terça-feira, 7 de outubro de 2008

O LIVRO DO COSTELETA


MANUEL INOCÊNCIO COSTA.



O livro"CIDADES SUBTERRÂNEAS", da autoria do costeleta MANUEL INOCÊNCIO COSTA, vai ser apresentado nas instalações da UATI, no dia 22 do corrente mês, pelas 15 horas e 30 minutos, nas instalações da Universidade Autónoma da Terceira Idade, sitas na rua Cidade de Bolama- Bloco J-Loja B, em FARO (fica a uns 50 metros à retaguarda da Igreja de S. LUÍS).



Convida-se toda a familia costeleta para estar presente no evento.


Manel Inocêncio Costa.


publicação de
João Brito Sousa

UM POUCO DO COSTELETA

EU E O MANUEL INOCÊNCIO COSTA




MANUEL INOCÊNCIO COSTA, é costeleta e natural de SÃO MARCOS DA SERRA, Concelho de SILVES.

È licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Habitou em FARO a mesma residência que eu, o nº 4 da rua Ventura Coelho, perto da estação da CP. No meu tempo o Manuel aparecia lá por casa com a farda da tropa. E gostavam todos muito dele por lá.

Homem estudiosos e responsável tenho-o como grande amigo porque temos uma sensibilidade semelhante perante a vida. O Manuel é poeta e eu gostava de ser poeta. E escrevemos sobre o mesmo tema, OS INCÊNDIOS.

INCÊNDIOS - O CICLO DA MORTE E DA VIDA
Por MANUEL INOCÊNCIO COSTA


O incêndio mata a árvore e o arbusto,
Nos troncos e folhagem calcinados mata a esperança
De muita gente que ama a floresta,
E, dela vive no tempo da bonança
De tez escura gretada pelo sol,
Que anos a fio lhes queimou o rosto,
Lágrimas fugidias deslizam pela face
Única forma de exprimir o seu desgosto
Não gritam, nem arrancam os cabelos,
Como Jó olham o céu e imploram,
Mudos na sua dor e na sua nobreza,
O olhar perdido no além enquanto choram,
Muito do que ardeu cresceu com eles
Cuidaram com acarinho da árvore e da casa,
E, de repente, veio o fogo destruidor
Lume gigante e pavoroso que tudo abrasa,
Alguns soçobram perante tal tragédia,
Muitos outros refazem a casa e o arvoredo
Parar e lamentar de nada adiantam,
É de novo tempo de luta e de esquecer o medo.


INCÊNDIOS
Por João Brito Sousa

O Governo diz....ao ver o fogo nas matas..
A calamidade é grande.... estamos perdidos!...
Se demos instruções severas e exactas
Porque raio continuam a haver pinhais ardidos..

Lá do Ministério que liguem para a freguesia
Onde o fogo grassa, tudo queima e arrasa
E perguntem ao Presidente se era isto que ele queria
Ou o que é que ele fez para evitar estar tudo em brasa.

Todos os anos a mesma treta... a mesma queimada....
O povo já não aguenta e diz que já não lhe sobra nada
Do cultivo do ano anterior; os palheiros estão vazios....

Chegou o Verão a temperaturas tais que era de esperar
A chegada dos incêndios também para não variar
E dos rostos dos agricultores saem olhares dúbios e frios

publicação de
João Brito Sousa