sexta-feira, 29 de setembro de 2017

VERBALIZAÇÃO

Por ser interessante, tomamos a liberdade de publicar este texto. Espero que gostem!
Roger


     Já “pleonasmaste” hoje?

Todos os portugueses (ou quase todos) sofrem de “pleonasmite”, uma doença congénita para a qual não se conhecem nem vacinas nem antibióticos. Não tem cura, mas também não mata. Mas, quando não é controlada, chateia (e bastante) quem convive com o paciente.
O sintoma desta doença é a verbalização de pleonasmos (ou redundâncias) que, com o objectivo de reforçar uma ideia, acabam por lhe conferir um sentido quase sempre patético.
Definição confusa? Aqui vão quatro exemplos óbvios: “Subir para cima”“descer para baixo” “entrar para dentro” e “sair para fora”.
Já se reconhece como paciente de pleonasmite? Ou ainda está em fase de negação? Olhe que há muita gente que leva uma vida a pleonasmar sem se aperceber que pleonasma a toda a hora.
Vai dizer-me que nunca “recordou o passado”? Ou que nunca está atento aos “pequenos detalhes”? E que nunca partiu uma laranja em“metades iguais”? Ou que nunca deu os “sentidos pêsames” à “viúva do falecido”?
Atenção que o que estou a dizer não é apenas a minha “opinião pessoal”. Baseio-me em “factos reais” para lhe dar este “aviso prévio” de que esta“doença má” atinge “todos sem excepção”.
O contágio da pleonasmite ocorre em qualquer lado. Na rua, há lojas que o aliciam com“ofertas gratuitas”. E agências de viagens que anunciam férias em“cidades do mundo”. No local de trabalho, o seu chefe pede-lhe um“acabamento final”naquele projeto. Tudo para evitar “surpresas inesperadas” por parte do cliente. E quando tem uma discussão mais acesa com a sua cara metade, diga lá que às vezes não tem vontade de“gritar alto”: “Cala a boca!”?
O que vale é que depois fazem as pazes e vão ao cinema ver aquele filme que  “estreia pela primeira vez” em Portugal.
E se pensa que por estar fechado em casa ficará a salvo da pleonasmite, tenho más notícias para si. Porque a televisão é, de “certeza absoluta”, a “principal protagonista” da propagação deste vírus.
Logo à noite, experimente ligar o telejornal e  “verá com os seus próprios olhos” a pleonasmite em direto no pequeno ecrã. Um jornalista vai dizer que a floresta “arde em chamas”. Um treinador de futebol queixar-se-á dos  “elos de ligação”entre a defesa e o ataque. Um “governante”dirá que gere bem o  “erário público”. Um ministro anunciará o reforço das “relações bilaterais entre dois países”. E um qualquer  “político da nação” vai pedir um  “consenso geral” para sairmos juntos desta crise.
E por falar em crise! Quer apostar que a próxima manifestação vai juntar uma “multidão de pessoas”?
Ao contrário de outras doenças, a pleonasmite não causa “dores desconfortáveis” nem “hemorragias de sangue”. E por isso podemos“viver a vida”com um “sorriso nos lábios”. Porque um Angolano a pleonasmar, está nas suas sete quintas. Ou, em termos mais técnicos, no seu “habitat natural”.
Mas como lhe disse no início, o descontrolo da pleonasmite pode ser chato para os que o rodeiam e nocivo para a sua reputação. Os outros podem vê-lo como um redundante que só diz banalidades. Por isso, tente cortar aqui e ali um e outro pleonasmo. Vai ver que não custa nada. E “já agora” siga o meu conselho: não “adie para depois” e comece ainda hoje a “encarar de frente” a pleonasmite!
Ou então esqueça este texto. Porque afinal de contas eu posso estar só “maluco da cabeça”.

 Autor desconhecido

NOTA DA REDACÇÃO: - "PLEONASMO" - O que é supérfluo, desnecessário .


PARABÉNS A VOCÊ

OUTUBRO                          ANIVERSÁRIOS


02 - Hélder Sobral Silva Mendonça. 03 -  Florentino Gomes Cavaco. 05 - Manuel Madeira Guerreiro; Vitor Manuel Carlos dos Santos. 06 - Irene Dinorah Coelho Lopes; Fernando Guerreiro Farias. 08 - Clarisse Maria Cabrita; Zélia Maria Cristino Cabrita; José Gonçalves Charneca Júnior; Maria Eduarda Aleixo Mrtins Vargues. 10 - Manuel Francisco Sousa Belchior. 11 - José Correia Xavier Basto; Joaquim Eduardo Gonçalves Teixeira. 12 - Maria da Paz Lopes Santos. 13 - José Manuel d'Assunção Brucho. 15 - Maria de Lourdes Pinto Machado Matos. 16 - Elza Maria Encarnação Soares Horta; Francisco Xavier da Silva St. Aubyn; Florentina Rosa Santos de Brito. 17 – Luciano Augusto Ventura. 18 - João Maximiano Portada Faustino. 22 - Rogério Sousa Coelho. 26 - Jacinta Rosa Cançado Coelho Ramos (Mimi); Maria Graciete C. Sebarrinha. 27 - Daniel Manuel Guerreiro Mendonça; Maria Fernanda Guerreiro Mariano Silva; Eduardo Pedro Soares. 28 –Maria Clotilde Conceição Claro. 29 - Gisela Conceição Maria Marques.. 30 - José Feliciano Sousa Matias. 

TUDO BOM PARA TODOS


quinta-feira, 28 de setembro de 2017

UM "COSTELETA" QUE PARTIU


FALECEU O COSTELETA HORÁCIO CAVADO GUERREIRO


Causou o mais profundo pesar o falecimento, ocorrido no Hospital das Gambelas, em Faro, do sempre saudoso «costeleta» Horácio Cavaco Guerreiro, destacada figura do turismo português, que, para além de ter sido o Presidente da Região de Turismo do Algarve que mais anos desempenhou estas elevadas funções, com dedicação, prestígio e notoriedade foi também durante vários anos empenhado Diretor da Escola de Hotelaria do Algarve (Faro e Portimão). Contava 78 anos de idade e era natural de Montes Novos (Loulé), aldeia situada em plena Serra do Caldeirão, casado com a sra. D. Maria da Graça Brito Cavaco Correia, a quem apresentamos a expressão das mais sentidas condolências em nome de todos os antigos Alunos Escola Tomás Cabreira. Frequentou a nossa Escola ( quer na Rua do Município como nas atuais instalações), no Curso Geral do Comércio na década de 50 do século XX e fez parte da mediática «Turma do 2° 4ª». Prestável, generoso, solidário, o Horácio, que há muitos anos sofria de grave enfermidade, era um verdadeiro e autêntico amigo de todos para todos. Frequentou. Pelas suas qualidades e méritos diversos cursos em reputada universidades estrangeiras e lecionou em vários países. Cumpriu o serviço militar na Guiné - Bissau. Era detentor de muitos louvores e distinções. Foi Presidente da Federação Ibérica dos Skals Clubes. O seu funeral efetuou-se da Igreja de São Luís em Faro para o Cemitério de São Brás de Alportel. Na memória do Horácio Cavaco Guerreiro, uma amizade quase 70 anos, a saudade de sempre!

João Leal

INFORMANDO



«FARO, TEMPOS IDOS»


Publicou a Câmara Municipal de Faro o 39º volume dos «Anais do Município de Faro», que contem uma vasta e variada colaboração, Da mesma, da autoria do autor destas linhas fez editar em separata o trabalho «Faro, Tempos Idos», que recorda figuras típicas e factos da capital algarvia, de modo próprio das décadas cinquenta ( quando frequentávamos a Escola Tomás Cabreira e fazem parte, portanto, do universo das nossas memórias), Uma obra para se ler com uma lágrima a surgir na saudosa recordação.

João Leal

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

INFORMANDO


O Costeleta Jorge Tavares enviou-nos este artigo, publicado "IN NOTÌCIAS DE S.BRAZ", que gostosamente publicamos.



NOTA DA REDACÇÃO - Editámos o melhor que pudemos em "foto"

sábado, 23 de setembro de 2017

INFORMANDO


«O MANO» 

UM LIVRO DO COSTELETA AURÉLIO MADEIRA 

Essa nunca desmentida «vitalidade, solidariedade e fraternidade», que é lema da nossa Associação, ofertar o livro da autoria dessa mediática figura da Escola Tomás Cabreira, que é o Aurélio Madeira, num gesto que nos sensibilizou até às lágrimas e constitui uma narrativa dramática, em três atos e cinco quadros, intitulado «O Mano». Aurélio Madeira foi, naqueles anos sessenta do século passado figura maior do teatro amador, nessa academia que eram mestres o engenheiro e o doutor Campos Coroa, o José e o Emílio. Trata-se de uma obra de grande profundidade refletindo alguns dos muitos problemas que enfrenta a sociedade contemporânea, com o seus vícios e virtudes, o seu quê de policial e de humanismo. O autor, nasceu e cresceu em Faro, foi aluno da Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, onde concluiu o Curso Geral de Comércio e enveredou pela carreira de funcionário bancário, onde reside, está aposentado e exerceu quase toda a vida profissional. Desde os treze anos que se dedicou, com grande arte e vocação à atividade teatral, havendo-se iniciado nas récitas escolares, ingressando no Teatro de Amadores de Faro (TAF) de depois atingindo o auge da carreira no Grupo de Teatro do Círculo Cultural do Algarve onde conquistou, em Lisboa, os prémios nacionais «João Rosa» (melhor interpretação Masculina de Teatro Amador) e, a quando das comemorações do V Centenário de Gil Vicente (1965) o «lº Prémio Gil Vicente) pela inesquecível interpretação de 1º Diabo da «Trilogia das Barcas», acolitado por esse outro inesquecível costeleta, que foi o saudoso Miguel Tinoco. No Cidade Pombalina prosseguiu as suas atividades cénicas, com múltiplas realizações, numa vida vertical que muito nos honra a todos os costeletas. Parabéns, «grande» Aurêlíõ, por esta obra «O Mano»!

João Leal

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

INFORMANDO


NO CENTENÁRIO DE «OS HANGARES 


Os Hangares é um aglomerado marítimo - ilhéu que se situa na Ilha da Culatra e que em fins de Agosto completou o 1 º centenário da sua existência. Deve o seu nome à instalação de uma base durante a I Guerra Mundial para apoio aos hidroaviões e a recente realização, com assinalado êxito do pela 2ª vez consecutiva do «Sun Set», organizado pelo Rotary Clube de Faro que ali fez escala, trouxe-nos à memória os passeios anuais que a Escola ali fazia, a bordo do «Isabel Maria» ou do «Gavião», num dia preenchido com passeio pela Ria Formosa, banhoca, almoço e bailação. Por «Os Hangares», no seu centenário, também fazem parte da história centenária da Escola Tomás Cabreira!

João Leal

COMENTANDO A INFORMAÇÃO DE JOÃO LEAL SOBRE ALBERTO ROCHA



Alberto Rocha e seus filhos
 
A minha amizade com o Alberto dos Santos Rocha teve o seu inicio  nos anos cinquenta.
Sem receio de me enganar direi que a sua existência tem no mínimo 65 anos.
Depois dos tempos de escola, fui acompanhando o Alberto Rocha, sem muita regularidade, embora soubesse que assumiu  continuar e desenvolver o lagar de azeite que havia herdado, localizado em Santa Catarina da Fonte de Bispo, e a instalação duma Cerâmica,  fabricando artesanalmente ladrilhos, telhas e outros, e que são os referência de qualidade.
Reconheço toda a verdade existente no texto que o  João Leal em boa hora resolveu deixar testemunho do nosso blogue.
Permito-me – esperando a compreensão do João – que lembremos que uma empresa individual de média dimensão, raramente se desenvolve com objectivos futuros de longo ou médio prazo, se não tiver  continuadores no seio da família. O Alberto Rocha, felizmente tem nos seus descendentes esses continuadores, particularmente o seu filho  Renato Rocha,  no lagar e sua filha Elisabete Rocha, na cerâmica.
Proliferam os exemplos diários de empresários individuais, que criaram ao longo da vida, mercê do seu trabalho, empresas de sucesso,  que por cansaço e carência da necessária vitalidade própria do avançar da idade, morreram...porque lhe faltaram sucessores capazes de continuar.
O Alberto Rocha e família podem considerar-se  paradigmas de sucesso.

Jorge Tavares

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

INFORMANDO




ALBERTO ROCHA, SEMPRE NA VANGUARDA



O nosso muito estimado colega Alberto Rocha, um «100% nas actividades da nossa Associação» é um dos grandes senhores do azeite e da cerâmica, ultra-famosos produtos algarvios que se exportam para quase todo o mundo e para onde tem levado, com grande prestígio e excelência de qualidade, o nome do Algarve. Há dias tivemos o grato ensejo de apreciar um bem elaborado documentário no «Barlavento» num programa da Internet intitulado «Santa Catarina - o Património Vivo do Algarve» todos os produtos que se fabricam naquela típica aldeia do concelho de Tavira. Nele se referia que: «São materiais de construção artesanal únicos no mundo, produzidos pelas mãos de mestres algarvios, que se conjugam em harmonia com o design e a arquitectura contemporânea, ladrilhos, tijolos e telhas feitos com barro cozido usados desde há séculos nas casas algarvios». Parabéns, Alberto, por mais este merecido elogio.

João Leal

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

HORACIO CAVACO PARTIU

Jorge Tavares comenta.

Horácio Guerreiro Cavaco partiu...escreveu o Rogério no blogue.
É verdade, e também uma realidade. Esta triste noticia um dia eleger-nos-á  como actor principal.
Que dizer do Horácio. Fomos colegas desde a Serpa Pinto. Acompanhamos no estudo  e nas horas de diversão.
Vivi de perto o infortúnio da sua vida familiar a montante, e a maneira como ultrapassou.
Profissionalmente seguimos caminhos diferentes, embora sempre que nos encontrávamos vivíamos momentos de satisfação e de lembranças.
Soube do inicio da sua doença, e várias vezes o via andar pela cidade num combate que se tornou inglório. A doença venceu. 
Em determinado momento tentei obter o seu curriculum para que constasse no nosso blogue. Não foi possível. A Graça ( companheira ) já não tinha forma temporal para tratar desse assunto.
Espero que se torne publico o invejável curriculum do Horácio Guerreiro Cavaco, por ser merecidíssimo.
A minha ultima mensagem para o Cavaco ( era assim que o tratava ), é a garantia que um dia todos nos havemos de juntar e quiçá criar uma nova Associação de Costeletas.

Jorge Tavares

sábado, 16 de setembro de 2017

QUANDO ALGUÉM PARTE



HORÁCIO CAVACO GUERREIRO
Partiu

O corpo encontra-se na Igreja de S. Luís em Faro.  O funeral efectua-se amanhã (Domingo) dia 17, pelas 10 horas para S. Brás de Alportel.

À viúva , filhas e amigos apresentamos o nosso profundo desgosto

DESCANSA EM PAZ HORÁCIO

A Presidente
Isabel Coelho

NOTA DA REDAÇÃO: Horacio Cavaco, Costeleta e sócio da nossa Associação, foi Presidente da Região de Turismo do Algarve de 1986 a 1997. A Presidente da nossa Associação esteve presente na Igreja de S.  Luís e acompanhou o corpo em câmara ardente.
Roger

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

CIRCULO DE LEITURA

Um texto de 
Manuel Inocêncio da Costa

O PROFESSOR DE JAPONÊS
Continuação
CAPÍTULO III

E foi assim que Joaquim começou a exercer a sua tarefa, então como professor de japonês. Joaquim durante os anos em que trabalhara na fábrica, tinha estudado a língua nipónica, que já dominava muito razoavelmente. Posteriormente depois de sair da fábrica, continuara esse estudo. Chegara até à fazer uma viajem ao Japão, onde durante meses se inscreveu numa escola de japonês, melhorando os conhecimentos do idioma e cultura japonesa, que muito admirava.
Na Escola Universal conheceu muita gente. Desde logo os professores. Havia-os de várias nacionalidades. Anne p. e., natural de Nantes, lecionava francês, havia alguns anos, não obstante ainda não ter trinta anos. Era muito vivaz, desembaraçada, descontraída e um pouco atiradiça. Joaquim ainda não tinha quarenta anos; era magro, tinha cabelos pretos e uma forte compleição atlética. Anne gostava de se meter com ele, e, muitas vezes fazia-lhe perguntas esquisitas e afirmações inesperadas. Como de uma vez, em que num intervalo entre duas aulas, de repente, lhe perguntou: " Joaquim, que pensa daquelas religiões, em que um homem, pode, legalmente, ter várias mulheres?." "Joaquim respondeu que isso era um assunto dos praticantes de tais religiões" - mas ela acrescentou "pessoalmente acho isso muito bem". Ele não respondeu. nem comentou. Mas, a partir daí, nunca mais foi retomado ou levantado tal assunto. E, com o tempo, Anne conheceu a família do Joaquim, tornando-se bons amigos. Anne era uma exímia tocadora de violino, entusiasmou as filhas dele, a aprenderem a tocar tal instrumento, ensinando-as a tocar, de tal modo que a certa altura, na sua casa, mais parecia que constantemente se ouviam os sons maravilhosos dum concerto, fosse o "Mendelsohn violino in E minor, Op.64", ou "As quatro estações" de Vivaldi.
Tudo isto tinha Joaquim guardado na sua mente.
A chuva caia agora em tempestade, e, cada vez mais forte. Estava completamente encharcado. Andara às voltas pela cidade, durante horas, e, caso curioso, estava agora, novamente, junto à sua casa. O cair da chuva soava-lhe como uma música. E, fosse a chuva, fosse música, pareceu-lhe ouvir as notas dum qualquer trecho musical de Mozart ou de Bach, para violino.

Talvez Anne e as suas filhas estivessem a tocar.

FINAL DO TEXTO

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

CIRCULO DE LEITURA

Um texto de
Manuel Inocêncio da Costa

O PROFESSOR DE JAPONÊS

Continuação
CAPÍTULO II



Mas era muito novo, para não fazer nada. Então começou a pensar o que é que poderia fazer? E como entretanto fora estudando, poderia talvez muito facilmente arranjar um trabalho. Assim pensava. Uma profissão que pudesse desempenhar, mas que o não absorvesse o tempo todo. Aliás teria mesmo que encontrar tal trabalho. De contrário, o pecúlio amealhado, depressa acabaria, se não fosse alimentado, com verbas novas que fossem entrando. É que ele não desconhecia as exigências de qualquer sociedade moderna. Quanto a gastos e á frente de tudo, estavam as verbas que qualquer Estado exige de cada cidadão. E essas verbas, têm mesmo muitos nomes, e, todas elas formam uma corrente, qual rio caudaloso, que é alimentado através de milhões de fiozinhos de água, com que cada cidadão concorre, para que a enchurrada seja grande. E esse poder, chamado Estado; é como que um animal, com uma fome danada. A sua especialidade é pensar cada dia e cada noite, como aliviar cada cidadão, de grande parte dos seus bens. A toda essa maneira de sacar, chamam-se impostos. E estes existem para todos os gostos, mesmo que seja a contra gosto - o que acontece quase sempre. São imperativos. Mas além esses gastos, existem muitos outros necessários.
Nesses tempos em que andava a pensar encontrar uma nova ocupação, um belo dia, quando deambulava numa das suas grandes caminhadas, pelo grande e frondoso parque da cidade, cruzou-se com um conhecido, que não conhecia muito bem, mas que sabia, que era gerente de uma escola de línguas, e se chamava Eusébio, que ao vê-lo o cumprimentou dizendo:
"Boa tarde como está? Que famosa tarde está hoje. Costuma vir para aqui, dar alimento às pernas? 
"Sim, é verdade. Regularmente venho até aqui. Este parque é realmente um lugar priveligeado. São estes canteiros de flores e esta relva sempre bem tratados. E esta fragrância a cravos, rosas e mesmo a flores selvagens e que nos entra pelas narinas adentro; são estas árvores, algumas delas talvez centenárias, é este grande lago, que dele faz parte, e onde podemos ver uma grande diversidade de aves, sim na verdade sinto-me muito bem aqui.
" Mas parece-me, pelo seu semblante algo preocupado. Será que algo o preocupa? Ou é mera impressão minha? Ainda acrescentou o Eusébio.
" Felizmente, nada de grave me preocupa, disse o Joaquim. Vinha apenas a pensar em arranjar uma ocupação, onde pudesse ocupar parte do meu tempo, porque não sei se sabe, saí da fábrica de pão.
curioso. E que coincidência. Como julgo que sabe, sou o gerente da Escola de Línguas Universal. E, neste momento, a Escola debate-se com um problema. São muitos alunos que se querem inscrever em japonês. Mas só temos um professor de japonês. E, só esse, não tem possibilidade de dar aulas a tantos alunos. Ora, sei que o senhor sabe japonês. Estaria eventualmente interessado, num lugar de professor dessa língua na nossa Escola? A nossa Escola tem grande renome. O horário são três horas por dia, cinco dias por semana. Pagamos muito bem aos nossos professores, quer de japonês, de russo, de inglês de chinês ou de alemão.
"Em principio aceito. Teremos todavia que analisar tudo o que deve constar do contrato, desde o horário ao ordenado, a férias.
"Então, caso possa, vá amanhã pelas 10 horas à nossa Escola. Se nos entendermos, como penso que acontecerá, assinaremos o contrato.

Continua no Capítulo III

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

CIRCULO DE LEITURA


Um texto de 
Manuel Inocêncio da Costa
(foto na Galeria)


O PROFESSOR DE JAPONÊS
Capítulo I


Naquele dia tempestuoso de inverno, quando a chuva caía em fortes bátegas, que enchiam as ruas, e molhava os poucos transeuntes, que por elas apressadas seguiam, para os seus destinos, não obstante levarem os grandes guarda chuvas abertos e compridas gabardines vestidas, Joaquim Trigueiros, saiu de casa, sem saber bem para onde iria. Nesse dia estava de folga. A mulher já estava no emprego, e, as filhas, gêmeas, estavam na Escola Secundária, onde a mãe as deixara, pelas oito horas e trinta minutos da manhã, como todos os dias fazia, quando elas tinham aulas. Joaquim habitava, ia fazer vinte anos, naquela cidade, de uns trezentos mil habitantes, onde encntrara o seu primeiro emprego. Ah, lembrava-se bem do momento. Tinha 18 anos. Vinha de uma cidade pequena, que distava uns 50 km. daquela onde agora viv'ia, a capital de distrito da região. O seu primeiro emprego foi numa grande padaria. Esta fabricava muitos milhares de pães diariamente, os quais depois eram transportados para as firmas clientes, nos veículos da empresa panificadora. De princípio trabalhava num dos turnos da noite. Trabalhava das 18 horas até às 4 da madrugada seguinte. Depressa se habituou aquele ritmo. O seu relógio biológico foi-se afinando com tal precisão, que umas semanas depois de ter começado, já não precisava de despertador para nada.
O patrão gostava do seu trabalho. Da sua pontualidade. Do empenho que punha no serviço, de modo que tudo corresse o melhor possível. Os camaradas do serviço também ajudavam. Apenas o Elias destoava um pouco. Gostava da pinga, e, nos dias em que apanhava a sua bebedeira, era certo e sabido, que nunca chegava a horas ao serviço. A Rosa era outra excelente trabalhadora. Os grandes fornos da empresa eram eléctricos. Tudo era regulado a computador. E, era ela que era a responsável por tudo o que respeitava a marcação dos graus de aquecimento dos fornos, dos tempos de cozedura do pão, e, de tudo o mais com tal relacionado, até que os pães, levemente tostados, com a côdea, dum amarelo escuro esbranquiçado, eram expelidos automaticamente, para dentro de grandes cubas.
E era um espectáculo, de cada vez que os fornos deitavam fora cada fabulosa fornada, de centenas e centenas de pães. Além de que um cheiro intenso muito agradável se evolava, espalhando-se por todas as dependências da grande fábrica.
Passados anos, o Sr. Correia, o dono da empresa, um dia chamou-o ao escritório, e, sem rodeios, convidou-o ser sócio da mesma. Dizia ele: "Já não sou nenhum menino; assim decidi, desde já, dar participação na firma aos meus dois filhos, para quando me reformar, a gerência da empresa, não sofra, com uma mudança precipitada de direção; além dos meus filhos gostaria tê-lo também como sócio da empresa. A sua dedicação ao trabalho, a sua honestidade, o seu bom relacionamento com todo o pessoal, são para mim suficientes, que, se aceitar, essas qualidades, aliadas à sua já experiência, serão garantia, de que a empresa poderá manter-se e até mesmo progredir com a sua colaboração."
Aceitou.

E ali trabalhou mais 11 anos. A empresa estava mais forte que nunca. Então decidiu vender a sua quota. Os dois filhos do patrão compraram-na. Vendeu-a por muito bom dinheiro. Vendeu- a por se sentir cansado com tanto trabalho. A co-gerência da empresa, absorvia-lhe quase todo o tempo. Não tinha tempo para a famílía. Nem para quase nada. As filhas iam crescendo com muito pouco pai. Quase nenhum pai. Um pai ausente que não tem tempo suficiente para os filhos, para brincar com eles, discutir, conversar, viajar, aconselhar, verdadeiramente não é um pai.

Continua no Capítulo  II

domingo, 10 de setembro de 2017

QUANDO A POESIA ACONTECE


QUANDO A POESIA ACONTECE
ELOS CLUBE DE FARO

Prezados Companheiros e Amigos,

Próxima quarta-feira, dia 13 de Setembro, pelas 17,30h ,
na Biblioteca Municipal - "Quando a poesia acontece" sob o tema:

Salta o forcado na praça
moço alegre, prazenteiro,
garboso, nobre, com raça
... quem te nega que és toureiro?

- Maria Tereza Grave

* Poesia embalada pela voz de Rosinda com música de Luciano
Vargues

Espero por vòs.

Cordiais saudações elistas.


Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro

JOÃO LEAL INFORMA



«COSTELETAS» FIGURAM NO LIVRO
«SUBSÍDIOS PARA UMA BIOBIBLIOGRAFIA
SÃO - BRASENSE»


É da autoria do erudito escritor e incansável investigador natural de São Brás de Alportel, Dr. José do Carmo Correia Martins, que foi professor na Escola Tomás Cabreira, o livro «Subsídios para uma Biobibliografia São - Brasense», editado pelo Município daquele concelho do interior algarvio e nas suas trezentas páginas figuram vários «costeletas», o que muito nos orgulha. Entre os mesmos anotamos o escultor e desenhador Manuel Belchior, que concluiu o Curso Industrial na nossa Escola, onde tomou contacto com as artes plásticas, reparte a sua presença entre a Alemanha e o Algarve e é autor do livro, com edições em português, inglês e alemão «As aventuras do galo Caju»; o saudoso Carlos Manuel Cantas Lopes, que foi chefe de redação do mensário «Notícias de São Brás» e Escreveu, em 2006, o  livro «cantando a minha terra, pelos sítios do Concelho»; o autor  desta obra da maior importância para a vida cultural da região e que foi Presidente da Administração Regional do Algarve e do Hospital de Faro; o sempre lembrado Mestre e figura emblemática da Tomás Cabreira, o Professor José de Sousa Uva Júnior, aplaudido poeta, a quem a Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira dedicou a obra «Recordando ... o professor José de Sousa Uva Júnior» e essa estrela do cinema, da televisão e do teatro Lucinda Costa Alves Figueira (Mariana Vilar, nome artístico), que se estreou na «sétima arte», com o filme «Duas Causas».

João Leal

JOÃO LEAL INFORMA



CAVACO SILVA, 

«MEDALHA DE OURO DA GALIZA»


O antigo aluno da Escola Tomás Cabreira, Professor Doutor Aníbal António Cavaco Silva, que exerceu as mais altas funções, a nível nacional, de Presidente da República Portuguesa, foi distinguido pela Junta da Região Autónoma da Galiza (Espanha) com a «Medalha de Ouro», em cerimónia que decorreu em São Tiago de Compostela. Durante o solene ato o Presidente Galego enalteceu as qualidades deste «costeleta» e dedicado sócio da nossa Associação referindo-o como dos «mais escla­recidos políticos do nosso tempo» e apontou o seu contributo para o estreitamento das relações entre a Galiza e Portugal. As nossas felicitações a este algarvio ilustre e dileto filho de Boliqueime.

João Leal

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

FALECIMENTO



MORREU O ENGº. OSVALDO BAGARRÃO,
QUE FOI PROFESSOR DA NOSSA ESCOLA


Com a proveta idade de 94 anos, faleceu em Faro, onde vivia há cerca de 6 décadas, o engenheiro Osvaldo Baptista Bagarrão, que foi dedicado professor da Escola Tomás Cabreira, de modo próprio nas áreas da ciência eletrónica e com relevância para o Curso de Montador Eletricista. Natural da cidade de Tavira, licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade de Engenharia do Porto e foi uma figura marcante da vida algarvia desde o final da primeira metade do século XX. Anteriormente às funções exercidas na nossa Escola o sempre saudoso e muito estimado Engº. Bagarrão lecionou na Escola Industrial de Silves e foi, a convite do Dr. Luís Gordinho Moreira, seu colega nos quadros docentes deste estabelecimento e que assumira a presidência da Câmara Municipal de Faro em 1957, que veio para a capital algarvia, como diretor dos Serviços Municipalizados. Com este lembrado Amigo e Mestre trabalharam muitos «costeletas» quer naquele Município como na Federação dos Municípios do Distrito de Faro, entre os quais e corno seu Adjunto o Engº. Diamantino Piloto, sempre presente na nossa memória. O Engº Osvaldo desempenhou importantes cargos em vários sectores da vida algarvia, de entre os quais lembramos o de Delegado da Direção Geral dos Desportos (funções durante as quais se construiu o primeiro pavilhão desportivo de Faro, na Escola D. Afonso III), o de presidente da Assembleia Geral e da Direção da Associação de Futebol do Algarve, bem como do Rotary Clube de Faro, de administrador da Companhia do Cine Teatro Farense, etc. estando também ligado à construção da pista do Ginásio de Tavira e da iluminação e arrelvamento do Estádio de São Luís, na capital algarvia. O funeral do saudoso mestre
e amigo realizou-se da Igreja de ao Pé da Cruz, em Faro, onde o corpo do lembrado extinto esteve em câmara ardente, para o Cemitério de Tavira.

Na pessoa de sua dedicada esposa, Sra. D. Leonor Bagarrão apresenta à família enlutada as expressivas condolências de todos os costeletas.
João Leal

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

CANTINHO DOS MARAFADOS




DIÁRIO DE UMA EX-VIRGEM



Sexta feira, dia 03: 

Querido diário, hoje eu e meu namorado estávamos no parquinho. Começamos a nos beijar e nos acariciar e de repente, ele me fez uma proposta indecente.
Então, saí correndo e percebi que minhas pernas são minhas melhores amigas.


Sábado, dia 04:

Querido diário, hoje eu e meu namorado fomos ao cinema. Começamos a nos beijar e nos acariciar e de repente, ele me fez uma proposta indecente. 
Então, saí correndo e percebi que minhas pernas são realmente minhas melhores amigas.
 


Domingo, dia 05:

Querido diário, hoje meu namorado me convidou pra ir no apartamento dele. Ele colocou uma música, bebemos umas taças de vinho, dançamos e começamos a nos beijar e nos acariciar e de repente, ele me fez uma proposta indecente.
Então, descobri que até as melhores amigas UM DIA SE SEPARAM…



Autor:  Gleison Campos 

domingo, 3 de setembro de 2017

AMIZADES

Recebido por e-mail com pedido de publicação

AMIGOS

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem contactado o nosso caminho.
Algumas perto de nós, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.
A todas elas, digamos que são amigos. Ha muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma arvore caracterize um amigo, um colega, com quem dividimos, em certa altura, o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda esta família de folhas, a quem respeitamos e desejamos o bem. Uma das Árvores poderemos chamar “Escola”. Com muitas folhas, muitos colegas…
Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho.
Muitos desses podemos chamar amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...
Às vezes, um  desses  amigos  do  peito  estala o nosso coração e então é chamado  de  amigo  namorado.  Esse do brilho aos nossos olhos, musica aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.
Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas ferias ou mesmo um dia ou  uma  hora,. 
Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.
Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas.
Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações.
Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando  a  nossa  raiz  com  saudade.
Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzaram com o nosso caminho; relembro aqueles da Árvore “Escola” da Tomás Cabreira.
Desejo   a vocês, folhas da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade...
Hoje e Sempre... Simplesmente porque: cada pessoa que passa em nossa vida é única.
Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.
Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso."
E os almoços de convívio justificam um bom encontro. Lá estarei no próximo.
E aqui o Blogue é um bom ponto de encontro. Experimenta!
Um abraço Costeleta


Maria Costeleta

QUANDO ALGUÉM PARTE

O Engenheiro
OSVALDO BATISTA BAGARRÁO
Partiu

Foi Professor da Escola Tomás Cabreira nos anos de 
1953 a 1957 e 1959 a 1961.
Foi "PATRONO" do Prémio "MELHOR ALUNO 2004/2005"
da Escola Tomás Cabreira, proposto
pela nossa Associação

À familia enlutada e a todos os seus amigos, enviamos o nosso profundo desgosto

DESCANSA EM PAZ  ENGENHEIRO BAGARRÃO

A Presidente
Isabel Coelho