NAQUELE TEMPO ....
Corria o distante ano de 1929, portanto há 90 anos e a Academia da Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, associação dos «costeletas» de então, realizava no dia 23 Janeiro uma homenagem ao seu Patrono e ilustre figura histórica do Algarve, em consonância com a data do nascimento deste tavirense. Foi um gesto de elevado sentido filantrópico o então realizado já que, com a «cotização dos estudantes foi oferecida uma refeição melhorada às meninas pobres das Flori- nhas do Sul», prestante instituição privada de solidariedade social, como hoje se escreve e de há déca- das desaparecida. Para que conste aqui fica o «menu deste jantar melhorado»: massa com carneiro e batatas e laranjas e bolos com abundância». A solidariedade continua como uma das grandes referên- cias da Tomás Cabreira!
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Em 23 de Novembro de 1933 foi eleita a nova Direção desta Academia da Tomás Cabreira, sendo eleitos os alunos: Rafael Pedro Pereira (presidente), Aníbal Augusto Mendonça (vice - presidente), João dos Santos Mendonça ( 1 º secretário), Virgílio dos Santos Pedreirinho (2° secretário) e José Antó- nio Gonçalves Júnior (tesoureiro). Ao tomarem posse expressaram às entidades oficiais «a plena necessidade de novas instalações para a Escola, já que as atuais eram insuficiente, face aos mais de 400 alunos». Deste elenco diretivo recordamos três «costeletas», que nos honraram com as suas amizades: o Capitão Rafael Pedro Pereira, que foi presidente do Grémio dos Industriais de Panifica- ção e redator regional do «Diário da Manhã»: o João dos Santos Mendonça, que foi funcionário da «Pátria - Companhia Alentejana de Seguros e secretário geral do Montepio dos Artistas e do José António Gonçalves Júnior, dirigente associativo (Sporting Farense, Cruz Vermelha Portuguesa) e empresário, haveãdo fundado a firma Sogãs-;ailida hoje existente. --
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No ano seguinte (21 de Novembro de 1934) a Academia organizou uma romagem a Tavira
de homenagem ao Patrono Tomás Cabreira com várias camionetas que levaram à «Cidade do Gilão» autoridades convidadas, professores e alunos. Houve o descerramento de uma placa na casa onde nasceu o Insigne Professor e Político e uma romagem ao Cemitério onde se encontra em monumental mausoléu. Decorreu também uma sessão solene, com vários oradores e um almoço a 70 crianças pobres, entre as quais «as meninas das Florinhas do Sul».
JOÃO LEAL
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