quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

3 DOCUMENTOS DE HEROIS ESQUECIDOS




Clicar em cima do documento para aumentar.
HERÓIS ESQUECIDOS
__________________


Em boa hora o nosso bom amigo e Costeleta A. Viegas Palmeiro, em artigo publicado no nosso Blogue, em 20 do corrente, tocou nas feridas que ainda supuram e se encontram por suturar na maioria duma geração de jóvens, ex-combatentes do Ultramar, que deu o seu melhor nos antigos territórios ultramarinos.

Sou membro da Direcção do Núcleo de Oeiras /Cascais da Liga dos Combatentes e bastante sensível a toda uma situação de injustiças , ostracismo e abandono a que foram votados os filhos deste nosso Portugal, agora pigmeu, que deu Mundos ao Mundo e que pseudo- libertadores, renegados e desertores, com ódio redobrado atiraram para o esquecimento.
A Liga dos Combatentes, por intermédio da sua Direcção Central e embora com reduzidos apoios está procurando colmatar um problema grave que se arrasta desde o fim das guerras do Ultramar, que muitos Ex-Combatentes carregam às costas e têm tido lastimáveis reflexos nos seus descendentes e famílias.
Centenas de companheiros nossos, Algarvios e Costeletas, passaram pelo Ultramar e outros por lá ficaram para sempre.
Seria de todo o interesse que todos os nossos Costeletas e familiares tivessem cohecimento do que se está procurando fazer pelo CENTRO DE ESTUDOS NO APOIO MÉDICO, PSICOLÓGICO E SOCIAL na Zona Sul e Algarve.

Espero que a divulgação deste nosso panfleto possa ajudar a resolver muitos dos actuais problemas que afligem os nossos Ex-combatentes e familias, cuja responsabilidade cabe aos Governantes e, particularmente, ao Ministro da tutela. Os sucessivos governos nascidos depois do 25 de Abril , práticamente esqueceram aqueles que deram sangue suor e lágrimas pela sua Pátria.

Estoril , 28 de Janeiro de 2010
MAURICIO SEVERO DOMINGUES
RELEMBRANDO GRANDES FIGURAS ALGARVIAS

MÁRIO LYSTER FRANCO

De Alfredo Mingau

Mário Augusto Barbosa Lyster Franco, de seu nome completo, nasceu em Faro a 19-2-1902, no seio de uma família ilustre. Fez os seus estudou preparatórios e liceais em Faro. Seu pai, o pintor Carlos Augusto Lyster Franco, natural de Belém, foi uma das personalidades mais distintas e admiradas na sociedade farense dos princípios do século XX, tendo sido meu professor da disciplina de Português, nos anos 40, na nossa Escola Tomás Cabreira da Rua do Município.

O Dr. Mário Lyster Franco, era um intelectual de fina têmpera e raro talento, que se bateu denodada e acerrimamente em defesa dos valores humanos, paisagísticos e culturais que melhor caracterizam a nossa região.

Ser algarvio para Lyster Franco era um orgulho

O "Estado Novo" nomeu-o para a honrosa responsabilidade de Presidente da Câmara Municipal de Faro, onde se manteve durante dois mandatos, de 1932-34 e 1937-39, prosseguindo depois ainda mais alguns anos como vereador

Uma das suas iniciativas mais curiosas foi a criação em 23-6-1932 do Museu Antonino de Faro, o segundo do país, e até há bem pouco tempo o mais visitado do Algarve.

Em 1946 assumiu a direcção do semanário «Correio do Sul», o mais prestigiado órgão da imprensa algarvia de todos os tempos, ao leme do qual se manteria quase quarenta anos

Faleceu a 20-8-1984, na Clínica de S. José de Camarate, em Lisboa, onde dera entrada oito dias antes.

A lista de obras de Mário Lyster Franco reparte-se entre a arqueologia, a história e a literatura algarvia, num total de trinta títulos, dos quais nunca se fez uma reedição

A publicação da Algarviana - Subsídios para uma Bibliografia do Algarve e dos Autores Algarvios, essa sim a obra da sua vida, uma publicação que teve o mérito de José Carlos Vilhena Mesquita em que este afirma sem exagero, a alma-mater da cultura algarvia.

O Dr. Mário Lyster Franco foi professor na nossa Escola Tomás Cabreira, da Rua do Município, e recordo-o como presidente do Júri do meu exame de Dactilografia em 1943.

(Nota) - Como já afirmei num comentário, a minha colaboração em “Relembrando Grandes Figuras Algarvias” é feita no sentido vernáculo, que tem e continuará a projectar-se sobre e apenas, figuras do nosso Algarve, focando, somente, a minha pesquisa, na parte sintética da personagem, no sentido do reconhecimento delas.
AM