domingo, 27 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSSA ESCOLA (Final)

PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA (XIII)



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Anunciámos, no apontamento anterior, a futura grande reforma do Ensino Técnico, de 1948.
Entrada da EscolaNa realidade, a grande transformação ocorreria em 1947, com a promulgação da respectiva Lei de Bases (Lei 2 025 - D. G. Nº 139, de 19 de Junho). Aí se previa as categorias das diversas escolas, designa-das como técnicas elementares, industriais, co-merciais e industriais e comerciais.
Mas, 1948 é, efectivamente, o ano da sua implementação, com a publicação dos decretos 37 028 e 37 029 (D. G. nº 198, de 25 de Agosto), este último promulgando o Estatuto do Ensino Profissional Industrial e Comercial.
Uma nova fase se inicia na vida da Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira que, embora continuando a funcionar nas velhas instalações e prosseguindo os cursos do Dec. 20 420, de 1931, assiste à abertura da Escola Técnica Elementar Serpa Pinto, cujos alunos, com o Ciclo Preparatório concluído, receberá a partir de 1950.
Terá esta Escola Sérpa Pinto uma duração efémera: o tempo necessário para a conclusão das obras de adaptação do antigo edifício do Liceu, obras aliás já previstas no atrás citado Dec. 37 028 .
Refira-se, como mera curiosidade, que a cedência deste edifício pela Direcção Geral do Ensino liceal à Direcção Geral do Ensino Técnico Profissional foi formalizada por protocolo celebrado em 26 de Julho de 1948, em que outorgaram, como representantes daquelas Direcções Gerais, respecti-vamente, os Drs. José Ascenso (Reitor do Liceu) e Fernando Carvalho Lima (Director da Escola) ~ o Sr. Mário Afonso, Chefe da Secção de Finanças, em representação da Fazenda Nacional.
Com as obras concluídas, o ano lectivo de 1.952/1.953 marca o início de uma nova etapa na vida da Escola. No remodelado edifício, passam a funcionar o Ciclo Preparatório e os Cursos Gerais (agora equivalentes ao 5º ano Liceal). Serpa Pinto e Tomás Cabreira são remetidos. para o anonimato. O "novo"




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estabelecimento de ensino denominar-se-á Escola Industrial e Comercial de Faro. Só muitos anos mais tarde, já em 1973, a Escola conhecerá novas valências de formação, passando a leccionar os recém-criados Cursos Complementares do Ensino Técnico, equivalentes ao (então) 7º ano dos Liceus.
Com a extinção dos ensinos liceal e técnico profissional, ocorrida após o 25 de Abril de 1974, a Escola readquire o nome do seu antigo patrono, passando, pela Portaria nQ 608/79, de 22 de Novembro, a designar-se, tal como ainda se designa, ESCOLA SECUNDÁRIA DE TOMÁS CABREIRA, EM FARO.


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Terminamos, assim, esta resumida série de apontamentos com que pretendemos satisfazer a curiosidade de muitos colegas que nos formulavam as mais diversas perguntas sobre a vida da nossa Escola.
Fizemo-lo com muito entusiasmo. Um entusiasmo com que, de algum modo, procurámos superar a nossa falta de preparação para trabalhos desta índole. Que nos perdoem os leitores d' «o Costeleta" qualquer inexactidão ou referência menos explícita.

Franklin Marques