sexta-feira, 17 de abril de 2020



CARTA DE LISBOA?

UMA SUGESTÃO - PEDIDO
Foi um núcleo da primeira hora, do arranque, do concretizar o nosso querer. Sob a égide do querido e saudoso Mestre e mais do que isso do dileto Amigo, o Prof. AMÉRICO surgiu a nossa viva Associação, muito por graça dos «Costeletas de Lisboa», de entre os quais queremos referir, os não mencionados nos perdoarão, o Mendonça, o Júlio Piloto, o Zé Félix, o Alfredo Pedro, o Zé Paixão Pudim, o Sebastiana, o Mário Zambujal. .. eu sei lá, toda essa malta admirável que nos legou este viver continuado do que é ter sido aluno da Tomás Cabreira. Usualmente acontecia na festa do aniversário, este ano com um previsto vasto e significativo programa que não foi possível realizar ou em Junho no grande abraço anual, que acreditamos não terá ainda concretização. Mas de há muito que não temos notí­cias dos nossos colegas radicados em Lisboa e, numa hora, em que por via da quarentena, importa, com a efetiva amizade que nos une, saber mais e mais e estreitar ainda mais esta malha fraterna que nos une. Daqui que lançamos a sugestão / pedido / apelo para que os «Costeletas de Lisboa» nos digam como estão e que é feito deles. Valeu? Com a amizade de sempre,
GENTE DA TOMÁS CABREIRA
                                          ORLANDO DO CARMO SEITA
Era uma figura incontornável naquele início dos anos 50 do século XX entre a malta da Tomás Cabreira, o Orlando Seita, aluno de referência do famoso «2º 4">> do Curso Geral de Comércio. Era-o pela sua inteligência, cultura acima do padrão mediano e forma elegante com que se trajava. Sempre de calça e casaco, usando a gravata e os botões de punho na camisa, o Orlando ou o Seita, porque havia outro de igual nome, o Bica, de Estoi. Este era de Faro e tinha o seu alfobre no Alto Rodes, onde residia e membro de uma conhecida família ali radicada. Tinha três irmãos, a mais nova, que cursou Enfermagem e dois machos, ambos fotógrafos. Um deles, creio que o mais velho, tinha o estúdio junto ao Coreto, no Jardim Manuel Bivare todos nós, por via da dúzia de fotografias que eram exi­gidas para a matricula escolar, eram seus clientes no «olha lá para o passarinho». O outro, andava com a máquina «a la minute» às costas percorrendo os arredores e fotografando o que pedido lhe era. O Orlando, estamos a vê-lo, numa carteira da primeira linha, naquela sala que a turma, não obstante masculina, ocupava junto à chamada «Sala das Raparigas». Lembrar o Orlando Seita, que caso seja vivo, o que desejamos, deverá ter mais de 85 anos, é lembrar um costeleta daquele bons velhos tempos ..
JOÃO LEAL

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