INOPERACIONALIDADE E INCÚRIA
Os dois «IN» (dentro de) são neste caso o denominador certo de um problema do dia a dia citadino. Ninguém o contesta o facto de o Município despender as verbas tidas por necessárias ou convenientes à reparação dos empedrados de Faro. Faz falta esta acção persistente, quer nas zonas ditas pedonais e com «arte e engenho» conjugados, como naquela outra maioria do piso sobre o qual todos nós andamos. É verdade que, de quando em quando, nos deparamos com equipas de calceteiros pavimentando a urbe, quer na imagem visual que vimos como na auditiva com aquele peculiar «tique - toque», no seu «partir a pedra».
A capital sulina sempre o teve, ao longo dos tempos, bons artistas nesta tarefa, recordando-nos de alguns, então do «quadro municipal», que paciente e sabedoramente, lá iam reparando a calçada para que os buracos não criassem maiores proporções como criando novos espaços com este melhoramento. A desejada transformação, por alguns cidadãos defendida, de substituir a calçada tradicional portuguesa, por mosaicos com os mesmos motivos, com uma maior facilidade de substituição, talvez mais económica e rápida, não invalida que o problema alvo desta «Crónica de Faro», seja olvidado.
Para os muitos buracos que hoje enfrentamos aos cruzar as ruas citadinas contribuem factores vários, de entre os quais o indevido estacionamento em cima dos passeios, a água que em quotidiana presença escorre das goteiras e floreiras e alguns outros,
O circular, muitas vezes quando a calçada acabou de ser reparada, a movimentação provocada nos pequenos bocados de pedra e o peso pelos mesmos suportados devido às viaturas, apontam-se entre as causas. Mas também uma certa incúria por parte da inspecção autárquica á obra efectuada deve ser referida. Um e outro factor - inabilidade e incúria, são quanto a nós, a razão destas abundantes «peladas» que as ruas de Faro apresentam.
