domingo, 28 de janeiro de 2018

POEMA


VERÃO E OUTONO DE  2017
INCÊNDIOS

Anos e anos as cigarras cantaram,
cantaram, nada mesmo acautelando.
E a pólvora, foi-se acumulando.
Mas eles não a viam e bailavam,
E, falavam das florestas que cantavam!
A pólvora, a seca, ia atingindo regiões;
Os instalados não a viam e folgavam.
Gente avisada a tempestade pressentiria.
Gente prudente a tempo preparar-se-ia.
mas eles, as cigarras, cantavam,
O perigo, esse, nunca surgiria!
mas o perigo, enraivecido, um dia chegou;
E durante meses, destruiu, queimou;
Parecia doido, e só tarde parou.
Quando cansado transformara um jardim,
Num deserto negro, negro e sem fim,
Homens e gado ferindo e aniquilando
E também casas e empresas queimando.
A dor e o choro atingiram multidões;
Aí, soou um choro lancinante,
Oue o vento empurrou para Sul e para Norte,
Côro horrível medonho, angustiante
O choro da destruição e da morte!
Te,lo,ão houvido cigarras tais?
Serão punidas as responsáveis mais?
No futuro deixarão de novo tudo  à sorte?


Manuel Inocèncio


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