terça-feira, 21 de junho de 2011

CANTINHO DOS MARAFADOS


E EU, QUEM SOU?
QUEM SOU EU?

Nesta altura da vida já não sei mais quem sou...
Vê só que dilema!!!
Na ficha de qualquer loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando
alugo uma casa sou INQUILINO, nos transportes públicos e em viatura
particular sou PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado (e
lojas também) sou CONSUMIDOR. Nos serviços sociais sou UTENTE.
Para o estado sou CONTRIBUINTE, se vendo algo importado sou
CONTRABANDISTA. Se revendo algo, sou VIGARISTA, se não pago impostos
sou SONEGADOR, se descubro uma maneira de pagar um pouco menos, sou
CORRUPTO. Para votar sou ELEITOR, para os sindicatos sou MASSA
SALARIAL, em viagens TURISTA, na rua caminhando PEDESTRE, se passeio,
sou TRANSEUNTE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE.
Nos jornais viro VÍTIMA, se leio um livro sou LEITOR, se ouço rádio
OUVINTE. A ver um espectáculo sou ESPECTADOR, a ver televisão sou
TELESPECTADOR, no campo de futebol sou ADEPTO. Na Igreja católica, sou
IRMÃO.
E, quando morrer... uns dirão que sou... FINADO, outros... DEFUNTO,
para outros... EXTINTO, para o povão... MAIS UM QUE DEIXOU DE FUMAR...
Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO, os
evangélicos dirão que fui... ARREBATADO...
E o pior de tudo é que, para os governantes sou apenas um IMBECIL !!!
E pensar que um dia quis ser EU.
SIMPLESMENTE...

Enviado por ELE
Colocado por EU



CANTINHO DOS MARAFADOS


Juventude À Rasca. Culpa de quem?

Li que esta pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável.

"Todos pensam em deixar um planeta melhor para os nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"
Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro da própria casa e recebe o exemplo dos seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...


Enviado por A. Mingau
Costeleta dos anos 40

O CLUBE DA MINHA ALDEIA

Depois de um campeonato, cuja primeira volta decorreu bem, a segunda gorou todas as expectativas. Embora com algumas promessas de melhores resultados, os sócios do clube resolveram em Assembleia Geral destituir a equipa. Treinador principal, adjuntos, massagistas e jogadores (principais e suplentes) foram todos despedidos.

Com uma Assembleia concorrida, a maioria presente foi suficiente para tomar aquele medida. Foi estabelecida data para novas eleições, e consequente apresentação de novas equipas.

Formaram-se grupos de sócios para organizar e concorrer ao novo acto eleitoral, com apresentação das suas propostas e novas equipas. Estas posteriormente seriam apresentadas a nova Assembleia a fim dos sócios decidirem e votarem a sua preferida, sobretudo aquela que lhes desse mais garantias de sucesso.

Muitos grupos se formaram, mas somente três tinham expressão e condições para garantir novas contratações que se enquadrassem no programa previamente fornecido pelo Organismo Europeu que tutela esta actividade desportiva.

A campanha decorreu razoavelmente bem, embora os grupos só apresentassem o treinador, mantendo em segredo o restante elenco. Os futuros treinadores do clube explicaram a táctica que iriam utilizar , embora a mesma não tivesse grande surpresa, dada a obrigatoriedade anteriormente referida de cumprimento das regras que o clube tinha subscrito com o Organismo Europeu.

Finalmente no dia aprazado para a realização da Assembleia, os sócios compareceram em razoável número, embora a abstenção verificada seja uma preocupação que o clube terá de tentar solucionar no futuro.

A eleição gerou resultados que não proporcionaram a um grupo sozinho apresentar a sua equipa. Havia que formar uma coligação que obtivesse a maioria necessária. Logo um segundo grupo, muito menos votado, se prontificou a acordar com o primeiro a formação da almejada maioria.

Manteve-se o treinador do grupo mais votado e conforme se soube posteriormente ( extra-Assembleia), a futura equipa foi formada por jogadores de ambos os grupos.

Segundo os periódicos da especialidade – também alguns treinadores de bancada – as qualidades e os defeitos da equipa foi escalpelizada, particularmente o treinador.

Este nunca havia treinado qualquer equipa, mas era novo, bem parecido e podia aprender rapidamente. Alguns jogadores já veteranos e experientes, garantiam confiança, no entanto dois ou três jogadores eram completamente inexperientes, apesar de excelentes teóricos. Destes, destacava-se o avançado centro, adquirido no estrangeiro, aonde durante muito anos leccionou numa academia de renome.

Os sócios admitiram que havia necessidade de conceder o beneficio da dúvida, apoiando e desejando que tudo corra pelo melhor em benefício da colectividade. A equipa tem excelentes teóricos do jogo, uma boa claque e um presidente incondicionalmente apoiante.

Será que se vão manter na primeira divisão e ir às Ligas Europeias? O futuro o dirá!

A acontecer, era uma festa na MINHA ALDEIA.

Nota do autor: Este texto é pura ficção...qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Jorge Tavares
costeleta 1950/56

CANTINHO DOS MARAFADOS

O CACHORRO

Um açougueiro estava em sua loja e ficou surpreso quando um cachorro entrou।
Ele espantou o cachorro, mas logo o cãozinho voltou. Novamente ele tentou espantá-lo, foi quando viu que o animal trazia um bilhete na boca.
Ele pegou o bilhete e leu: - Envie 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor.
Assinado....

Ele olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de cinquenta Reais. Então ele pegou o dinheiro, separou as salsichas e a perna de carneiro,colocou numa embalagem plástica, junto com o troco, e pôs na boca do cachorro.
O açougueiro ficou impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, ele decidiu seguir o animal.
O cachorro desceu a rua, quando chegou ao cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal. Esperou pacientemente com o saco na boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua.
O açougueiro e o cão foram caminhando pela rua, até que o cão parou em uma casa e pôs as compras na calçada. Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta.
Tornou a fazer isso. Ninguém respondeu na casa.
Então, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes. Depois disso, caminhou de volta à porta; foi quando alguém abriu a porta e começou a bater no cachorro.
O açougueiro correu até a pessoa e a impediu, dizendo:
- Por Deus do céu, o que você está fazendo ? Seu cão é um gênio!
A pessoa respondeu:
- Um gênio ? Esta já é a segunda vez na semana que este estúpido ESQUECE a chave !!!

Enviado por Diogo
Colocado por Rogério

VINTE ANOS DEPOIS

Por João Brito Sousa

É o meu Albino que está a chegar da América... ai ... ai ...ai, é o meu Albino, ó meu filho, há tanto tempo meu filho, ó Adília... olha o Albino, ó Irene, ó ti Bento é o meu filho, o meu filho, o meu filho...gritava a velha.
Foi no Verão de 49/ 50, que a velha Teresa Guerreiro apareceu na estrada, lá nas Areias, saindo de casa onde estava encostada à ombreira da porta, para vir abraçar o filho que estava a chegar da América, depois de lá ter estado longo tempo.
Vinha agora à terra.
Antoninho que ia para a escola, ficou assustado ao ouvir toda aquela gritaria, mas veio a compreender, mais tarde, que aquela mãe, tinha dentro de si uma dor à espera de conforto e, gritando e vendo o filho ali à mão, tinha atingido o ponto máximo da razão de ser mãe e também de viver, consubstanciado na chegada do filho, que sempre ansiou. Ou seja, naquele momento, toda ela estava ali disponível e por inteiro para o filho, o seu sangue e o seu corpo, continha em si todo o amor de mãe, que se expressava naquele grito. Digamos que já podia morrer.
O pai, o ti João Guerreiro que andava nas regas na horta, apareceu depois, já os ambientes tinham serenado, mas ainda deu uma chorada, quando se abraçou ao filho, dizendo, lá do alto da sua competência de lavrador bem sucedido na vida e de homem de valor e honra:- “meu filho, um homem também chora”. E chamou de seguida o Ti Manel Bento da adega, para que visse bem quem ali estava... e baixando o tom de voz , disse:
Manuel Bento, meu velho amigo e inimigo também, a tua adega tem condições para receber este homem, o meu filho, agora aqui chegado?... para ficar, ouviste ó Albino .. e dizia-lhe isto de cenho cerrado enquanto o olhava nos olhos, levando nas suas palavras uma mensagem de força e confiança no destino. Agora é aqui meu filho. e tens ai uma fortuna à tua espera, ouviste Albino? E tu ó Manel, o que é que dizes acerca da adega para se tomar lá do teu belo vinho?
O Ti Manuel Bento, que tinha a mania da tropa e de se armar em capitão, logo disse, ok meu comandante de enxada, ao mesmo tempo que dava instruções à Irenezinha, para que fosse dar uma limpeza na casa, pois o primeiro copo tinha de ser na sua adega, como pediu o Ti João e ele fazia questão disso.
- Dá cá um abraço ó Albino, foste daqui um gaiato e vens de lá um homem. Vê lá tu como as coisas são. E as americanas ó Albino, tal é o material. Tanto que eu gostava de ter ido para aquelas terras do dinheiro, mas não pôde ser.
- Pai, ó Pai, era a Irenezinha que vinha dizer que a coisa estava montada, que podiam ir até à adega, que a mãe, a Ti Benta, já tinha a coisa em condições .
E lá foram todos beber do vinho do Manuel Bento, na mesa que Rita Bento, a esposa, preparou para o evento.

(retirado do meu romance NAS MARGENS DA VIDA)

jbritosousa@sapo.pt

A FRASE DO DIA...

“A habilidade em política consiste em dizer o que vai acontecer. E, de seguida, a habilidade de explicar porque é que tal não aconteceu...”

A frase é cínica, mas é de alguém que merece ser ouvido e, aliás, tem muitos admiradores:Wintson Churchill.

(retirado do DN de hoje)

Jorge Tavares
costeleta 1950/56