quarta-feira, 13 de outubro de 2010

DO CORREIO ELECTRÓNICO

COMENTÁRIO RECEBIDO

A editora Delicatta S. Paulo, Brasil, disponibizou-se para receber textos em poesia e prosa (conto e crónica) para, uma vez selecionados, fazer parte integrante, cada um em seu volume, da Antologia Delicatta VI, Projecto Delicata VI, S. Paulo, Brasil.

Concorri e sobre os trabalhos enviados, recebi os comentários que vão a seguir:


"Olá querido João Brito Sousa,


A Comissão Julgadora selecionou o trabalho de sua autoria na categoria Poesia, Conto, Crônica para compor as páginas da Antologia Delicatta VI:

Seu trabalho foi elogiado pela temática bem desenvolvida, pelo teor moral elevado, ritmo e métrica."


Aí vai uma amostragem do que foi enviado.

POESIA

HUMANISMO


Nem sempre pensei assim; evoluí
A minha alma abriu-se e pôde ver
O que vai no mundo vê-se por aí
Situações muito difíceis de perceber


Só terás outra tua maneira de ser
Se conseguires tornar-te melhor
Em tudo, na pessoa, no modo de ver
Investindo nessa maravilha do amor

Procura ser solidário e bom amigo
Não peças nada, tudo virá ter contigo
Mas deves ser fiel ao companheirismo

Da Humanidade se a ela te dedicares
Tenta ao menos bons actos praticares
Darás à vida mais sentido e humanismo

João Brito Sousa

Cataplana

REDACÇÃO

A DELICIOSA COMIDA ALGARVIA

Ninguém fica indiferente à típica comida Algarvia.
É de facto um “belo cartão-de-visita” para quem vem ao nosso Algarve, onde os belos manjares tipicamente Algarvios proporcionam verdadeiros sabores e paladares inesquecíveis, mesmo para os residentes.
Para os não residentes apetece perguntar “não conhece?”. Não fique triste, ainda vem a tempo.
A simpatia com que são recebidos não está na “ementa” da comida saborosa e variada mas no sorriso de acolhimento que é apanágio das gentes Algarvias.
Poderemos, num “cardápio” bastante variado, escolher grelhados dos belos peixes pescados na Ria Formosa, o apetitoso xarém com conquilhas da costa Algarvia, os pratos de bife de atum com cebolada, o arroz de lingueirão e de marisco servido na panela de barro, os alcabozes fritos, as amêijoas na cataplana, os choquinhos fritos com “tinta” uma delícia em que os mais pequenos têm 2 e os maiores 5 centímetros. Tudo criado e apanhado na bela Ria Formosa, sem esquecer os célebres carapauzinhos limados.
Uma ementa vasta com o principal objectivo de dar satisfação quer a quem nos visita como aos residentes que se sentam à mesa de qualquer restaurante bem apetrechado para servir as iguarias de sabores divinais, cujos produtos são de qualidade e frescura.
A tarte de amêndoa ou o toucinho-do-céu e outros doces Algarvios, poderão constituir uma deliciosa sobremesa.
Tudo de “fazer crescer àgua na boca”.
A porta está aberta.
O convite aqui fica.

Alfredo Mingau
CONTA SÓ CONTIGO

Por João Brito Sousa


Passear pelos jardins floridos proporciona-mos um agradável contacto com a natureza, que em certas circunstâncias nos prendem. Ás vezes somos capazes de estar horas e horas a contemplar o garrido das flores, o trabalho das abelhas e até a forma como o cão que chegou se posiciona.

Somos muitos mas no fundo somos poucos. Em frente às flores o nosso espírito liberta-se e expande-se, a alma inebria-se e o coração alegra-se. Até parecemos felizes nessa condição de estarmos perante a natureza.

Aparentemente sós.

Mas não estamos verdadeiramente sós porque o que a vista alcança nesse momento transporta-nos para outros mundos que não conhecemos mas gostaríamos de conhecer. Como será o mundo das flores? E o das abelhas? E o do cão que chega e zás...

Aqui não dependemos de ninguém, apenas estamos na dependência da nossa imaginação, se ela nos agradar. Se não houver essa componente do agradar não estamos bem, porque há algo que nos incomoda.

A vida é feita de coisas boas e coisas menos boas. Temos que ser nós a tornar as menos boas em boas se soubermos, claro. Todo o percurso de vida de cada um é um caso particular que temos entre mãos para resolver..

É evidente que fazemos parte de um colectivo, que nem sempre nos traz a felicidade porquanto dependemos dele e assim perdemos a liberdade. E a vida é para se viver livremente.

Ao encontrarmo-nos diante de mulheres ou de homens respectivamente, se a situação gerar dependência, avilta, quer essa dependência tenha a forma de submissão quer de autoridade. Porquê estes homens entre mim e a natureza? Viver no meio dos homens como no vagão de Saint-Etienne a Puy, é difícil.

Sobretudo nunca permitir-se desejar a amizade. Tudo se paga. Conta só contigo, diz Simone Weill.

Será?


jbritosousa@sapo.pt