segunda-feira, 27 de outubro de 2008

UMA BOA SEMANA PARA TODOS


2008.10.27
DA IMPRENSA REGIONAL, CINQUENTA ANOS ATRÁS


MEMÓRIAS PASSADO
por Sebastião Chaveca


O forno da TI DELFINA


Até há pouco tempo a maioria das pessoas amassava o pão em casa porque além de lhes sair mais barato, era feito à sua vontade.
A farinha era peneirada com uma peneira mais fina para o pão mais branco e ao contrário do que é hoje, nesse tempo o pão mais branco era o mais desejado. Como a maior parte das pessoas não tinha forno para cozer o pão, havia o forno da Ti Delfina, que tinha uma irmã com o nariz torto a quem chamavam a Ti Maria Rita do nariz comido.

O trabalho desta mulher era ir buscar os tabuleiros cheios de pão a casa dos clientes, para ser cozido no seu forno e depois levá-lo novamente.

Geralmente as pessoas faziam uma amassadura por semana mas nos últimos dias os pães já estavam duros.

Pela cozedura e transporte era cobrada a importância de dois escudos.

publicação de
JBS

MIGUEL TORGA


2008.10.26

Para todos, mas em particular para o MAURÍCIO DOMINGOS, homem de uma só palavra, que me enviou um belo trabalho sobre Torga.
Vou reenviá-lo para os amigos porque a cultira é para todos.
Meu caro amigo, aí vai um pouco do meu estudo acerca de Torga, a nível de frases que recolhi enquanto lia esse espantoso autor.

Obrigado, mais uma ve z, pelo trabalho que me enviaste


ALGUMAS FRASES,

Quem é sincero por jactos, faz da traição o seu valor constante.
Torga in Diario V

Encaixar o insucesso e retomar a rabiça com redobrada energia- eis a grande lição do camponês.
Torga Diários, pag 63

É difícil mas é preciso ter a coragem de ficar só. Uma voz chega para enfrentar o mundo e ter razão. A morte está sozinha contra a vida inteira, e é verdade.
Torga 19.0l, pág 71

A grande beleza da vida e o seu grande sentido é justamente ser inútil.
Torga, Diário, 83

Apesar disso a esperança continua, porque não posso viver sem esperança, e quero viver.
Torga Diários , página 99

É preciso fazer um esforço contínuo para amar o presente. Torga Diário IV, pag 20

Onde acabará a minha liberdade de pessoa e acabará o meu dever de artista? Torga IV, pag 22

Aqui é preciso aceitar tudo, porque o trigo e o joio fazem parte do mesmo corpo sem possibilidade de separação. Daí, multiplicidade, partidos, controvérsias, oposição. E isto é força, é dialéctica, é criação. A uniformidade social é a monotonia de um batatal. E a história perdoa tudo menos a monotonia. Torga, iv, 23

O silêncio dos melhores é cúmplice do alarido dos piores. TORGA, fogo preso.

Uma revolução acontece como acontece um poema. TORGA, idem

Sabemos que tanto no particular como no geral, raramente o alcançado corresponde ao desejado. É uma lei da vida. Torga, idem
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SAUDAÇÕE SCOSTELETAS do
JBS