior de idade.

    Um assunto relevante, sério para pensar e resolver a sério…


Um arranjo de

Roger

sábado, 15 de outubro de 2016

INFORMANDO


EM FARO
A FEIRA DE SANTA IRIA

A partir de ontem e até ao dia 23 deste mês, a Feira está em Faro.
Foi inaugurada no dia 20 de Outubro de 1596, fazendo este mês 420 anos.
Feira de caris popular apresenta uma grande diversidade de atrações e motivos de interesse, como os divertimentos para crianças e adultos.
Tasquinhas, stands institucionais, exposições, artesanato, frutos secos, algodão doce e farturas, exposição de automóveis e maquinaria agrícola e venda de produtos diversos.
Este ano há algumas novidades ao nível de expositores. A organização dá especial destaque a uma nova área de gastronomia com street.food, bares e restaurantes que surge junto à muralha e à estreia do divertimento The King, cujos lo-opings giratórios vão colocar à prova os nervos dos mais corajosos.

Aos fins de semana as tasquinhas e os restaurantes abrem ao meio dia.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

ELOS CLUBE NA FEIRA DE SANTA IRIA


De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

Prezados Companheiros e Amigos

ELOS CLUBE DE FARO PRESENTE NA FEIRA DE STA. IRIA 2016
======================================================
Pelo sexto ano consecutivo, participaremos na Feira
de Santa Iria, junto com outras instituições do
concelho, com pavilhão próprio, onde divulgaremos o
nosso clube e sua actividade.

Assim, entre os dia 14 e 23 de Outubro, no horário abaixo
indicado, estaremos à Vossa espera e lançamos o pedido de
apoio a todos os companheiros, à semelhança das edições anteriores,
nos possam ajudar nesta mostra com a sua presença nos horários
indicados a fim de podermos cumprir cabalmente a missão a que nos
propusemos.

Horário de Funcionamento:

segunda a quinta-feira  das 16h às 24h
sexta-feira das 16h à 1h
sábado das 14h à 1h
domingo das 14h às 24h

Agradecemos desde já a todos os que nos puderem ajudar e
esperamos pela vossa visita.

Com as cordiais saudações elistas.

Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro

UMA ESTÓRIA DE MARIA ROMANA




“O Lume Ateou a Chama do Amor”


Conta-se que, em tempos idos, na época do romantismo, um rapaz, filho de família tradicional mas, de fracos recursos económicos, apaixonara-se por uma linda moça, logo que a viu, pela primeira vez. Maria Francisca era filha de pais abastados e ele não se atrevia a transmitir-lhe o sentimento que tinha por ela.
Um dia, confidenciando, com José, seu amigo desde a infância, confessou-lhe o que sentia por Maria. Este ao ouvir o seu desabafo, aconselhou-o a mudar o visual, vestir-se com elegância, dizendo que lhe facultaria o que ele precisasse. E, quando ela lhe perguntasse qual o seu modo de vida, dizer-lhe que negociava os produtos que cultivava na propriedade que tinha e, que vivia com os pais, em “Vila Formosa”.
Alberto, era este o seu nome, ficara apreensivo, José aconselhara-o a uma coisa que não seria a melhor ideia pois, tem-se em dizer que, “brincando com o lume”, poderia queimar-se. Seria uma grande aventura se a pusesse em prática. Mas, o tempo passava e nada acontecia. Vendo que não tinha outra alternativa, decidira fazer o que o amigo lhe alvitrara.
Alberto sabia que, na “Aldeia dos Roseirais”, onde a moça vivia, realizavam-se bailes todos os sábados à tarde. Maria Francisca estaria lá, de certeza, e ele teria ocasião de se encontrar com ela. “ Se bem pensou, melhor o fez ”.
E, quando o baile abriu, Alberto dirigiu-se a Maria e, com a delicadeza que lhe era peculiar, convidou-a para dançar. A moça não se fez rogada. Nesse rodopio constante das danças, o moço abrira-lhe o coração, dizendo que havia algum tempo que se sentia atraído por ela, em suma, estava apaixonado. E, no seguimento da declaração, perguntara-lhe se ela aceitava namorar com ele. Maria Francisca hesitou em responder depois, reflectindo no pedido, disse-lhe : - “ Você não me é indiferente mas, eu mal o conheço! “ -. Então, Alberto relatara-lhe o que havia sido combinado e aconselhado pelo José. A partir desse momento, o sonho que sustentava, tornara-se realidade...
O tempo corria veloz e os jovens, cada vez, mais apaixonados. Numa tarde amena de Primavera, Maria e Alberto conversavam animadamente, sentados sob um caramanchão, coberto de rosas trepadeiras. Ela fazia projectos para o futuro. Em dado momento, a rapariga perguntou-lhe quando é que ele a levaria a conhecer os pais, pois a partir daí, seria um passo para o casamento. Alberto fora apanhado de surpresa e, logo não lhe deu resposta. Maria apercebera-se da sua perturbação, perguntando-lhe se estava com algum problema. Ele respondera-lhe que tinha tido apenas, uma repentina dor de cabeça mas, que já estava a acalmar. E, levantando-se despediu-se dela, dizendo que depois combinariam o dia certo para a apresentar à família.
Alberto estava desorientado, não sabia o que fazer, apanhado pelo lume que o envolvia. Como iria sair dessa fogueira que ele mesmo ateara!?
Não podia voltar a vê-la!...
Entretanto, Maria Francisca estranhava a ausência de Alberto e perguntava-se: - “O que teria acontecido? Ele dizia-me que eu era o grande amor da sua vida! Seria fingimento? Não podia acreditar que se tivesse afastado dela, sem lhe dizer a razão! ” –

Por outro lado, Alberto sofria horrivelmente… Decorriam dois meses, desde o dia em que estivera com ela pela ultima vez. Não podia esperar mais tempo, por isso foi novamente falar com José, para lhe dizer o que acontecera.
Quando este o viu, ficou alarmado por ver o estado em que o amigo se encontrava. Tentou serená-lo, dizendo:
- “Não resolves nada, a sofrer dessa maneira. O melhor que tens a fazer é dizer-lhe toda a verdade. Se ela te ama realmente, embora fique furiosa, vai perdoar-te”-.
O moço aceitou o conselho, com alguma apreensão. Passados alguns dias, encheu-se de coragem, vestiu-se com a sua própria roupa, e apresentou-se humildemente à namorada. Maria ao vê-lo quase não o reconhecera, se não fora os seus gestos e a fala. Depois, ela perguntara a causa do seu mau aspecto e porque estivera tanto tempo sem aparecer.
Alberto, calmamente, narrara-lhe a triste estória; mas, se assim procedera, foi com receio de que ela não o quisesse pela sua pobreza e pediu-lhe que o perdoasse.
A rapariga ao ouvir aquele enredo, ficou desorientada, e disse-lhe que não o queria ver nunca mais. Disse-lhe ainda, que ele esteve brincando com o lume.
 Perante o acontecido, o moço não teve palavras para se defender e, consternado, foi-se embora, cheio de amargura...
Alberto ficara psicologicamente afectado, José vendo o amigo a definhar-se, resolvera tomar uma atitude, ir em sua defesa. Contactara Maria para lhe explicar que o único culpado era ele, incitando-o a tal encenação. Por isso, pedia-lhe que não destruísse um amor tão sincero e lhe perdoasse.
Depois do esclarecimento de José e de saber que o Alberto estava muito doente, resolvera encontrar-se com o namorado e dizer-lhe que o amava muito…
Quando os pais de Maria tiveram conhecimento deste desatino, opuseram-se ao enlace, pelo único motivo de Alberto ser pobre.
Os moços estavam sujeitos a sofrer a proibição ao seu amor, mesmo assim, juraram fidelidade um ao outro…
Porém as coisas mudavam de feição, a favor dos dois enamorados.
Alberto tinha um tio no estrangeiro, muito rico, solteiro e sem filhos. Ao ter conhecimento do que se passava com o sobrinho, veio em seu auxílio, para apadrinhar a união e oferecer alguns bens essenciais aos noivos para começarem a vida de casados, sem grandes dificuldades...
Assim terminava este episódio, que fora envolvido pelo lume da paixão, mas a tempo de ser apagado, para dar inicio a um lume mais ardente, o que unia dois corações, pela chama de um grande amor!...

Maria Romana

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

CRÓNICAS DUMA PROFESSORA APOSENTADA

As Crónicas da nossa Colaboradora e Escritora

Lina Vedes
    A  Estradinha Funda

Por volta de 1946 alguns farenses começaram a ouvir falar da “estradinha funda”. O auge do falatório estende-se pelos anos de 1950 e 60...
   A estradinha funda era terra de ninguém, estreita e comprida, compreendida entre dois muros altos que limitavam duas quintas - a do Alto e a do Balão.
   Situada atrás do Liceu de Faro e da capela de Santo António, mesmo durante o dia, olhar para ela arrepiava. Era comprida, estreita, nublada, entalada entre paredes caiadas, chão de terra batida repleto de pedregulhos que dificultavam o andamento ágil. As paredes, encardidas pelo tempo, expunham desenhos indecentes, palavras e palavrões, nomes próprios masculinos e femininos dentro de corações mal riscados, frases curtas e emporcalhadas, poemas, quadras soltas... Um manancial comunicativo, impróprio para os olhos de qualquer cidadão comum.
   Não tinha qualquer tipo de atracção, nem de beleza, nem histórico glorioso do passado farense.
   Os residentes em Faro, na altura do apogeu da descoberta, passaram a saber onde se situava a estradinha funda e o que lá se passava. A fama passou a ser maior do que o tamanho da dita.
   O conhecimento do local talvez tivesse começado por visitas ocasionais de pares de apaixonados, que escolheram o sítio para descarregar o seu intenso amor!
   O local não era bonito mas era discreto. Ninguém se lembraria de passar por aquela língua de areia escura e pedregosa. Era o sítio ideal para encontros ilegais e sigilosos.
   Teria sido descoberta por algum casal de amantes que passou palavra a outro e a outro... A procura do recanto amoroso aumentou e o nome “estradinha funda” apareceu do nada!
   Com o decorrer do tempo a fama subiu de tal maneira que os concorrentes ao sossego o tornaram tudo, menos discreto. Espalhavam-se ao longo da estradinha, não se olhavam quando se cruzavam e não se conheciam quando se encontravam em locais da vida social.
   Mas... Há sempre um mas...
   A sociedade daquela época, masculina em absoluto, atribuía à mulher um lugar secundário que elas, submissas, abraçavam. Segundo Freud era o “complexo de castração’ era a educação da época! O pudor dominava-lhes a vida!
   As leis formuladas pelos homens cortavam toda e qualquer exaltação.
   Usando a artimanha de verdadeiros caçadores, muitos homens, conseguiam alcançar “presas desprevenidas” não olhando a meios para atingir os fins.
   Esses tempos redutores empurraram mulheres para a “estradinha funda” e não só, conquistadas pelo macho, iludidas, acreditando no amor que eles diziam ser eterno. 
   A divulgação do que se passava, perto das traseiras da capela do Alto alastrou, dando origem ao aparecimento dos “mirones” aqueles que espreitam a vida alheia.
   A certa altura o número de “espreitas” era superior ao número de pares amorosos que, apanhados em flagrante, fugiam e, segundo consta, muitos restos visíveis de amor interrompido foram encontrados à luz do dia.
   Ao anoitecer uma romaria de mirones dirigia-se para a estradinha funda.
   Velhos já caquécticos, incapazes de amar no presente e sem o terem feito no passado, iam espreitar procurando excitação animalesca.
   Buscavam, igualmente, saber quais as pecadoras que se expunham a tal humilhação para poderem, à mesa do café ou ao balcão de uma tasca, relatar factos vistos, com acrescentos impróprios e indignos.
   Esses velhos e os seus ouvintes pouco aprenderam sobre a vida. Para eles já era tarde, para eles era impensável elevarem-se acima do estado animalesco, Já não conseguiriam dar carácter ou conteúdo humano às suas funções animais...
   Os adolescentes masculinos tornados mirones iam ao local por curiosidade. Inexperientes, pouco ou nada informados sobre sexo, receando o acto sexual, procuravam aprender como agir... Vendo a mulher como objecto de prazer!
   Para eles, ao fim de algum tempo, a curiosidade morreu e a estradinha funda fechou.
   As mentalidades enobreceram. Rapazes e raparigas passaram a encarar a vida com uma perspectiva diferente. A partilha aproximava os casais. A vida em comum modificou-se.
   Mas... Os anos continuaram a exercer a sua influência...
   De cambalhota em cambalhota chegámos a modificações radicais.
   Mulheres que passam a ser caçadoras, homens caçados ou ainda, a troca constante de posição consoante o interesse ocasional.
   Nesta confusão de valores muita gente voltou… e continua, a percorrer caminhos escuros, emparedados e empedrados, uns atrás dos outros, empurrando-se, pisando-se, tentando ultrapassagens ilegais...
   Para esses poderemos perguntar:
   - Onde está o céu azul do dia ou as estrelas brilhantes da noite?
   - Onde fica a linha do horizonte, o murmúrio das águas, o tresmalhar do vento entre a folhagem das árvores?
   - Onde se encontra o vizinho amigo, o irmão, o colega de escola ou de trabalho, o amor, a amizade, a mão amiga estendida ou o abraço fraterno?

Lina Vedes
30 de janeiro de 2o13
Foto da Estradinha Funda (de Lina Vedes)
Lembram-se?
NOTA: Cliquem sobre a foto para aumentar




segunda-feira, 10 de outubro de 2016

POESIA



O Mágico Luar!

Luz Branca e prateada iluminava
A Ninfa adormecida em preamar
E sob o encantamento do luar
A Alga fugidia murmurava!...

Flutuando, a Sereia, então cantava
Um hino muito belo, singular
E a noite parecia enfeitiçar,
Enquanto a lua cheia se ostentava

A Fantástica luz tinha harmonia
E a Estrela Polar terna, sorria,
Com graça e beleza sedutora

Espectáculo raro, inebriante,
Envolto na magia impressionante
Da cena misteriosa e sonhadora!



                                                        Maria Romana

domingo, 9 de outubro de 2016

CRÓNICA DE FARO


Voltaram os “Anais do Município”

Opinião de João Leal

Volvidos 5 anos e no âmbito das ações comemorativas das “Jornadas Europeias do Património” foi apresentado o 38º volume dos “Anais do Município de Faro”, uma referência participada e participativa do viver farense e que assim volvido um lustro de apagamento, ressurgiram para desta feita o terem, conforme voto expresso, a sua continuidade anual, como é norma e objectivo da sua edição.
O ato, com ampla e muito positiva participação, decorreu no auditório da Biblioteca Municipal António Ramos Rosa e com intervenções quer do responsável por esta publicação, o ilustre algarvio mestre da Universidade de Coimbra, professor Dr. Joaquim Romero de Magalhães, da Dra Salomé Horta, responsável pela Biblioteca da Universidade do Algarve e do presidente da Câmara Municipal de Faro, Dr. Rogério Bacalhau.
Criados em 1969, sendo então responsável pela autarquia farense, o sempre lembrado major João Henrique Vieira Branco, teve o seu primeiro diretor e mentor o saudoso Mestre Professor José António Pinheiro e Rosa, então regressado do “exílio lacobrigense a que fora votado”, com uma orientação e conteúdo bem diferentes dos atuais e uma presença reveladora do que foi sempre o seu modo de viver, com a inteligência e valor que lhe eram e são merecidamente votados o seu obreiro nº1. Desses estudos do prof. Pinheiro e Rosa muitos foram depois publicados em separatas e constituem hoje verdadeiras preciosidades bibliográficas.
Ao insigne Mestre sucedeu, já após o 25 de Abril, o conceituado jornalista e investigador, o sociólogo Dr. Libertário dos Santos Viegas, que prosseguiu com saber, vontade e determinação e a publicação periódica dos “Anais do Município de Faro”, funções para as quais seria depois convidado o seu atual diretor, o Prof. Dr. Joaquim Romero Magalhães.
Há 5 anos que, por vicissitudes várias, entre as quais a situação económica difícil que a autarquia conheceu e ora já respira mais afogada, esta obra básica para a história farense contemporânea, não eram editados o seu reaparecimento bem como os testemunhos expressos de continuidade regular, levam-nos a expressar a certeza de que este fim da tarde vivido na Biblioteca António Ramos Rosa, é uma pedra assinalada!

João Leal

sábado, 8 de outubro de 2016

UMA ESTÓRIA DA COSTELETA MARIA ROMANA



“Um Misterioso Iceberg” !...
  

Não sei quantos, mas há muitos, muitos anos, uma frota bacalhoeira, desatracava do cais, da Estação Fluvial de Belém.
Toda a tripulação, era ela, composta por homens experientes, audazes marinheiros, alguns diziam-se de origem mediterrânea...
A despedida era muito triste, para os que partiam e para os que ficavam... Difíceis, eram também, as comunicações naquela época!
Em amplo Oceano Atlântico, os mareantes avistavam, ainda, uma nuvem de lenços brancos a acenar, ao mesmo tempo que, ouviam na imensidade do espaço, o eco que repetia incessante-mente:
- “Boa viagem, Deus vos acompanhe, até à volta!”-
A frota rumava com destino ao Canadá! O tempo que levaria na viagem, dependeria do que pudesse surgir. Os perigos espreitavam a cada instante! As noites pareciam infindáveis... Até que, a certa altura, se aperceberam de que a Terra Nova não estava longe, pelas mudanças bruscas das temperaturas.
- Ventos arrebatados enfunavam as velas e atingiam as proas; surgiam os icebergs, que estavam na fase dos degelos. Ondas alterosas e a bruma, a grande inimiga dos navegantes, dificultando-lhes a visibilidade mas, com a ajuda de Deus, tudo ia sendo ultrapassado...
Numa manhã muito fria, a frota alcançava o termo do percurso...
Agora, o trabalho iria ser árduo. A Pesca do Bacalhau seria, sem sombra de dúvida, uma verdadeira aventura!...
Tudo estava a postos- Descidas as amarras, a frota fundeava ao largo do Oceano; a azáfama a bordo não parava. Arreavam-se os dóris; cada barco, comportava uma equipa de três a quatro homens.
Em seguida, dirigiam-se para os Bancos... Aí preparavam os cercos; anzóis no mar e os insaciáveis bacalhaus induzidos pelo engodo, não se faziam esperar...
O tempo passava, os porões abarrotavam e os incansáveis escaladores não tinham mãos a medir. Seguia-se a salga, depois a secagem. Tudo era feito ao mais ínfimo pormenor!
De vez em quando as actividades piscatórias tinham de ser interrompidas, quando o mar não favorecia, ou pela terrível brisa, frios que os pescadores não conseguiam suportar.
Havia meses que eles mantinham a dura labuta, sujeitos a problemas de vária ordem... Apesar dos contratempos, a safra tinha sido bastante generosa e a faina chegava ao fim.
A Companha preparava-se para a viagem de regresso, mas antes, iria em terra, comprar algumas recordações para familiares e amigos.
Finalmente, o dia aprazado para a partida!
No cais, lá estavam os amigos e alguns camaradas, que ficavam por lá, para lhes desejar boa viagem.
Navegavam, em pleno alto mar, quando ao fim do segundo dia, quase ao escurecer, desencadeava-se uma enorme tempestade! O firmamento e o mar assemelhavam-se a mantos negros; os navios andavam em remoinho e as velas despedaçavam-se, com as fortes rajadas de vento. Relâmpagos fosfóricos cruzavam o espaço, seguidos de estrondosos trovões...
Os pescadores mal diziam a sua sorte e, na maior aflição elevavam ao céu as mãos postas em cruz, numa fervorosa súplica:
- “Senhor, salva-nos! Nossa Senhora dos Navegantes, encaminha-nos para bom porto!”
Estavam na iminência de naufragar!... De repente, como por milagre, um clarão iluminava um rochedo, de grandes proporções, ao mesmo tempo que, uma força oculta, detinha toda a frota, ficando esta, completamente estática. A gigantesca falésia estendia-se às embarcações e nela havia umas reentrâncias, espécie de degraus, formando uma escadaria.
Os Arrais pediam aos seus homens muita coragem pois, iriam subir até ao cimo do monstruoso rochedo...
Assim aconteceu! Alcançado o ponto mais alto, viram com surpresa, uma pequenina ermida na qual se encontrava sobre uma mísula, a Nossa Senhora dos Navegantes, com o Menino Jesus no regaço... Todos ajoelharam e, perante as belas imagens, rezaram, agradecendo as suas vidas.
Agora mais confiantes, acomodavam-se o melhor que lhes era possível e ali esperaram que a procela se afastasse completamente. Aquela luz intensa, também se manteve, como farol, até o vendaval se ausentar.
A aurora despertava, o mar começava a ficar sereno e os homens desceram às embarcações, sem problemas!
De novo a bordo, mas preocupados, verificaram os danos causados pela tempestade e, como não tinham outra alternativa, voltaram ao ponto de partida, para consertarem as três embarcações , da respectiva frota...
Passados alguns dias, a navegação recomeçava, cautelo-samente. À medida que se aproximava do local, onde se encontrava a imponente falésia, que tinha sido porto de abrigo dos pescadores, viram em seu lugar, um majestoso Iceberg. Tudo era tão misterioso!...
Fosse o que fosse, eles tinham sido salvos, graças à Divina Providência, por isso, fizeram uma breve paragem em sinal de agradecimento pelo bem recebido! Nesse preciso momento, surgiam três enormes baleias que se abeiraram da frota, depois colocaram-se, como guias, à frente de cada embarcação... E a viagem decorrera sem qualquer incidente.
Os navios –São Cristóvão, São Pedro e Neptuno atracavam no cais, de terra portuguesa. Enquanto todo o cenário se desenrolava, os robustos animais que os acompanhavam, desapareceram tão misteriosamente, como surgiram. Mas, de uma coisa os pescadores tinham a certeza, a bordo, traziam o fruto do seu trabalho e, ainda, nas suas mentes, a mais insólita estória para contar!...


Maria Romana

VIAGEM E DESCANSO


Meus caros amigos

  Aproveitámos esta última semana para passear e descansar.
  O Blogue ficou inativo.
  Para o efeito escolhemos Espanha, mais propriamente a região da Andaluzia, por Torremolinos, Málaga e Marbella.
  Passeámos pelas várias localidades da região.
  Na Quinta-feira visitámos de manhã a localidade de “Mijas”, terra de burros como dizem (ver foto). E aqui, ao regressar para o autocarro, um alentejano da comitiva faz-me a seguinte pergunta:
  - Sabe porque os alentejanos se levantam muito cedo?
  Com a minha admiração estampada respondi que desconhecia.
  - É para descansarem mais tempo…!!!
  E regressámos ao hotel, em Torremolinos, para almoçar.
  O passeio e o descanso terminaram. Vamos continuar a pôr o Blog em dia.
  Há, porque já temos, material interessante para dar a conhecer colocando a partir de hoje no Blogue.


A "Presidenta" Isabel também quis "burricar" em "Mijas"

  Saúde para todos.

  Roger