quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

 TURISMO DO ALGARVE EM NOTÍCIA


De entre os três aeroportos principais portugueses o de Faro foi o que registou uma maior quebra de passageiros no ano findo, com uma descida de 75,5%, contra os 69, 4% verificados a nível nacional, em que aconteceram menos 18,4 milhões de passageiros movimentados.


Duas obras assinaladas como de grande importância para o turismo algarvio no âmbito da «bazuca europeia» com oPRRP (Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal), da União Europeia. Dos 110 milhões para «infra-estruturas rodoviárias uma parte destina-se à constru-ção da ponte internacional no Rio Guadiana a ligar Alcoutim a San Lucar del Guadiana. No que concerne ao abastecimento de água ao Algarve concerne a dessalinização das águas do Rio Guadiana e outras para acabar com a seca.


Num estudo realizado pela empresa de golfe inglesa «Surpreizeshop» surge entre os 30 de campos de golfe com mais fotos publicadas na rede social Instagram surge a Quinta do Lago (Almancil) no 3º lugar do pódio «resort mais popular em todo o Mundo».


O Munic´pio de Lagos foi distinguido pelo «Good Travel Guide» como um dos 100 melhores destinos de turismo sustentáveis mundiais a visitar, após a pandemia. A «Costa d'Oiro» está também nomeada nos «green Destinations Peoples Choice Awars», prémio que reconhece os destinos que implementaram estratégias de sucesso para um turismo mais sustentável.


A AGIGARVE (Associação dos Guias e Intérpretes do Algarve) assinalou a 21 de Fevereiro (Dia Internacional do Guia Intérprete) esta dupla comemoração, com uma celebração onlin, em que durante cerca de duas horas intervieram os Presidentes da RTA (João Fernandes) e da Instituição (Cristina Marreiros) e outras entidades ligadas ao sector, assim como os 45 associados. A «Hora AGIGARVE) contou ainda com animação.


                                                                       JOÃO LEAL


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

 


                 PALMEIRA DE FARO,

UMA TERRA MINHOTA

                  Foi através de uma fraterna cadeia de permuta, para além da amizade e companheirismo rotário, que se expande aos jornais, partilhada entre os companheiros José Manuel Patrício (Alcobaça) e Henrique Brito Figueira e o cronista (Faro) que tivemos conhecimento da existência de uma mui antiga localidade chamada de PALMEIRA DE FARO.

                 A leitura e com que prazer sempre o faço do que é um dos mais prestigiados títulos da imprensa regional portuguesa, o centenário «Diário do Minho», trouxe-me esta afectiva e singular descoberta. 

                PALMEIRA DE FARO, situa-se no concelho de Esposende, em pleno e verdejante Minho, conta com cerca de 3 500 habitantes e integra, desde 2013, última reforma administrativa, a então criada União de Freguesias de Palmeira de Faro e Curvos. Situada na vertente nascente do Monte de Faro, dispõe de um microclima muito próprio e tinha na agricultura, com muitas quintas, a sua principal actividade económica. O desenvolvimento industrial concelhio de Esposende motivou que várias fábricas ali se instalassem. Tendo como oragos São Martinho, tal como Estoi e Nossa Senhora de Faro, que se venera em capela própria em idílico santuário, diz-se dos palmeirenses que «têm um forte sentido de união, espírito de trabalho, solidariedade e alegria». Tais predicados motivam «uma forte actividade associativa e várias manifestações culturais e desportivas».  Trata-se de uma terra antiquíssima, como o refere, no referido «Diário do Minho», (edição de 4 de Novembro de 2020) o historiador Dr. Manuel Albino Penteado Neiva, a propósito das ligações de Tomé de Sousa (1º Governador Geral do Brasil, 1549), que foi «Senhor da Honra ou Couto da PALMEIRA DE FARO, um título nobiliárquico que é mencionado desde o século XII. 

                  Coincidências que a história, os homens e o acaso proporcionam esta da terra minhota com a nossa cidade.

 


OS MEUS ROTEIROS «SÃOBRAZEIROS»

 


                AS IDAS AO COLÉGIO DE SÃO BRÁS

                 Era um percurso que, gostosamente, o fazíamos 4 ou 5 vezes em cada ano. Não o era só ao Externato de São Brás de Alportel, mas também ao seu congénere de Olhão, ambos propriedade do casal Dra. Bernardete de Jesus Romeira e do Maestro José Belchior Viegas. A conhecida pedagoga e senho-ra de grandes realizações havia nascido na Cidade da Restauração. Seu marido - maestro, professor e poeta era de São Brás de Alportel. Ambos realizaram uma notável obra em prol da educação, não só nas duas citadas localidades, como em Faro (Colégio Algarve, na Rua Filipe Alistão e, presentemente sem actividade). Convidados para estas visitas aos dois estabelecimentos escolares eram o sempre lembrado amigo, dos maiores que na vida houvemos, Cónego Carlos do Nascimento Patrício e eu. O motivo eram o falarmos para estudantes, pais e professores, sem esquecer o público sambrazense, sobre o significado apologético de efemérides da História de Portugal (Dia de Camões, 1º de Dezembro, etc.) ou de sentido significativo, como os «Dias do Pai e da Mãe», a Quaresma e outras celebrações.

                     Eram momentos de grande confraternização e de elevada participação estes que se viviam no Externato de São Brás, aos quais compareciam o Padre Inácio (Pároco da Fre-guesia e Professor no Colégio) e entidades autárquicas e ou-tras. 

                        Entre os estudantes de então contava-se o que viria a ser um quadro superior de PJ (Policia Judiciária), hoje aposentado, o Dr. Amável, respeitável cidadão sambrazense, a quem o meu amigo e jornalista Francisco Clara Neves, dedicava uma particular afeição e estima.

                           Como recordo, com emotiva saudade, estas deslocações até à vila de São Brás de Alportel, a que me unem tantas ligações! Tempos idos...

                                                      JOÃO LEAL