sábado, 22 de agosto de 2020

POESIA DE MANUEL INOCÈNCIO




RAFAEL CORREIA

Português, Algarvio e Costeleta ilustre

Pelo Alentejo e Algarve mais interior,
Por montes, vales e lugares andou,
Só, acompannhado dum equipamento de som,
 E dum indispensável gravador!

Que fazia aí o jornalista?
Da RDP - Antena 1, de Portugal,
Entrevistava seguindo qualquer pista,
E ouvia, o analfabeto e o simples rural!

Ouvia, falava e gravava,
Punha no ar estórias de pasmar
Que cada um atónito escutava
Era para todos música de embalar!

Vozes, sons, quais mais amados,
Nos nossos ouvidos ecoavam,
E todos fortemente hipnotizados.
Tal programa não mais largavam!

Em Hameln houve certo dia,
Um caçador de ratos encarregado
De exterminar os ratos que nela havia,
Caçador por todos muito afamado!

O caçador fez com a autarqula,
Um contrato que dizia:
"Ele todos os ratos destruiria"
E depois, enorme quantia receberia!

O caçador duma flauta puxou,
E com ela começou a tocar
Dela uma música sublime soou
Ouvindo–a, todos os ratos o começaram a acorrpanhar!

O homem, andando, num rio entrou,
Todos os ratos atrás dele seguiam,
Resultado: todos e cada rato se afogou,
Era o que os cidadãos queriam!

Para homens e ratos comparar,
Contei esta lendária estória
Também nós nos deixamos inebriar,
Ouvir "lugar a Sul" foi uma glória!

Morreu o Rafael Correia?
Não! Ele na RDP 1 foi genial
Talento igual sempre escasseia
O Rafael  tornou-se imortal!

Manuel Inocèncio