domingo, 30 de junho de 2019

 UMA BANCADA PARA A 
ESCOLA TOMÁS CABREIRA



A quando das excelentes obras de remodelação e ampliação da Escola Secundária Tomás Cabreira, houve um visível lapso por parte da entidade governamental responsável pelas mesmas, em todo o País, a Parkescolar. Referimo-nos ao facto do magnífico auditório coberto, ao que nos dizem profundos conhecedores da matéria existentes em Faro, dos melhores nas suas variadas componentes, existentes no concelho e só superada pelo magnífico Teatro das Figuras, não haver sido dotado, como o era da mais previsível das perspetivas com uma bancada ou plateia espectadora pudesse assistir às representações, conferências, colóquios ou quaisquer outras manifestações que ali ocorrem. Tal obriga a que sempre que algum evento acontece se haja que transportar as cadeiras para o local e os incómodos e custos que tal comporta,
Sabemos que, ao longo dos sucessivos anos escolares, até porque na oferta da prestigiada Tomás Cabreira se encontra um Curso de Arte Dramática, múltiplas são os espetáculos que o calendário, quer pedagógico ou didático, para além do calendário anual de eventos, exige um conjunto de apoios para comodidade e instalação dos espetadores. O auditório necessita, como de pão para a boca, de tal, como peça fundamental ao seu existir. A verba a despender não o é de milhões, como continuadamente e o somos assediados com notícias de orçamentos, prejuízos, ordenados, transferências, créditos mal parados e outros, de U.ü valor entre os 40 mil (bancada fixa) ou 70 mil, no caso de se adotar por uma móvel, mais fácil de arrumação e de movimentação. Acontece é que a Parkescolar não atende ao apagar desta lacuna.a Escola não dispõe-de verbase.algumas.entidades autárquicas só o fazem, possivelmente, em regime de parcerias.
Consideramos de grande valia para acabar com este impasse a «pré-deliberação» assumida na última Assembleia Geral da Assoei-ação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira, coincidente com essa romagem de «vitalidade, solidariedade e fraternidade», participada por cerca de uma centenas de veteranos «Costeletas», que foi o almoço anual, conforme matéria exposta pelo seu colega Professor Eurico Bárbara (tesoureiro da Associação e vogal do Conselho Diretor do Agrupamento Escolar Tomás Cabreira, onde exerce funções pedagógicas) de uma comparticipação associativa Será também, conforme por vários intervenientes o foi afirmado mais uma forma de perpetuar à sua querida e sempre lembrada Escola. Oxalá a ideia se concretize numa «tripla parceria» (Associação, Município e Junta de Freguesia, através de uma sugerida proposta ao Orçamento Participativo) ou ampliada para quadrupla, se surgirem alguns mecenas.
E oxalá tal aconteça ....
           
             João Leal

domingo, 23 de junho de 2019

POEMA



A CASA ARROMBADA


Anos e anos as cigarras cantaram, 
Cantaram, nada acautelando!
E a pólvora foi-se acumulando. 
mas eles não a viam e bailavam,
E, falavam das florestas que cantavam.
A pólvora, a seca, ia atingindo regiões!
Onde só havia alguns poucos aldeões.
Os instalados não a viam e folgavam.
Gente avisada a tempestade pressentiria 
mas as cigarras cantavam.
O perigo, esse, nunca surgiria,
mas o perigo, enraivecido, um dia chegou; 
E durante meses destruiu, queimou, 
Parecia doido e só tarde parou,
Quando cansado transformara um jardim, 
Num deserto negro, negro e sem fim! 
Homens e gado ferindo e aniquilando,
E casas e empresas queimando
A dor e o choro atingiram multidões, 
No país, soou um choro lancinante,
Que o vento empurra para Sul e para Norte 
Coro horrível, medonho.angustiante
Coro de destruição e de morte!
Te-lo-hão ouvido cigarras tais!
Serão punídas as responsáveis mais? 
Ou no futuro continuará tudo à sorte?

Manuel Inocêncio

UMA GRANDE JODOCA PORTUGUESA

TELMA MONTEIRO


NOS JOGOS EUROPEUS A DECORRER NA BIELORRÚSSIA, A JUDOCA PORTUGUESA
 SOMOU ONTEM A 13ª MEDALHA DA SUA CARREIRA
MAIS UM TROFEU PARA ESTA GRANDE ATLETA PORTUGUESA
TELMA JÁ SOMOU 20 MEDALHAS EM GRANDES PROVAS

"As pessoas veem bronze, mas eu vejo ouro. Tornei-me a segunda judoca mais medalhada a nível mundial. Estou super feliz-"

sábado, 22 de junho de 2019

ESCOLA TOMÁS CABREIRA


PAE 2B recebe Prémio Escolar do Ano Europeu do Património Cultural – AEPC 2019
Curso profissional de Artes do Espetáculo – Interpretação do Agrupamento de Escolas / Escola Secundária Tomás Cabreira
No dia 14 de junho, os alunos do 2.º ano do curso profissional de Artes do Espetáculo – Interpretação: Beatriz Alcario; Beatriz Gomes, Beatriz Mimo, Carolina Isidoro, Djamila Gomes; Jéssica Rodrigues; Tatiana Ribeiro e Valter Costa e os professores Bruno Martins e Cristina Barcoso Lourenço, deslocaram-se à Fundação Calouste Gulbenkian para receber o prémio (viagem a Bruxelas) pela sua participação no concurso “Prémio Escolar do Ano Europeu do Património Cultural – AEPC 2019”. No trabalho a concurso participaram ainda os alunos Jéssica Sequeira e Sanj Adk, que não puderam ir a Lisboa.
O Prémio (do Público) e a Menção Honrosa foram entregues pelo Dr. Oliveira Martins, administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, e pela Dra. Isabel Alçada, escritora e ligada à Rede de Bibliotecas Escolares.
O concurso é uma iniciativa do Coordenador Nacional do AEPC 2018, em parceria com o Centro de Investigação para as Tecnologias Interativas (CITI-UNL) e com o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), e conta ainda com a participação das seguintes entidades: Ministério da Educação, Ministério da Cultura, Fundação Calouste Gulbenkian, Plano Nacional de Leitura, Rede de Bibliotecas Escolares, Representação da Comissão Europeia em Portugal.
Esta iniciativa visa a promoção do conhecimento do património cultural europeu nas suas múltiplas dimensões; a compreensão de que o património cultural se encontra em permanente mutação; a co-responsabilização de todos na identificação e superação de riscos que o possam ameaçar e ainda o desenvolvimento de dinâmicas criativas que garantam a sua sustentabilidade e a sua evolução, em permanente diálogo com outras realidades culturais.
O trabalho premiado assentou nas performances artísticas desenvolvidas nas disciplinas técnicas de teatro e relacionadas com o projeto Cont’Arte. Este projeto, promovido pelas Bibliotecas do Agrupamento de Escolas Tomás Cabreira, destina-se, sobretudo, a valorizar os escritores que passaram pelas Escolas do Agrupamento, divulgando-os através de diversas linguagens artísticas. Neste sentido, parte da obra do dramaturgo, ator e professor Luís Campião foi analisada pelos alunos do PAE 2B e ganhou um novo sentido estético. O trabalho a concurso mostrou, através de vídeos de 3 minutos, parte do produto desenvolvido pelos alunos. Refira-se que era obrigatória a apresentação de dois trabalhos em formato digital: um relativo ao património cultural da comunidade local/nacional e outro a um aspeto/vertente do património cultural europeu.
O trabalho premiado ligado à vertente do património cultural português, “Micropeça Liberdade”, ilustra em três minutos a performance artística criada para assinalar os 45 anos da Revolução do 25 de Abril, baseada na obra homónima de Luís Campião. A performance questiona o tempo da ditadura, do proibido, de um povo que se construía com o medo do sentir, do tocar, do falar. Simultaneamente mostra indivíduos que ousam desafiar os limites ao se aproximar, tocar e abraçar. Tentam e descobrem que “(…) Foi bom. Outra vez… outra vez… outra vez.” Enquanto isso há uma multidão que circula sem se ver, com medo de se tocar… 

O trabalho relativo à vertente do património cultural europeu, assentou no projeto “Palco de Babel – uma áudio peça” (baseado na obra “Palco de Babel”) que foi levado à cena no mês de junho pelos alunos. Por opção de encenação na disciplina técnica de Voz, os espetadores foram levados até à cave da Escola. Aí, de olhos vendados, “assistiram” à peça, sendo depois conduzidos pelos alunos-atores a refletir e debater… a pensar e discutir… A Europa tem um património histórico alicerçado em vagas sucessivas de povos que no perpassar de milénios aqui convergiram. A Europa é, assim, um espaço que resulta da fusão cultural de inúmeros povos. Negar isto ou transformar a Europa num bunker é renunciar aos valores mais significativos que constituem o património cultural europeu: a solidariedade, a permuta cultural, a tolerância, o respeito pelo outro, que sendo “o outro” se transforma no “eu”, em NÓS, em todos nós. A 2 de setembro de 2015, a fotografia de Alan Kurdi, um menino sírio de 2 anos, encontrado de cara para baixo sobre a areia de uma praia tornou-se viral. Alan Kurdi perdeu a vida num daqueles frágeis barcos, lotados de refugiados, que atravessam o Mediterrâneo à procura de um futuro, de uma vida… Partindo deste acontecimento, Luís Campião escreveu “O Palco de Babel” (premiado pelo INATEL em 2015) que foi apresentado ao concurso num vídeo de três minutos do espetáculo, “Palco de Babel – uma áudio peça”.
Refira-se que dos 52 trabalhos selecionados pelo júri para o concurso, 10 foram desenvolvidos por alunos do Agrupamento de Escolas Tomás Cabreira tendo, além de Luís Campião, sido analisada a obra “Iluminuras” de Carlos Augusto Lyster Franco, um intelectual, artista, escritor, que foi professor e diretor, no início do século XX, da atual Escola Secundária Tomás Cabreira.
Os trabalhos podem ser vistos na página do concurso: http://peaepc.citi.pt/index.php.
Cristina Barcoso




sexta-feira, 21 de junho de 2019

NOTÍCIAS DE FARO

Faro quer aplicar taxa turística de 1,5 euros entre março e outubro

A Câmara Municipal de Faro quer implementar uma taxa turística de 1,5 euros por dormida, a cobrar entre março e outubro, estimando uma receita anual de cerca de 500 mil euros, disse nesta terça-feira, à Lusa, uma fonte da autarquia.

CABINE DE LEITURA
Faro vai ter a sua primeira Cabine de Leitura, criada a partir de uma antiga cabine telefónica, numa parceria entre a Câmara Municipal de Faro e a Altice Portugal, através da Fundação Altice.
 
A inauguração decorrerá na próxima quinta-feira, dia 27 de junho às 12h00, no Jardim Manuel Bívar, junto ao Banco de Portugal e contará com as presenças do Presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, e do Presidente Executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca.
 
A Cabine de Leitura tem por objetivo fomentar a leitura no Concelho de Faro com a criação de uma microbiblioteca, sob o mote “Levar, ler, devolver” num espaço público inesperado.
 
Conforme refere nota da autarquia, estes espaços passam a contar com títulos diversificados, desde romances, policiais, livros de literatura infantil e juvenil, culinária, biografias, entre outros, pertencentes ao fundo da Biblioteca Municipal de Faro ou doados pelos munícipes do concelho, por editoras e livrarias.
 
As Cabines de Leitura, já instaladas um pouco por todo o país, reaproveitam as antigas cabines telefónicas, dinamizadas pela Fundação Altice em parceria com entidades autárquicas ou outras, que asseguram assim a sua adaptação, colocação e dinamização de uma pequena biblioteca de "rua".

CRÓNICA DE FARO - DE JOÃO LEAL




…começava, nesta cidade de Santa Maria, de tão seculares tradições teatrais, aquele que viria a ser um dos mais influentes, ativos e dinâmicos promotores da cultura e da cidadania, entre nós.
Referimo-nos ao atual Grupo de Teatro Lethes, que também já o foi chamado de Grupo de Teatro do Círculo, por estar sediado no teatrinho (ainda existirá?) na Rua Conselheiro Bívar (Rua do Chiado ou Rua Direita, em tempos idos) e onde vimos “O Marinheiro”, de Fernando Pessoa ou de Teatro da Serrapilheira, nas instalações, onde durante muitos anos funcionou o extinto Clube Recreativo 20 de Janeiro, na Rua do Alportel. Falar deste singular agrupamento, que suscitou tantas outras atividades de cunho artístico, cívico ou social (Jograis; Coro regido pelo João de Deus Gamboa; Títeres da Cachaporra; Jardim Escola; Monumento ao Dr. Silva Nobre; Crianças Deficientes; Recuperação do Convento das Freiras…) 
…Recordar e felicitar o Grupo de Teatro Lethes, nestas seis décadas de exemplar trabalho, vencendo todas as barreiras adversas e incompreensões constantes, é lembrar uma “triologia” de quem tivemos o honroso ensejo de ser afetuoso amigo e empenhado companheiro. Referimo-nos à “Família Coroa”, então alicerçada do Dr. Emilio Coroa (que para Faro viera como médico e professor), seu irmão Eng. geógrafo José de Campos Coroa (o patriarca, também mestre na Tomás Cabreira) e a esposa do primeiro, a Dr.ª Maria Amélia Coroa (exercendo o magistério no Liceu João de Deus e como os citados discípula do professor Paulo Quintela, no prestigiado TEUC (Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra). Juntaram-se “artistas já consagrados localmente”, como os saudosos João Veríssimo e o José Féria Pavão e gente nova, como os filhos deste benquisto, generoso e benemérito casal ou Aurélio Madeira (Prémio Nacional de Interpretação com a figura de primeiro Diabo nos “Autos Vicentinos”), o Miguel Tinoco, o Ruy Rebocho, o Carlos Martins, o Joaquim Teixeira e tantos, tantos outros cuja lembrança é uma saudade e um desfilar de recordações. À memória vêm-nos as espetaculares representações, nessa ousadia que os espaços ao ar livre citatinos motivavam à infindável capacidade realizadora do Dr. Emílio Coroa, como “Castro” (Convento), Triologia Vicentina” (Alameda João de Deus), “Grande Teatro Mundo” (adro da Igreja do Carmo), “O Grande Teatro do Mundo (escadarias da Sé Catedral) ou “O Lugre” (doca).
Estes 60 anos de frutuosa vida do Grupo de Teatro Lethes foram assinalados na sexta feira, dia 7 Junho, com a representação no Teatro Lethes, e encenação do Dr. Emílio José Coroa (filho do fundador e como ele médico), que prossegue com entusiasmo e continuidade a obra de seus saudosos pais e tio, da peça baseada no livro “A Relíquia”, do escritor Eça de Queiroz e teatralização do dramaturgo Luís Stau Monteiro.

João Leal




Como Presidente da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira, apresento os meus pêsames aos Familiares de Fernando Soares e, que descanse na Paz do Senhor.

        O Presidente

Florêncio Pereira Vargues

TEATRO LETHES



VIOLAS E O FADO
Pedro Viola e Teresa Viola

SÁBADO 22 JUNHO 21H30

BILHETES  5 €

Teresa Viola tem 2 trabalhos discográficos editados e é reconhecida pela sua simplicidade e qualidade interpretativa como numa fadista de raça. O seu irmão Pedro Viola tem 4 trabalhos discográficos editados e um DVD. O seu trabalho é reconhecido pelo grande valor artístico e postura em palco. Dois irmãos Algarvios, que trazem na alma o fado, interpretam com as suas vozes, poemas de poetas portugueses. Apresentam um espectáculo com convidados oferecendo ao público um alinhamento de fados com qualidade.

DURAÇÃO  70
M 12

quarta-feira, 19 de junho de 2019

"JOSÉ AFONSO AO VIVO"


Na Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andersen, em Loulé, foi apresentado o livro - álbum «José Afonso ao Vivo», no âmbito das comemorações do 90º aniversário do nascimento, em Aveiro, do saudoso criador de «Grândola, Vila Morena» e professor na nossa Escola. Trata-se, segundo o jornalista Adelino Gomes, autor desta obra a convite da Editora Tradisom, de «um tributo à obra de Zeca Afonso». O livro - álbum inclui um vinil e dois cd,s com os concertos realizados em Coimbra (Teatro Avenida) na Queima das Fitas de 1968 e em Carreço, em Fevereiro de 1980.

João Leal

"COSTELETAS CUJA LEMBRANÇA É UMA SAUDADE"

DR. URBANO JOSÉ SANTOS



Há dias, ao consultar um exemplar do extinto semanário farense «O Algarve» ( edição de 21 de Fevereiro de 1958), de que foi Diretor o meu saudoso amigo e compadre Arthur José Serrão e Silva, o «Silvinha» como era afetuosamente tratado, encontrei a notícia do falecimento do sempre lembrado Mestre e Professor da Escola Tomás Cabreira, Dr, Urbano José dos Santos, conhecido pelos seus alunos por «Urbanito», que nos havia deixado a 15 daquele mesmo dia e ano. Foi uma figura mediática da cidade de Faro de então e durante várias épocas, em que por aquilo exerceu o múnus pedagógico e a sua ação cívica. Natural de Portimão, onde na casa que possuía na Cidade do Arade faleceu, contava 7 6 anos de idade e era professor aposentado do ensino técnico profissional. Licenciado com o Curso Superior do Comércio, lecionou inicialmente no Liceu Nacional de Beja e efetivou-se na Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, em Faro, cidade onde residiu durante décadas e até à reforma, que aconteceu em Julho de 1954, na zona do Bom João. Ainda nos recordamos da merecida homenagem que lhe foi prestada então e que decorreu no recreio da seção Industrial daquele estabelecimento de ensino, no Largo da Sé, hoje de novo local de funcionamento do Seminário Diocesano de São José. Foi, talvez, uma prova de gratidão pelos muitos anos de função pedagógica e de remissão de atos menos respeitosos que, tal como nós, muitas gerações de «costeletas» (alunos da Tomás Cabreira) lhe geraram. Professor de Contabilidade e Escrituração Comercial, era autor de um livro didático sobre esta matéria, de tão relevante importância para a formação profissional dos jovens. Ao noticiar a seu falecimento aquele que foi o decano dos jornais algarvios escreveu a propósito do Dr. Urbana José dos Santos: «Espírito bem formado, bondoso e de carater afâvel, conquistou um amigo em cada um dos seus inúmeros alunos e nas pessoas que com ele conviveram"Era casado com D. Maria Manuela Abreu dos Santos e pai da D. Maria Firmina, senhora que sofria de algumas perturbações físicas.


João Leal

terça-feira, 18 de junho de 2019

60 ANOS DO GRUPO TEATRO LETHES



Assinalou-se no dia 7 de Junho (Sexta Feira), com um espetáculo pelas 21h30m, no Teatro Lethes, em Faro, representando-se «A Relíquia», de Eça de Queirós, na dramaturgia de Luís Stau Monteiro, os sessenta anos de brilhante atividade do Grupo de Teatro Lethes ( anteriormente Grupo de Teatro do Círculo Cultural do Algarve e Teatro da Serrapilheira - 20 de Já-neiro ), um dos grandes baluartes da cultura e arte algarvias. Recordamos esta significativa efeméride porque o Grupo de Teatro Lethes, criado pelo espírito de três antigos elementos do TEUC (Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra), da saudosa evocaçao do Professor Paulo Quintela, teve sempre, desde a sua fundação, uma profunda ligação à Escola Tomás Cabreira. Foram seus fundadores os recordados amigos e mestres, que tivemos a honra de ter, os irmãos Dr. Emílio Coroa (médico e professor na Tomás Cabreira) e Eng. Geógrafo José de Campos Coroa (também professor e ensaiador de tantas festas escolares) e a esposa do primeiro, a Dra, Amélia Campos Coroa (professora do Liceu João de Deus) e grandes colaboradores, desde a honra do arranque, entre outros os «costeletas» Aurélio Madeira, Miguel Tinoco, Ruy Rebocho, Carlos Martins. Gilberto Santos, Joaquim Teixeira (nosso querido Presidente da Assembleia Geral) e toda uma vasta plêiade que prossegue a obra começada em 1959.
                     João Leal

NA SAUDOSA LEMBRANÇA DO FERNANDO SOARES (ILHEU)



Dolorosamente fomos surpreendidos, na manhã do almoço anual dos Costeletas, pela infausta notícia do falecimento desse mediático colega e fraterno amigo, que foi o Fernando Soares, por todos conhecido e por razões de ordem familiar por «Fernando Ilhéu». Há muitas décadas residia na Alema­nha, para onde emigrara bastante jovem e fora aluno da Tomás Cabreira (Curso de Serralharia) no final dos anos 40 e princípios dos anos 50 do século XX. Franco, alegre, interventor e com grande espírito de iniciativa ( quem não se lembrança da liderança do Fernando nos bailes que então decorreram no Salão Nobre da Câmara, no recreio da Indústria, etc.?). De há muito sofrendo de grave doença, o «Ilhéu» deixou em todos e na cidade de Faro, sua terra natal, uma profunda saudade. Á Família enlutada. de modo próprio a sua dedicada Esposa, D. Gertrude Soares e a sua estimadas Irmãs, D. Celeste e D. Armanda a expressão do profundo pesar de todos os «Costeletas»!

                 JOÃO LEAL

segunda-feira, 17 de junho de 2019

ALMOÇO ANUAL COSTELETA



ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA
ESCOLA TOMÁS CABREIRA

CONVÍVIO COSTELETA
Últimas fotos Pé de Dança
Clique sobre a foto para aumentar

 O BAILE DE RODA








E A ROSINDA A COMANDAR








E A FESTA TERMINOU!!!
Roger




domingo, 16 de junho de 2019

ALMOÇO ANUAL COSTELETA - BAILE



ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA
ESCOLA TOMÁS CABREIRA

CONVÍVIO ANUAL COSTELETA

E continuamos com o pé de dança

Clique sobre a foto para aumentar

 A amiga Susana e Selfies

Helder, o músico


E a Rosinda canta como só ela sabe cantar

E É aplaudida por todos os presentes

E A Rosinda canta mais





 E as nossas cozinheiras entram na festa



sábado, 15 de junho de 2019


ONDE ERA O TIO FELIZARDO

... está agora uma moderna unidade hoteleira, constituída por um restaurante, onde era a taberna / mercearia, no rés-de-chão, onde a malta ia comer as famosas sandes de atum, despachadas por aquele saudoso amigo ou por sua esposa, a «Glorinha» e o hostal «Alameda» nos
- dois outros pisos. O imóvel situado na rua da PSP, antiga Rua do Ferregial, foi alvo de profundintervenção, mantendo os belos azulejos (ou verdelhos, porque o são de cor verde) e toda a sua arquitetura.
                              João Leal

ALMOÇO ANUAL COSTELETA



ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DA
ESCOLA TOMÁS CABREIRA

Reportagem fotográfica do Roger
convívio e...
COMEÇA  A DANÇA!
TODOS NO "PÉ DE DANÇA"
Clique sobre a foto para aumentar













E CONTINUA A DANÇAR NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
Roger

sexta-feira, 14 de junho de 2019


NEO-JUVENTUDE

Autor  Rogério Coelho       

Hoje é outro dia, como tantos outros em que tenho tropeçado, que não sinto inspiração para escrever umas linhas. Sinto vontade de escrever mas a inspiração não me faculta a ideia necessária para criar uma história.
Sair para passear? Não sinto disposição.
Televisão? Para mal dos meus pecados, quem os não tem, ver televisão é um atraso de vida.
Liguei o aparelho leitor de CD, coloquei um disco com música clássica, despejei whisky num copo, coloquei uma pedra de gelo e sentei-me no maple. Fechei os olhos e dispus-me a saborear o líquido ouvindo a bela musica, em tom suave, do grande músico e compositor António Vivaldi.
E a campainha da porta veio interromper o meu belo e audível musical descanso.
Levantei-me, abri a porta e dei de caras com a minha vizinha do andar de cima, a jovem Teresa.
- O que queres Teresa, pedras de gelo?
Da ultima vez veio pedir-me gelo.
- Não! - Respondeu.
E foi entrando sem que a convidasse. Coisas da neo-juventude, sem aquela educação dos nossos tempos.
Esparramou-se no sofá e, com o maior dos à-vontades cruzou as pernas deixando entrever por entre a mini-saia aberta umas cuecas brancas.
- Isso é maneira de uma rapariga se sentar mostrando as roupas intimas, Teresa?
- Ora, não é nada de que o senhor não tenha já visto por aí, ou mesmo na praia, bi-quí-nis, sem que fique escandalizado.
- Vens para me provocar? Perguntei.
- De maneira nenhuma, não sou tarada sexual, respondeu. - Estava sozinha em casa, aborrecida, sem companhia, saudades da família e lembrei-me de o visitar para beber um trago consigo. Sinto-me à vontade no seu apartamento como se estivesse no meu, já somos conhecidos e não aceito pensamentos esquisitos. Oferece-me um whisky com duas pedras de gelo, ou põe-me na rua como fez da primeira vez?
Olhei para ela e respondi.
- Não preferes um copo de sumo fresquinho?
- Não brinque comigo já sou crescidinha, sabe que já fiz dezassete. Traga o copo que eu não o interrompo para ouvir a sua música. Gosto de música clássica.
Fiz-lhe a vontade e sentei-me no maple para me deliciar com a bebida ouvindo a música e tentando esquecer aquela presença forçada.
Quando o CD chegou ao fim, retirei-o do aparelho, olhei para ela e, antes que lhe dirigisse a palavra, mostrou-me o copo:
- Gosto de música clássica; de vez em quando apetece-me beber mas não sou alcoólica. Serve-me mais um.
Notei que me tratava por "tu". Não estranhei, é normal nesta juventude pós 25 de Abril.
- Não achas que ainda és garota para beberes bebidas alcoólicas?
- Não há problema, já não sou garota, estou a entrar com os pés nos dezoito.
Acho que é uma perda de tempo contrariar esta juventude. Fiz-lhe a vontade. Enchi o meu e sentei-me. Bebi um trago, olhei para ela e perguntei.
- O que fazes na vida, não tens família?
- Já estava à espera dessa pergunta. Sou estudante, frequento o primeiro ano de engenharia informática na Universidade Nova. Os meus pais pagam o apartamento e depositam uma mensalidade para as minhas despesas. Não tenho namorado porque quero sossego para me dedicar aos estudos. Não recebo colegas nem amigos. Acho que és um bom vizinho e uma pessoa em quem posso confiar com amizade. Neste momento esta é a minha biografia pessoal.
Agradou-me a sinceridade da resposta.
- Gostei da tua biografia pessoal e podes contar comigo como bom vizinho, com amizade e tudo o que estiver ao meu alcance que precisares.
Coloquei outro CD. Escolhi Giuseppe Verdi. E, ouvindo a música, tornei a encher os copos, sentei-me no maple enquanto a Teresa se aconchegava e estendia no sofá.
E, em silêncio, cerrei os olhos e ouvimos as belas sinfonias de Verdi.
Quando toda a música do CD chegou ao fim, reparei que a Teresa dormia. Desliguei o aparelho fui ao quarto buscar uma manta e tapei a rapariga. Desliguei a luz e encaminhei-me para o quarto com o pensamento nas partidas que a vida nos prega. Da primeira vez mandei-a embora; agora agasalho-a sem qualquer pensamento obscuro. Volto-me, olho para o sofá e abro um sorriso paternal; a amizade sincera recíproca é um encanto da vida.

nota – (Uma história de ficção. Factos e pessoas de imaginação)

Uma reposição do Roger