quarta-feira, 13 de outubro de 2021

 Meu caro amigo Florêncio Vargues


 Os últimos tempos têm sido plenos de problemas e tristezas, tornando a vida muito complicada para muitos de nós.
Aconteceu-me agora, e da pior forma, com o falecimento da minha mulher no passado dia 15 de Setembro, completados 55 anos de casamento.
 No meio do turbilhão de sentimentos tristes tive uma alegria, daquelas que nos ajudam a aceitar o inaceitável.
 Minha mulher começou a leccionar na Escola Industrial e Comercial de Estremoz, em 1963, cidade onde a conheci em 1965, quando colocado no RC 3, antes de partir para Angola.
 Pois passados estes anos todos um ex-aluno lembrou-se dela e enviou para o jornal estremocense "Brados do Alentejo" essa evocação que muito me comoveu e que mostra como eram os laços entre professores e alunos no Ensino Técnico, que tão vilipendiado tem sido neste últimos anos. Minha mulher foi depois professora na Escola Comercial Vicente Ferreira, em Luanda e na Avelar Brotero, em Coimbra. Abandonou o ensino para se dedicar  por completo à família, o que nunca lhe poderei agradecer como merecia.
 Peço-lhe desculpa por enviar a cópia da notícia, mas creio que é um exemplo excelente  de laços criados de forma a resistir ao tempo e às mudanças, É também um bom exemplo para os jovens, tão pouco inclinados, neste mundo de competição desvairada, a congregarem-se e a manterem "o estado de espírito" que devia ser o deles.
 Forte abraço
                                                     Vasco Gil Soares Mantas

PS: A minha mulher, Reveriana, está à esquerda na foto.

Recebe o nosso profundo desgosto Costeleta Mantas

DESCANSA EM PAZ REVERIANA


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