quinta-feira, 9 de outubro de 2008

UM PROFESSOR COSTELETA

MESTRE FONÉTICA, ou o Dr. REBELO DA SILVA

Estávamos em 54/55, no 1º ano do Curso Geral do Comércio com as vedetas todas do meu tempo.

O mais credenciado é hoje o Herlander Estrela que foi secretário de Estado das Finanças pelo PS.

O Araújo e o João Cabrita Sancho, de Estoi, que foi enfermeiro na Suíça e já morreu, andavam sempre à porrada. Uma vez encontrámo-lo no restaurante Índia, no Calhariz, em frente `a Caixa Geral de DEPÓSITOS, em LISBOA, estava eu e o António Viegas do Sítio da Areia, que perguntou ao Sancho. Sancho estás na Suíça? O Sancho dá uma gritada tal que emudeceu Lisboa. Disse o Sancho, ouíiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.

O Sancho e o Sotero, o irmão, que andava um ano á minha frente lá na Escola, iam para ao pé da cantina do Sr. Viegas e mantinham um diálogo mais ou menos assim, Sotura vien cá e dizia o João, fazer quê Sotura. Era mais ou menos assim.

Quem conheceu bem isto foi o Zé Pereira, hoje enfermeiro, que um dia apareceu na Escola com um par de cornos na cabeça. Que será feito dele? O Sotura morreu, foi meu colega na TAP.

Hei-de dar aí umas dicas sobre esta turma que tinha uma malta gira. O Joaquim Teixeira sabe disso que ele estava lá.

PROFESSORES,

Entre eles o Dr. REBELO DA SILVA, o FONÉTICA, porque andava sempre a chatear a malta com a leitura das palavras em inglês por essa via Parece-me que foi o Zé Vitorino, que lhe pôs a alcunha.

Apanhava-mos faltas todos os dias porque pedíamos ao prof. para ir à rua e o mestre desconfiava. Escusado será dizer que não aprendi nada de inglês.

Eu e o Mestre Rebelo, olha que dois.

No quarto ano é que foi giro. Mestre Rebelo mais o Macedo, os Fialhos, Zé Contreiras, Justo Sousa, Zé Eusébio, Alex, Jorge Valente dos Santos, Sabú, Óscar de QUARTEIRA, Romualdo CAVACO, e o Edménio mais a pistola preta.

Lembras-te ROMUALDO? Conta aí.

Do Jorge Barata.... nada.... se o vires dá-lhe um abraço do parente João. OK.

Publicação de
JOÃO BRITO SOUSA

NO AMOÇO DOS BIFES UM COSTELETA

(no almoço anual dos bifes com o Zé Maria Oliveira,Zezinho Paraíso, FernandoDourado...)
NO ALMOÇO DOS BIFES

O poeta VIEIRA CALADO, EU e ELES.

No almoço anual dos BIFES o que eu vi foi “EM CADA ROSTO IGUALDADE” a SAUDADE” a “ALEGRIA DE VOLTAR A ESTAR”, o “COMPANHEIRISMO” e por aí adiante....

Falei com colegas do Liceu de que ouvia falar, com quem nunca tinha falado e no sábado, dia 4, foi a primeira vez que falei com alguns e HAVIA UMA SORRISO NO OLHAR DE CADA UM DELES.

380 Manos... chiça...

Recolhi umas frases de alguns que reproduzo abaixo e com uns poemas das “TRANSPARÊNCIAS” do Vieira Calado e umas coisas minhas, mais as frases dos ditos bifes, fez-se este trabalho que vai ser publicado no blogue

http://oscosteletas.blogspot.com

acompanhado das fotos que o JAIME REIS enviou.

Assim, em primeiro lugar vem o poema do Vieira Calado dedicado a ...., depois umas palavras minhas depois uma frase recolhida.

Que tal?

1 - LEMBRANÇAS de Vieira Calado
para a Rute.

Ainda restam uns pedaços de sonho
Porque os sonhos perduram para além do sonho
Porque a lembrança acende todas as lembranças
Porque ouras imagens murmuram a tua imagem

É pois o tempo das memórias,
Da água que desliza sobre as águas
O vento que se dilui nos ventos
A pedra petrificada restituindo a pedra

Restos de palavras que dizem outras palavras,
De alegrias que imitam a alegria,
E pequenos silêncios vazio silente
Irrepetível
Do sonho que fez de ti a tua imagem em outrem,
despedaçando-se
até vir o ágil mar do sono.

LEMBRANÇAS
por João Brito Sousa

Lembrar o quê?....
Tudo ...
Recordemos e lembramos o porquê
Das atitudes dos gestos que tivemos
E daquilo que sofremos
Também
Sofrer é viver
E lembrar é confraternizar

E disse o LUÍS GAMA SILVA

04/10/2008
“ UM DIA PARA RECORDAR.”.....

2 – O ESPAÇO DO POEMA por Vieira Calado
para a Ilda Capela não presente


É a ideia que imprime a geometria
Do espaço
O ângulo que revela a palavra
Em sua projecção luz/sombra
No poema

E na página se inscrevem alegrias/dores
No tempo longitudinal euclidiano
que fui
que desliza
em conceitos mais amplos de einstein

O ESPAÇO DO POEMA
por João brito Sousa

O espaço do poema é onde ele cabe
por inteiro
ora triste ora feliz
mas sempre poema
em primeiro ..

Um poema sem espaço
Não é verdadeiro
É como os que eu faço....

E o DOMINGOS CHAGAS disse:

“DIA INOLVIDÁVEL, DOS MAIS FELIZES DA MINHA VIDA”

3 - PERDEMOS O HÁBITO ANTIGO de Vieira Calado
para a Branca Rosa Moreno Tomé não presente

Perdemos o hábito antigo de saudar o sol,
Pela manhã: assistir à patética cerimónia
Da transformação da bruma em claridade
- um exercício pueril, mas comovente

Não nos perturba o ruído obsceno dos dias,
As suas máquinas implacáveis do fumo
Produzido para o silêncio dos sentidos
- outro processo para ignorar angústias

E é sem dor que pressentimos o drama,
A melancólica lassidão, o medo indiferente
Pelo desabar dl universo próprio d aterra
Que nos trouxe ao edifício de se r homem.


PERDEMOS O HÁBITO ANTIGO
por João Brito Sousa

Perdemos..
O quê? .. mas porquê?
Um homem não perde nunca
Mesmo vivendo na espelunca
Porque se vive
Revive
E não perde hábito algum

Nem sequer um...


E o ALBERTO MENDONÇA NEVES de 54, disse

“AQUI, ONDE O TEMPO PARECE DESAPARECER E A JUVENTUDE SE ETERNIZAR... É BOM ESTAR”..

4 – OLHANDO AS MEMÓRIAS ANTIGAS de Vieira Calado
para a Graça Aleixo

Olhando as memórias antigas no bronze estático
Das estátuas
Quanto medo tiveste de pronunciar-te
No verde seco das árvores?
No arco da torre subindo por cima das labaredas
Do mundo?

Ou já esqueceste uma pequena alegria
Que trouxe a madrugada
À clivagem fértil de um apedra?

Sê a inconsciência duma flor
E passa diante do mar com um cordial desejo
Que seja fraterna a sua promessa de infinito.

OLHANDO AS MEMÓRIAS ANTIGAS
Por João Brito Sousa

As memórias antigas são
As que batem no coração
da gente
que não mente
Quando se pedem
Ou perguntam por elas
E elas logo vêem...

E O JAIME CABRITA REIS disse,

“A FRASE ESTÁ GASTA MAS É SEMPRE OPORTUNA; RECORDAR É VIVER”...