Olá Costeletas,
Um pequeno texto, embora pouco “sumarento”,
mas servirá de “ponta pé de saída”
Jorge tavares
Escola
Tomás Cabreira
Escola
Serpa Pinto
Escola
Comercial e Industrial de Faro
Escola
Tomás Cabreira
São
muitos os costeletas que tiveram a oportunidade e felicidade, de frequentarem
por ordem descendente, as primeiras três “Escolas” desta relação, que
serve de titulo ao texto.
Feitos
os exames da quarta-classe e de admissão, na Escola Primária de São Luís,
recentemente inaugurada, tinha de tomar uma decisão: Matricular-me no Liceu
João de Deus, ou na Escola Serpa Pinto. Não sei se por influência da família,
pelos amigos ou decisão vocacional, optei pela Escola Serpa Pinto.
Feita
a matricula, e porque a Escola tinha iniciado obras de remodelação, fazíamos a
entrada pela escada de madeira montada no lateral sul, virada para a
Horta do Ferragial. As aulas teóricas e as oficinas de carpintaria e
serralharia, funcionavam na metade do edifício, contíguo à Alameda.
Terminados
os dois primeiros anos do curso comercial ou industrial, feitos na Escola Serpa
Pinto, os restantes seriam frequentados na Escola Tomás Cabreira, situada
na Rua do Município (vila a dentro) e no largo da Sé, diferenciando desta
maneira as disciplinas do Comercial e do Industrial (este denominado por
“malta da ferrugem”).
No
mês estabelecido para as matrículas, desloquei-me à Escola Tomás Cabreira, na
Rua do Município, para a frequência do terceiro, quarto e quinto ano.
Jovem
caloiro, deparei-me com o “colega” adulto sentado numa secretária, que me
perguntou o que pretendia.
Respondi-lhe
prontamente que era um “candicato” a matricular-me no terceiro ano. Juntaram-se
mais uns quantos “colegas” adultos e foi uma paródia do género: Então o menino
é um “candicato”...o que é isso perguntavam?
Foi
este o meu primeiro encontro com o Franklin, cuja amizade se cimentou ao longo
de décadas. Com ele aprendi muitíssimas coisas da vida, e também que eu não era
um “candicato” mas um “candidato”.
Quantas
vezes parodiámos esta situação...e apesar de separados não deixámos de o fazer.
Apesar
de matriculado naquela Escola, o início do ano lectivo ocorreu na parte do
edifício já remodelado e denominado Escola Comercial e Industrial de Faro.
Nota
do autor: Realço um pormenor que embora irrelevante é significativo.
Portugal nunca foi um país com grandes características industriais. Até na
denominação da Escola, a Indústria foi subalternizada.