quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

O DESENROLAR DAS PERAÇÕES, a pedido

Alves da Veiga e Sampaio Bruno



HISTÓRIA.

AINDA A REVOLTA DO 31 DE JANEIRO, a pedido.

Militares em evidência:

ALVES DA VEIGA que ainda proclamou a República, o sargento Abílio que ainda proferiu um VIVA A REPÚBLICA, sargentos e soldados, ladeados pelo povo anónimo e conduzidos por chefes como o ALFERES MALHEIRO, CAPITÃO LEITÃO, TENENTE COELHO” iam “às ordens dos chefes civis empolgados mas pouco preparados para o combate às armas”.

DESENROLAR DA OPERAÇÃO.

“No dia 31 de Janeiro de 1891, pelas duas horas da madrugada, vários regimentos de cavalaria, infantaria, caçadores e guarda fiscal convergiram no Campo de Santo Ovídio. Ao mesmo tempo, no quartel de infantaria 18, na actual Praça da República, duas companhias arrombaram as portas do aquartelamento e juntaram-se aos revoltosos. “Nisto aparece a música do 10 de infantaria, que forma à frente das tropas executando A Portuguesa. As cornetas tocaram, e as forças puseram-se em marcha, enquanto alguns populares a saudavam e os sinos da Lapa tocavam a rebate” (Ilustração Portuguesa, 1891).

Faz hoje precisamente 117 anos que Portugal fez a primeira tentativa para se livrar de vez da monarquia. É, e deverá ser para sempre, um dia de regozijo.

O golpe, como se sabe, correu mal. Vinte dias depois do programa do Partido Republicano ter sido aprovado, tropas e povo eram escorraçados num banho de sangue Rua de Santo António abaixo pela guarda municipal instalada nas escadarias dos balaústres da igreja de Santo Ildefonso. A República tinha durado uma manhã, proclamada por Alves da Veiga na varanda da Câmara.

Porque falhou? Porque, opina José Augusto Seabra, os revolucionários, “apesar da coragem dos oficiais, dos sargentos e dos soldados, ladeados pelo povo anónimo e conduzidos por chefes como o alferes Malheiro, o capitão Leitão ou o tenente Coelho”, iam “às ordens dos chefes civis empolgados mas pouco preparados para o combate às armas”. Ou porque, diz Maria de Fátima Bonifácio, “os maiorais do partido [Republicano] abandonaram à sua má sorte” os sargentos da guarnição do Porto que fizeram a revolta.

O 31 de Janeiro é, antes de mais, o movimento de pensadores como Sampaio Bruno, Basílio Teles e João Chagas, homens que estão nos fundamentos democráticos e socialistas que sempre tiveram abrigo na cidade do Porto e na base de uma das mais esquecidas e vibrantes aventuras intelectuais da segunda década do século XX, a Renascença Portuguesa.

Texto retirado da net
Recolha de
João Brito Sousa

A RUA ONDE MORO


A RUA ONDE EU MORO

A RUA DA CONSTITUIÇÃO é o nome da rua onde resido. Ando por aqui, É uma zona interessante onde não nos falta nada. Mercearias das antigas, cafés, restaurantes, bancos, lojas, salões de cabeleireiro, talhos e muitas coisas mais. Bom serviço a bom preço.

Eu já conhecia o nome da rua derivado das minhas leituras sobre futebol, uma actividade que sempre me apaixonou. E o nome de rua da Constituição ligou-me ao campo de futebol, o Campo da Constituição que foi o principal recinto do FCPORTO de 1913 a 1952, altura em que foi substituído pelo estádio das Antas. Hoje, é utilizado pelas equipas dos escalões de formação do clube

Aproveito a ocasião para citar dois nomes de jogadores de futebol que foram grandes glórias no FCPorto. Refiro-me ao extremo Henâni que vi jogar e que me deliciou e ao madeirense Pinga, que conheci apenas através da leitura. Certamente que haverá outros, mas estes dois são as minhas grandes referências.

A Rua da Constituição tem uma Universidade da Terceira Idade para malta a partir dos sessenta o que é relevante porque a cidade do Porto é uma cidade de cultura.
De manhã, eu e a minha mulher, vamos ao café dos «intelectuais» cá da área, lá estão sempre o Sô Manel, o Sô Lopes e o Sô Almeida, todos especialistas em palavras cruzadas.

A D. Mena é que nos serve os cafés. Normalmente lemos aí o jornal `a borla, o JN, que é um jornal que considero muito bom periódico.

Normalmente chegamos às dez horas e estamos por lá até às onze.


O SENHOR LOPES


Trabalho népia... nunca vi o Lopes fazer nenhum!...
Chega, cumprimenta com um bom dia na manhã amena
E vai ver do jornal; de lá do fundo vejo-o vir com um
E lá se senta e diz entretanto para a patroa, a D. Mena

É um pingo D. Mena diz ele já de jornal na mão..
E segreda-me: isto é um vício ler o jornal de graça.
Olha em redor e conta os fregueses que lá estão
E diz – me que já me dá o jornal porque sou boa praça.

E é pelo empresário Lopes que não paga para ler
E pelos outros todos que fazem igualmente por ser
Iguais ao Lopes porque o jornal não querem comprar...

Que está justificado a crise na bolsa de cada um
(Dizem que ano igual a este não virá mais nenhum)
Mas, enquanto houver estrada é para continuar

João Brito Sousa

UM POUCO DE HISTÓRIA

(revolta de 31 d ejaneiro de 1891)

O 31 de Janeiro e a cultura cívica europeia
por José Augusto Seabra

Não é possível que o Porto, "capital europeia da cultura", deixe na sombra um acontecimento-chave da sua história moderna, que o colocou por um momento à altura da Europa democrática mais avançada da época, como o foi a revolta republicana do 31 de Janeiro de 1891.

Culminando uma tradição de rebeldia cívica que emergiu da sua condição de "república urbana", émula da Flandres e da Itália, como o mostrou Jaime Cortesão, e que iria desembocar na revolução vintista de depois no movimento setembrista e na Patuleia, o levantamento militar e popular portuense contra o Ultimatum, liderado por figuras da têmpera de um Sampaio Bruno, de um Basílio Teles ou de um João Chagas, foi uma afirmação heróica e trágica não só de um ideal patriótico mas universalista, que a República, proclamada numa breve manhã de glória na varanda da Câmara Municipal por Alves da Veiga, emblematicamente simbolizava, na bandeira verde-rubra içada ao som da Portuguesa.

Se tivesse sido vitoriosa, o que a fatalidade e uma certa ingenuidade táctica não permitiram, a República do Porto seria, sem dúvida, uma das primeiras da Europa, desencadeando uma vaga idêntica noutros países, sobretudo do sul, que poderia ter modificado a geografia política do continente, como os emigrados republicanos, pela pena do Bruno, no seu Manifesto publicado em Paris, disso se afirmavam convictos. Vencidos no campo da honra, nem por esse facto eles deixaram de justificar assim o seu dever revolucionário, que como um imperativo categórico os impelira a saírem para a rua até serem afogados em sangue na ladeira fatídica de Santo António, apesar da coragem dos oficiais, dos sargentos e dos soldados, ladeados pelo povo anónimo e conduzidos por chefes como o alferes Malheiro, o capitão Leitão ou tenente Coelho, às ordens dos chefes civis empolgados mas pouco preparados para o combate das armas.

Em todo o caso, como escreveu João Chagas, o 31 de Janeiro foi "o mais luminoso e viril movimento de emancipação que ainda sacudiu Portugal no último século". E por isso mesmo Basílio Teles aduziu, em defesa dos republicanos do Porto, que "os erros que cometeram, prejudicando, tal vez, a obra concebida por inteligências mais lúcidas e ânimos mais decididos, a posterioridade lhos perdoaria em atenção ao que sofreram, enquanto a monarquia roubava". É que, com o seu sacrifício, os heróis do 31 de Janeiro fecundaram o húmus de onde iriam brotar as sementes vivas que no 5 de Outubro de 1910 haveriam de germinar na República democrática enfim vitoriosa.

Dar a conhecer essa jornada histórica é , pois, muito mais do que celebrar uma efeméride. Sem uma reflexão acerca do significado cívico do que foi a última grande oportunidade que o Porto teve de estar à frente do país, não ressurgirá nas gerações actuais uma consciência clara do peso que a nossa cidade sempre deve assumir na vida nacional e internacional. Teria sido, pois, de desejar que esse acontecimento fosse seleccionado como um dos que melhor representa a cultura europeia do burgo. E existem razões de sobejo para fazer do 31 de Janeiro não apenas um evento político mas intelectual, pois, as grandes figuras já citadas que o encararam foram paradigmas do que de melhor a cultura portuense produziu: desde a filosofia e a teodiceia do pendor esotérico de Sampaio Bruno à visão histórica e humanista de Basílio Teles. Sem esquecer o eco poético que com a Pátria de Junqueiro o 31 de Janeiro também teve, num dos poemas que Fernando Pessoa considerava uma "obra capital" da literatura portuguesa, ombreando com Os Lusíadas. E mesmo António Nobre, expatriado na sua "Lusitânia no Bairro Latino", vibrou com a revolta do Porto, ao dela lhe chegar a nova.

Nessa geração revolucionária entroncaram muitas das aflorações posteriores não só do republicanismo, nas suas várias tendências, mas do espírito ao mesmo tempo patriótico e europeu dos movimentos culturais portuenses. Ainda na sua estreia, a "Renascença Portuguesa" iria, já em plena República, fazer do Porto o centro de reencontro das grandes tradições nacionais com a modernidade pela conjunção da traditio e da revolutio que a caracterizou. Alérgica tanto ao centralismo jacobino como ao positivismo que enformou a República oficial, ela herdou do pensamento de um Bruno uma outra energia criadora, que se patenteia nas personalidades de um Jaime Cortesão e de um Leonardo Coimbra, republicanos heterodoxos, e assume um tom mitográfico na figura carismática de Teixeira de Pascoaes, republicano à sua maneira saudosista.

A evocação do 31 de Janeiro há-de ser para nós, hoje, não uma simples nostalgia, que continua a levar às campas dos Vencidos a fidelidade reconhecida dos correligionários irmanados dos ideais da liberdade, da igualdade e da fraternidade, mas também uma afirmação viva desta nossa Segunda República, continuadora das lutas que, ao longo de mais de um século e neste limiar de milénio, deram ao povo português a sua dignidade e autonomia cívica, sem as quais, quer no plano político quer no plano ético, não há democracia digna desse nome. Neste ano em que o Porto é uma das capitais europeia da cultura, façamos desta data um "sinal do ressurgir" de uma outra cidade que seja, acima de tudo, uma autêntica polis.


Texto retirado da net


Recolha de


JOÃO BRITO SOUSA

DO JORGE TAVARES

(a vida é dura)
RECEBEMOS O INCENTIVO, que muito agradecemos.

Diz o Jorge,

1 - Olá,

Acompanho diáriamente o teu esforço e do Rogério Coelho, para manterem o blogue vivo e actual. Para alem da "carolice", é necessário muita dedicação e disponibilidade mental.
Bem Hajam
Um abraço JORGE TAVARES

2 - Já disse ao Rogério Coelho que tenho fotos e lembranças, para participar. Todavia e porque ainda tenho vida empresarial activa, só nos pequenos intervalos posso fazê-lo. Fica a promessa, que é um aperto de mão de "negócio fechado".

Um forte abraço
JORGE TAVARES

É com muito agrado que recebemos estas notas positivas do Jorge Tavares.

MUITO OBRIGADO JORGE; ESTE ESPAÇO TAMBÉM É TEU.


João Brito Sousa e
Rogério Coelho

60 ou 65?..


IDADE DA REFORMA

O DIOGO TARRETA coloca esta questão. (Sobre ela quero muitos participantes e comentários)

Aí vai,

Estava ouvindo o nosso noticiário e ocorreu-me um pensamento relacionado com outro noticiário de há dias em que se falava de uma luta sindical entre a TAP e os pilotos, mais ou menos e se bem me recordo, o assunto era sobre a idade da reforma, uma vez que esta tinha aumentado para 65 anos em vez de 60 como, anteriormente era.

Aqui aflora a diferença de mentalidades EUROPA/AMERICA., uma vez que aqui, USA, os pilotos batem-se contra a lei/regulamento que os põe fora do cockepit em aviões comerciais aos 60, alegando que como o nosso vinho, quanto mais velho, melhor, quer dizer a experiência e a melhor escola é que aos 60 anos, um homem saudável não tem nada que o impeça de exercer a sua profissão assim ele o deseje.

A LUTA continua

……os nossos dão-lhe essa oportunidade e….batem-se como cães para que não vá avante
Comenta e convence-me.

MEU COMENTÁRIO

A minha opinião, vai ser dada na óptica do utilizador desse meio de transporte que é o avião, porque não conheço por dentro a realidade das exigências da profissão de piloto.
Como passageiro, eu prefiro um piloto com 60 anos a um de 65.
Porquê?

Em condições normais, penso que um piloto de 60 ou 65 anos resolverá cabalmente a missão durante o voo.

O pior é se ao piloto se depara uma situação anormal e aqui sou pelos de 60 porque estão mais frescos e em termos de experiência a coisa não deve ser muito diferente.

Não concordo com essa do vinho do Porto na pilotagem. Um piloto mais velho tem menos recursos físicos e o que hipoteticamente terá ganho em experiência, não justifica o risco que da idade poderá resultar.

Sou pela reforma aos 60.

João Brito Sousa

AGENDA COSTELETA- ANIVERSÁRIOS


HOJE, DIA 31, FAZEM ANOS

- Maria Manuela Dias Jesus Simão;
- José Luís Vieira Fernandes Soares;
- João Manuel Jacinto Mateus.

PARABÉNS

Recolha de
Rogério Coelho