terça-feira, 31 de janeiro de 2017

QUANDO ALGUÉM PARTE


JOSÉ JOÃO GORDINHO PARGANA
Costeleta e sócio nº 673, Partiu

À viúva, Maria Amélia Pargana, familiares e amigos o nosso sentimento de profundo desgosto

DESCANSA EM PAZ JOSÉ PARGANA


TENHO DIAS...

É vulgar ouvir a expressão “tenho dias”, significando na gíria popular, que nem todos os dias são iguais: uns com vontade de trabalhar, outros de escrever, de passear, namorar ou até de não fazer nada.
Será  efeito do tempo? Das fases da Lua? Das horas de descanso na noite anterior?
Deixarei essa questão para os “sábios” que estudam o comportamento humano e dos animais.
Esta introdução ao texto significa que também eu tenho dias! Hoje é dia de ter vontade de escrever.
Que tema vou escolher ? Política e políticos é interessante. Mas, sobre que tema?
- TSU? Não. É um assunto resolvido e exaustivamente comentado. Como todos sabemos  o nosso país é riquíssimo em “opinion makers”, que dedicaram ao tema em todos os meios de comunicação social, centenas ou milhares de horas, tornando insignificante qualquer comentário, que me atrevesse a fazer.
- O Governo, agora rotulado de “Gerigonça”(não sei se depreciativamente ou com sentido de humor)?.
Seria um tema interessante, mas estou inibido de escrever sobre o mesmo. Não porque tenha regressado a polícia política. Não! A inibição advém do facto de ter de fazer escolhas sobre a multiplicidade de opiniões, pareceres, estudos, crónicas, sketches e outras formas de divulgação e poderia ser interpretado como tendencioso, o que talvez até fosse verdade, pois é uma área onde não consigo ser imparcial.
- Futebol? Para um apreciador desta modalidade desportiva, teria muito que dizer. Contudo, não o farei. Como protesto, por tudo o que se passa nesta tão bonita arte desportiva. Os dirigentes ( todos ) pelo seu comportamento ao longo dos anos, se encarregaram de conectar o futebol à corrupção. Justo ou não, o facto é que se nos lembrarmos do adágio popular “não há fumo sem fogo“, ficam-nos muitas dúvidas sobre o assunto.
- Economia? Bem, sendo uma ciência que me é particularmente grata, até poderia ser o tema eleito. Porém, a economia tem vindo a assumir uma liderança na actualidade, com demasiadas consequência negativas e sobejamente conhecidas, pelo que também não me apraz dedicar este texto ao assunto..
- Quem governa? Os políticos? Os economistas? Não! Os países são governados pelos políticos e pelos economistas, e alguns que uso denominar de “generais de pacotilha”, são extremamente nocivos, para as populações deste planeta. E não nos esqueçamos do denominado 4º Poder: Os média!
Quantos políticos e economistas nos “visitam” diariamente na nossa casa, logo que ligamos a televisão ou quando compramos o jornal e iniciamos a sua leitura, ou mesmo quando abrimos o rádio? É um “fartote” de opiniões, que lentamente vão moldando o pensamento dos cidadãos, em função dos seus interesses.
Então? TSU? Não! Governo? Não! Futebol? Não! Economia? Não! Então que tema escolher?
Em família, ontem almoçámos, pais, filha, genro e neto no Restaurante Roque na Praia de Faro. Excelente almoço! Parabéns à cozinha, pela extraordinária qualidade do arroz de lingueirão, do peixe frito e das sobremesas, a lembrar as que saíam das cozinhas das nossas mães e avós. Maravilhosas!. Meu caro Roque, amigo e ex-colega de longa data, hoje mais do que nunca a qualidade é um bem precioso para o sucesso e fidelização dos clientes. Esse é o caminho! (Passe a Pub)
Jorge Tavares
costeleta 1950/56


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017


Da nossa congénere de Braga recebemos o seguinte Mail:

aaaeicbraga@sapo.pt


 Bom dia,

É com muito gosto que recebemos o Vosso jornal " O Costeleta ". Aproveitamos para informar que o nosso novo endereço passou a ser: Associação dos Antigos Alunos da E. Ind. e Com. de Braga, Avenida Imaculada Conceição, n.º 132, 4700-034 BRAGA.

Agradecíamos a partir de agora, qualquer correspondencia que nos possam enviar, seja para esta nova morada.

Os nossos cumprimentos e votos de um Bom Ano.
helena


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017


À consideração dos Associados Costeletas:


Carta Aberta
Será interessante saber no final do ano, quando se fechassem as contas da nossa Associação,  os sócios ( costeletas ) que têm quotas em divida, há mais de um ano.
Manter no activo, com os custos inerentes à situação, costeletas que não pagam o valor irrisório da quota anual, parece-me ser demasiado tolerante. Dirigir uma carta informando da situação, e à falta de cumprimento propor na Assembleia de aprovação de contas,  a sua irradiação. Poderá parecer demasiado rigoroso, mas para  faltosos crónicos, manter o status quo, poderá ser interpretado como benevolência excessiva, comparativamente com os cumpridores.

Jorge Tavares
costeleta 1950/56

NOTA DA REDACÇÃO - Em relação ao conteúdo exposto na Carta Aberta, e para conhecimento dos Associados, reproduzimos o essencial do ARTº 11º dos ESTATUTOS:
»Nº 1 - Perdem a qualidade de sócio, os que se demitirem ou forem excluídos.
Nº 2 - Serão excluídos de sócio, por deliberação da Direcção, os que:
-----
b) - deixem de pagar, sem motivo justificado reconhecido pela Direcção, quotas relativas a dois anos.
Nº3 - Os sócios excluídos nos termos da alínea b) do Nº 2, poderão ser sempre readmitidos, desde que paguem as quotas em atraso.«

Roger

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

CRÓNICA DE FAMÍLIA

PEDAÇOS DE VIDA II

Quando de uma publicação minha no dia 30.12.2016, foram feitos alguns comentário e, existiu um da amiga Maria Moreira que dizia em referência a essa mesma publicação PEDAÇOS DE VIDA.
O referido comentário foi tão positivo, que enviei para um colega que é o responsável pelo, com o nome de: costeletasfaro.blogspot.pt, (ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA TOMÁS CABREIRA) tendo sido publicado com minha autorização. rio da Amiga mencionada, me inspirou em trazer até vós, mais PEDAÇOS DA VIDA.
Antes de me alongar, sou a pedir-vos desculpa pelo tempo que vos irei ocupar de outras tarefas e, ao mesmo tempo, também dizer.vos que não tenho o habito de escrever nem, sei, até que ponto o facebook me permite este tipo de diálogo ou, de dar-vos a conhecer algumas facetas que me dizem respeito. Por outro lado, se o facebook é uma ligação de amigos e não só e, se surgem publicações com mais interesse ou menos interesse publicadas irei dar seguimento aos meus PEDAÇOS DE VIDA.
Hoje, venho-vos dizer algo que se passou comigo, enquanto militar em 1969.
Fui colocado no Comando de Agrupamento 2959 co destino a Moçambique, mais propriamente à cidade de Tete no Sector F.´, como Furriel Miliciano. A meu cargo tinha uma secção de reabastecimento de materiais e organização de colunas militares, que era formada por várias praças entre condutores e não condutores. A nossa missão era carregar as viaturas militares e civis com produtos de várias especificidades, desde material rádio e combustível além de outros que chegavam ao Comando de Sector e, que tinha que ser encaminhado para os Batalhões de Bené, Ferancungo e ,Fingoé assim, como pelas diversas companhias que pertenciam aos referidos batalhões e companhias independentes que reforçavam as ditas unidades.
Até aqui tudo normal no cumprimento do dever que me tinha sido atribuído mas, eis que no meio desta situação surge um problema que tive que o ultrapassar, que foi a união e aproximação, pois, alguns não aceitavam de bom agrado as ordens que eram transmitidas. Não foi fácil, lidar com homens com os quais tivemos pouco contacto no sentido de um melhor entendimento. O Bom do FURRIEL MILICIANO, estudou a melhor maneira de conviver com os homens à sua responsabilidade e, começou a haver uma aproximação, tendo sido escolhido a cantina do Comando de Sector para um reforço de união e camaradagem entre Superior e subordinados o que veio a suceder. Depois de tudo isto, já todos procuravam o FURRIEL MILICIANO e, até se ofereciam para os vários serviços que o mesmo SUPERIOR estava nomeado.
Existia um chefe de secretaria com o posto de TENENTE, que ao verificar que o seu subordinado FURRIEL) acompanhava com os praças (SOLDADOS), lhe chamou a atenção para a referida situação, avisando-o que lhe dava ordem de prisão. Isto, sucedeu uma, duas vezes e, à terceira vez, o dito subordinado (FURRIEL), resolveu contar ao seu chefe de gabinete (SECÇÃO DE TRANSPORTES) que era um senhor com o posto de MAJOR e, com o qual tinha um relacionamento bastante positivo, apesar do restante pessoal do Comando de Sector não simpatizar com o dito MAJOR porque falava num tom muito alto e, todos se encolhiam menos o FURRIEL, alguns solicitavam a colaboração deste para obterem algo que pretendiam do referido MAJOR.
Mas, o mais engrado do episódio entre TENENTE e FURRIEL, veio depois das ameaças de voz de prisão. O dito FURRIEL, foi ao gabinete do CHEFE de SECÇÃO (MAJOR), contou-lhe o sucedido com o Chefe da Secção e, este de imediato, dirigiu-se ao gabinete do Comando de Sector (CORONEL) onde teve um pequeno diálogo que não foi do meu conhecimento de onde voltou com uma rapidez, dizendo-me para ir à Secretaria dizer ao senhor TENENTE para estar presente no gabinete do mesmo e, que eu também estivesse presente. O senhor TENENTE assim o fez e, quando entrou no gabinete do CORONEL e nos viu, ficou da cor de um tomate (vermelho). A determinada altura o CORONEL mandou-me sair, ficando com o MAJOR e o TENENTE. Também não sei qual o teor da conversa que, a partir dessa altura a atitude do TENENTE para com o FURRIEL (eu) deu uma volta de 360 graus e, ficamos tão amigos que nem parecíamos SUPERIOR e SUBALTERNO.
Aqui acaba mais um PEDAÇO de VIDA, prometendo mais episódios.
As minhas desculpas pelo tempo que vos tirei, com um abraço deste vosso amigo

Janeiro de 2017

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

CRÓNICA DE FARO

“Campeões! Campeões!”

OPINIÃO|JOÃO LEAL

Sem ser escutado, mas ecoou pelo salão nobre do município de Faro e espaços adjacentes, no íntimo das muitas centenas de quantos lá se deslocaram, na tarde que antecedeu o Portugal/Letónia, disputado na “catedral do futebol algarvio”, que é o Estádio Algarve e a contar para a fase de apuramento do Mundial a disputar na Rússia no verão de 2018, o nunca repetido e sempre festejado que dá título a este escrito.
Mais do que merecida, foi-o da maior justiça e de plena oportunidade esta iniciativa da Câmara Municipal da capital sulina e da associação empresarial ALGFUTURO, em homenagear a briosa Selecção de Portugal, que em julho último, em pleno estádio de França, na capital parisiense, conquistou, pela vez primeira o honroso título de “Campeã da Europa de Futebol” e a qual incluía um farense – descendente, nascido em França, mas com os seus maiores originários dali, dessa zona citadina, a que Mário Zambujal intitulou, há tantas décadas, neste mesmo espaço de “Cidade em Quarto Crescente”, que é a Penha, o jogador do Borussia de Dortmund, Rafael Guerreiro.
Na mesa da presidência da sessão, para além dos presidentes dos organismos promotores, respetivamente Dr. Rogério Bacalhau Coelho (município) e José Vitorino (Algfuturo), o presidente da FPF (Federação Portuguesa de Futebol), Dr. Fernando Gomes, que em si e nas funções exercidas, sentiu o apreço votado à nossa representação que ostenta até 2020 (depois se verá) o título maior dessa importante indústria – desporto que é o futebol.
“Trabalho, energia, talento, solidariedade, força mental… e também um pouco de sorte” foram epípetos proferidos pelo autarca primeiro de Faro para destacar a homenagem dos farenses, muitos espalhados pelos “quatro cantos do mundo”, “à equipa de todos nós”, os tais publicitados 11 milhões de apoiantes, formulando votos pelas futuras glórias e expressando o agradecimento pelo feito de “nos voltar a fazer sorrir”.
Para o Dr. José Vitorino, a irrequietude constante e permanente de quem quer sempre fazer algo pela Terra-mãe um destaque próprio para os presentes, o ex-árbitro César Correia e a atleta Ana Dias, bem como para os nossos emigrantes (o 12º jogador), a referência de que “O Algarve precisa dessa notoriedade dada pelo futebol”.
O Presidente do FPF, Dr. Fernando Gomes, a quem pelos presidentes das entidades promotoras foi entregue uma artística placa que testemunha o agradecimento de Faro, destacou a homenagem prestada e palavras de merecida justiça à forma como o Algarve e os algarvios sempre apoiam a Selecção Nacional, proferiu uma pedagógica e elucidativa lição sobre “Portugal a puxar por Portugal” (a arte de saber ganhar) em que apontou a influência, impacto e mais valia do futebol em muitos sectores da vida portuguesa, que de modo próprio na economia do País, apontando que diversas competições internacionais proporcionam verbas superiores aos 400 milhões de euros.
Um final de tarde lindo este vivido no salão nobre da câmara de Faro, na homenagem à “Equipa de Todos Nós, campeã europeia de futebol”!
João Leal

QUANDO A POESIA ACONTECE


De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural
    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

Prezados Companheiros e Amigos,

Amanhã, dia 11 de Janeiro, pelas 17,30h , na
Biblioteca Municipal - "Quando a poesia acontece" sob o tema:

"Se a neve é sempre flor de amendoeira,
Se foi roubar ao Céu, o azul do mar;
Se a cor verde de esperança é da figueira
E a terra é mais vermelha, qual braseira...
É do Algarve que estamos a falar!"


- Maria Aliete Cavaco Penha


* Poesia embalada pela voz de Rosinda com música de Luciano Vargues

Espero por vòs.

Cordiais saudações elistas.



Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

CANTINHO DOS BRINCALHÕES



Para compreenderes, tens que ler... de-va-ga-riii!
Para alentejanos/as, mas sobretudo para quem não o é…pode ser de alguma utilidade!

Abalei...
Eu - Abalei às 15h…
Ele - Tu o quê??
Eu - Abalei…
Ele - O que é isso?
Eu - Ora, fui-me embora…
Todo o bom alentejano “abala” para um sítio qualquer, que normalmente é já ali. O ser já ali é uma forma de dizer que não é muito longe, mas claro que qualquer aldeia perto, aqui no Alentejo, está no mínimo a cerca de 30 km. Só um alentejano sabe ser alentejano!
Um alentejano “amanha” as suas coisas, não as arranja...

Um alentejano tem “cargas de fezes”, não tem problemas...
Um alentejano vai “à do ou à da…”, não vai a casa de…
Um alentejano “inteira-se das coisas”, não fica a saber…
No Alentejo não há aldrabões, há “pantomineiros”...
E aqui também não se brinca, “manga-se”.
No Alentejo não se deita nada fora, “aventa-se” qualquer coisa e... comem-se “ervilhanas” ou “alcagoitas” (amendoins) e “malacuecos” (farturas).

Os alentejanos não espreitam nada nem ninguém, apenas se “assomam”…
E quando se “assomam”, muitas vezes podem mesmo ter dores nos “artelhos” (tornozelos)!
As coisas velhas são “calqueiras” e...
 muitas vezes viaja-se de “furgonete” (carrinha de caixa aberta), algo que pode deixar as pessoas alvoreadas” (desassossegadas).
Quando algo não corre bem é uma “moideira” (chatice) e... ficamos “derramados” (aborrecidos) com a situação, levando muitas a vezes a que as pessoas acabem por “garrear” (discutir) umas com as outras e...a fazerem grandes “descabeches” (alaridos).
“Ainda-bem-não” (regularmente) as pessoas têm que puxar pela “mona” (cabeça) para se desenrascarem, quando muitas vezes a solução dos seus problemas...está mesmo “escarrapachada” (bem visível) à sua frente.

Não estou  “repesa” (arrependida) de ter escrito esta pequena crónica, com vista a lembrar detalhes do património oral que nos é tão próximo e muitas vezes de “bradar” aos céus.
“Dei fé” (pesquisei) a algumas expressões e tentei não vos criar, a vós, leitores, uma grande “moenga”, apenas quero que guardem algumas destas expressões na vossa “alembradura”  (lembrança)!

Um "arranjo" (escrito com alguma "Severidade", enviado pelo Costeleta Alentejano

Maurício Severo

    

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

CRÓNICA DE FAMÍLIA


PEDAÇOS DE VIDA I

     Esta tarde, apetece-me dizer algo sobre mim mesmo.
Ao pensar em mim e na Família que tenho, penso ao mesmo tempo nos outros. Como católico assumido, sou a dizer-vos, que a minha maior riqueza é a Família. Como Família, já perdi entre outros, os meus Pais e os meus Sogros, para além do meu Cunhado.
   Tenho na Família, três pessoas maravilhosas para além de um Irmão que vive há longos anos nos EUA e que mantemos um contacto regular através do telefone ou por e-mail.
   Neste momento, faz na próxima segunda feira três semanas, que minha mulher fez uma fratura no ombro esquerdo mas, Graças a Deus, a situação vai melhorando. O serviço, tem sido repartido entre todos da casa e, assim se vai resolvendo os problemas dos banhos, da alimentação e arrumos de casa.
   Para facilitar na confeção das comidas e outros, tenho a ajuda da minha amiga bimby que me vai proporcionando refeições agradáveis e, do agrado da Família.
   Temos ou, tenho que dar Graças a Deus, por ter tido uns Pais que me deram educação e alguma instrução. O resto, aprendi​ no serviço militar, no CISMI em África "Moçambique - Tete e na Beira", e nos locais de trabalho por onde passei. Mas, foi gratificante todo o trabalho que tive na Câmara Municipal de Faro desde 1991a 2014. Durante estes anos, lidei com alguns executivos da Autarquia de Faro que me marcaram mais pela positiva do que pela negativa, assim, como alguns assessores entre eles, um por quem tenho muita consideração, de seu nome António Fernandes. Enquanto funcionário da Câmara Municipal de Faro, desempenhei o cargo de Encarregado do Parque de Campismo e, em 1997 fui colocado como Encarregado dos Cemitérios.
  Em relação a este último cargo, para o qual não tinha qualquer formação profissional nem conhecimentos, foi aquele que mais me enriqueceu em todos os sentidos. Desde o lidar com subordinados com alguns vícios, os quais, ao encontrá-los na rua me agradecem o bem que lhe fiz, e, lidar com a dor dos munícipes na perda de um Familiar, dando sempre uma palavra de consolo e, acompanhando o seu cortejo fúnebre da entrada do Cemitério até à última morada. Para além deste gesto, marquei sempre presença na exumação dos corpos e, sendo curioso neste sector, ainda assisti a algumas autópsias.
   Digo-vos que foi uma experiência com algumas coisas positivas e, outras menos positivas. Mas, as amizades adquiridas ficaram registadas, sendo um enorme prazer da minha parte encontrar alguém na rua questionando-me, isto é, fazerem-me .críticas sobre o estado em que se encontra o Cemitério ou outro assunto de outra natureza.
Peço desculpa por vos ter roubado o vosso preciso tempo, mas senti necessidade deste desabafo depois de ter feito uma visita aos meus Pais.
   Termino, desejando umas boas saídas e umas melhores entradas em 2017

Dezembro de 2016 

Florêncio Vargues


terça-feira, 3 de janeiro de 2017

CRÓNICA DE FARO



 “Cidade de Excelência”
OPINIÃO DE JOÃO LEAL

Não o é todos os dias que tal sucede, como ora aconteceu com a nossa Terra Mãe (João de Deus, o excelso lírico e profundo pedagogo, ditou que “a terra onde se nasce é Mãe também”…), ao ser-lhe atribuído a “Bandeira de Cidade de Excelência – Nível II”.
Foi-o para Faro, que a todos nós, aqui nados ou farenses por opção voluntária, nos orgulha neste “reconhecimento público do trabalho realizado pela autarquia na área do planeamento estratégico em ações específicas da regeneração e vitalidade urbana, como definiu na plena justificação das razões que levaram a esta atribuição a Equipa Coordenadora da Rede de Cidades e Vilas de Excelência, presidida por Pedro Ribeiro da Silva.
Esta entidade é “como que uma plataforma colaborativa de trabalho que valoriza novos modelos de partilha, de conhecimento prático e formas ágeis de atuar localmente”, numa génese filosófica – prática, inovadora, empreendedora e motivadora, da qual todos cobramos dividendo, traduzidos ao fim e ao cabo, numa tão desejada melhoria da qualidade de vida.
Três anos são percorridos desde que, em 2013, a capital sulina aderiu a este colectivo, numa atitude deliberada e agilizadora, de conduzir o burgo a estágios prefecionistas da sua vivência e daquilo que é o mais importante de si mesmo – os seus habitantes. Fê-lo e desde então apresentando vários planos, de modo próprio nos Eixos 2 e 3 de acção local com destaque para o ensejo de “Cidade de Mobilidade Ciclável ou Pedonal e Cidade de Regeneração e Vitalidade Urbana”.
Mas o reconhecimento a Faro foi mais além e concretizado em simultaneidade com a outorga do “Vertificado de Acessibilidade do ICMV (Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade), da presidência de Paula Torres, que aponta a escolha como “em reconhecimento do trabalho e planeamento efectuado no que respeita às condições de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida”.
Faro necessita, aspira, exige e precisa, para bem de quantos aqui respiram o oxigénio de cada instante, mas de muito mais. Mas os reconhecimentos concedidos pelas entidades indicadas, com as responsabilidades que carregam, dão-nos o “feeling” de que este é o caminho a seguir!
João Leal