sábado, 22 de agosto de 2009

TEMA FILOSOFIA


Não era minha intenção. “JAMAIS”


As formigas que encontram no seu caminho um filósofo morto podem utilizá-lo bem. Não é o caso!

Se o exemplo é chocante, é mimha intenção que o seja.

Verifica-se que a liberdade de expressão constitui por vezes uma maior ameaça para uma ideia, mesmo acriançada,.

Mas o que se pode fazer quando se escreve um facto que. aquele que o escreve, considera importante, mesmo sendo uma “crónica” de factos passados? Impropérios para abafar os factos transcritos, ou abafar a voz da verdade. Barulho impío?

Não tenho quaisquer ilusões. Receio que não me leiam, porque, não há autoridade universal que imponha o conhecimento pela leitura.

Não estudei filosofia, não sou filósofo, nem é minha intenção erguer-me acima daqueles que escrevem e criticam neste blogue. Principalmente os que criticam duma forma em que, quem escreve, não tem satisfação de continuar.

Digamos que o impropério sobre quem escreve algo não é lisongeiro para lhe dar continuidade e razão de satisfação. O problema não é moral é cognitivo.

A psicanálise ministra a verdade de uma maneira infantil ou seja, acriançada: dela aprendemos, rude e apressadamente, coisas que nos escandaliza e que dominam a nossa atenção.

Assim,. a psicanálise é, em meu entender, em primeiro lugar, pretenciosa e, todo o drama da existência se desenrola entre a sordidez e a sublimação em que o esforço civilizado a pode transformar.

Será isto filosofia barata? Enquadrar-se-á no tema proposto?

Os bons escribas deste blogue poderão dar a sua opinião e o Costeleta Sr. João Manuel Brito de Sousa, mediador deste tema, o dirá...

O que acabei de escrever não é um comentário.

Com o pedido de publicação


Alfredo Mingau


Publicado por Rogério Coelho


(NOTA: enviado por amingau@gmail.com)

GRANDE FIGURA DA CULTURA DO ALGARVE


MANUEL VIEGAS GUERREIRO

O Prof. Doutor Manuel Viegas Guerreiro nasceu em Querença, concelho de Loulé, em 1 de Novembro de 1912. Aprovado no Curso Geral dos Liceus, com dezasseis valores, e no Curso Complementar, com dezassete, veio a licenciar-se, em 1936, em Filologia Clássica, na Faculdade de Letras de Lisboa, com dezasseis valores. Foi aprovado no Exame de Estado para professor do 1º. grupo de disciplinas liceais, com dezasseis valores. Foi professor agregado dos liceus em 1939, professor auxiliar em 1940, e professor efectivo no Liceu de Lamego, em 1940.

Entre 1940 e 1941, foi equiparado a bolseiro para auxiliar o Doutor Leite de Vasconcellos, na sua actividade literária. A ajuda prolongou-se por seis anos, tendo ajudado o Mestre Leite "em tudo o que pôde", para utilizar palavras do próprio. Entre 1941 e 1944, é professor efectivo do Colégio Militar e também do Colégio Infante de Sagres, em Lisboa. Foi sucessivamente professor efectivo no Liceu de Faro (1945-1953), com passagem pelo Liceu Diogo Cão, em Sá da Bandeira (1948-1950), e ainda no Liceu de Oeiras (1953-1970).

De 1955 a 1970, foi bolseiro no País, a fim de ordenar e publicar os manuscritos de Leite de Vasconcellos, sobretudo da Etnografia Portuguesa, em 10 volumes (1948-1989), a partir do 4º. volume.

Doutorou-se em Etnologia na Universidade de Lisboa, em 1969, com a classificação de 19 valores. Em Novembro de 1970, concluiu as provas do concurso para provimento de uma vaga de professor extraordinário de Etnologia e, em Outubro de 1971, de professor catedrático, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi também investigador do Centro de Estudos Geográficos a funcionar na mesma Faculdade de Letras de Lisboa. Aposentado em Setembro de 1982, faleceu em Carnaxide, em 1 de Maio de 1997.

Durante a sua vida de universitário, foi encarregado de várias missões no País e no Estrangeiro. Foi membro de várias instituições, entre as quais a Associação Brasileira de Folclore (desde 1967) e da Academia das Ciências de Lisboa (cadeira nº 27).

A vasta actividade do Prof. Viegas Guerreiro inclui inúmeras iniciativas, como, por exemplo, a criação dos Estudos Gerais Livres e do Centro de Tradições Populares Portuguesas, a Revista Lusitana - Nova Série, e ainda a organização de dois colóquios realizados com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian sobre "Literatura Popular / Oral / Tradicional" (Paris, 1986, e Lisboa, 1987).

Nas suas publicações, distinguem-se alguns importantes vectores. Em primeiro lugar, temos as obras com preocupação pedagógico-didáctica: Da Indispensabilidade do Latim na Leitura dos Nossos Clássicos, Lisboa, 1963; A Nossa Pátria, selecta de Português para o 1º. ciclo liceal (livro único entre 1961 e 1965); "Introdução" a Cultura e Anafalbetismo, de F. Adolfo Coelho, Lisboa, 1984; a comunicação "A educação de adultos em comunidades rurais. Actividades comunitárias", Braga, 1978.

Na área principal da sua formação, a Etnografia e a Antropologia, publicou - para além da Etnografia Portuguesa, que é, como atrás fica dito, em parte escrita por ele, a partir dos apontamentos de Leite de Vasconcellos, de quem também reeditou com uma apresentação desenvolvida Tradições Populares de Portugal - o volume Sabedoria, Linguagem, Literatura e Jogos, de 1966, que faz parte da obra colectiva Os Macondes de Moçambique, e ainda Bochimanes !khu de Angola, de 1968, e também Pitões das Júnias. Esboço de Monografia Etnográfica, de 1981, e, em colaboração com Diogo de Abreu e Francisco Melo Ferreira, Unhais da Serra. Notas Geográficas, Históricas e Etnográficas, de 1982. Saliente-se a edição póstuma da obra Povo, Povos e Culturas (Portugal, Angola e Moçambique), de 1997, na qual se coligem artigos e colaborações diversas.

Mencione-se, em terceiro lugar, o interesse por aspectos particulares da História, Literatura, Geografia perspectivados antropologicamente: artigos sobre "Judeus", "Mouros" e "José Leite de Vasconcellos" no Dicionário da História de Portgugal, dirigido por Joel Serrão; a "Introdução" à Carta de Achamento do Brasil de Pero Vaz de Caminha, de 1974; A Carta de Pero Vaz de Caminha lida por um Etnógrafo, de 1985; "Gil Vicente e os motivos populares: um conto na Farsa de Inês Pereira", RL-NS, nº. 2, 1981, pp. 31-60; Frei João de S. José e a sua Corografia do Reino do Algarve (1577), de 1980; Temas de Antropologia em Oliveira Martins, de 1986; Colombo e Portugal, de 1994.

Um domínio foi particularmente caro ao Prof. Viegas Guerreiro: a "Literatura Popular". Recolector incansável, enriqueceu, com as versões que recolheu por todo o Portugal e também no Brasil, volumes como os do Romanceiro Popular Português, de Maria Aliete Galhoz, de 1987 e 1988, e ainda as suas antologias Contos Populares Portugueses, de 1956, e Adivinhas Portuguesas, de 1957. Escreveu duas obras imprescindíveis de iniciação e história neste campo: Guia de Recolha da Literatura Popular, de 1976 (2ª. ed., 1982) e, sobretudo, Para a História da Literatura Popular Portuguesa, de 1978.

As qualidades de homem e académico tornaram Viegas Guerreiro uma personalidade singular que muito marcou os seus alunos e colaboradores.

Para informação mais completa: João David Pinto-Correia, "Evocação Afectiva de um Mestre e Amigo: o Prof. Doutor Manuel Viegas Guerreiro", Revista Lusitana - Nova Série, nº. 12, 1994, pp. 83-94; e Maria Lucinda Fonseca e Francisco Melo Ferreira, Manuel Viegas Guerreiro - Mestre da Sabedoria do Mundo, Centro de Tradições Populares Portuguesas e Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, Lisboa, 1997.

É uma figura marcante da cultura nacional.
Texto retirado da net
por JBS