AS UNIVERSIDADES
Por João Brito Sousa
Nas Universidades, imperou durante muitos anos, desde 1600, pelo menos, o método de ensino “magister dixit”, constando o método na apresentação de um argumento tido como inquestionável ou servindo também, para impor o silêncio aos alunos que questionavam os mestres, Quando um aluno da Universidade questionava alguma teoria de Aristóteles, os professores logo o interrompiam dizendo "Magister Dixit", que significa "O Mestre Disse", e dava fim à questão..
No meu tempo, um método mais ou menos equivalente, consubstanciava-se, num certo sentido, naquela expressão “como é evidente ,,,” utilizada pleos professores que por ali se ficavam nada mais adiantando. O objectivo era idêntico, penso eu que nunca o percebi, seja, calar os alunos, prejudicando-os, porque não se explicava convenientemente as matérias.
Isto, para dizer que, aparentemente, os assuntos não foram, ao tempo, completamente discutidos e apreendidos., o que nos parece ser bem visível nos tempos que correm, ao observar-se a atitude dos nossos políticos, doutores e mestres, que não mostraram saber dar a volta ao texto, em tempo útil, no sentido de se evitar a situação precária em que o País se encontra actualmente.
Verifica-se que todos os dias se discute a mesma coisa na TV sem resultados práticos visíveis.
A pergunta que fica é: porque não foi feita a previsão técnica para que a situação em que o País se encontra fosse evitada. Incompetência ou outro ? … Culpa de quem… das Universidades ? Talvez sim, talvez não.
Ocorre-me citar agora a frase, “sob a nudez forte da verdade o manto diáfano da fantasia” que era o lema, dos escritores portugueses que estiveram no realismo, o movimento literário do fim do século XIX que se opunha ao romantismo e que era composto, entre outros, por Eça, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro Ramalho e outros, que, curiosamente se autointitulavam de “Os Vencidos da Vida”.
Na realidade parece que o movimento vigente ainda é o romantismo. Ainda há cinco minutos, o Engº Sócrates disse, no debate com Passos Coelho, que o País não precisava de ajuda externa.
E agora 78 mil milhões não chegam.?
Como é ? Vencidos da Vida, outra vez, será ?
Ou culpa das Universiades ?
Será assnto interessante para debater ?
Aceitam-se comentários.
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