segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

CRÓNICA DE FARO




J-Leal-net“Mas as crianças senhor…?”


Vem do fundo do coração, do mais íntimo da alma das profundezas desta sensibilidade intrínseca pelos mais humildes, os mais desamparados, os mais pobres, os mais sem tudo o que se refere aos iniludíveis direitos a que os têm dada a sua natureza humana e a sua grandeza divina porque “criados à semelhança do mesmo Pai que está nos Céus”.
Vem este prólogo a propósito dos bárbaro, vis e nefando actos praticados na Baixa Farense, na Rua de Santos António e D. Francisco Gomes e artérias confluentes; Vasco da Gama, Ivens, Marina, Tenente Valadim, Terreiro do Bispo, etc., que apresentavam e, felizmente apresentam, por que a recuperação aconteceu, o mais belo efeito natalício realizado por aquelas crianças, cujo irmão – gémeo motiva a Festa Grande, o Natal do Deus Menino.
Durante meses e meses, desde praticamente o início do ano escolar milhares de crianças das escolas básicas do concelho de Faro prepararam decorativamente com mensagens natalícias 170 estilizadas árvores para serem colocadas na Baixa Farense dando-lhe um ar festivo.
Conhecida a dificuldade financeira da autarquia em que prover às tradições e coloridas iluminações recorreu-se, inteligentemente a esta iniciativa na união viva ESCOLA/COMUNIDADE e vai daí cada escola de todos os meios urbanos e rurais, com a nunca desmentida colaboração, empenha e criatividade dos seus professores, criaram as suas 170 (cento e setenta, atente-se neste número magnificente! Bem hajam e obrigado pelo vosso exemplo e lição que a todos adultos farenses nos souberam dar, como lição maior de um natal que importa seja cada vez mais Natal!
Vai daí na vivência significativa e esplendorosa deste cenário natalício feito pela crianças como se o Bom Jesus saísse da manjedoura de Belém e viesse às ruas praças farenses para nos unir num amplexo solidário um grupo de energúmenos (as) e deslocados da vivência social destruiram aquilo que mãos infantis com amor, dedicação, arte, engenho, espírito fraterno e solidário haviam sonhado e construído com aquele amor e aquela graça que só as crianças o sabem fazer, Foram 30 as árvores mutiladas num verdadeiro atentado a este natal farense. E nós interrogamo-nos perplexos; “Mas as crianças, Senhor…?”
João Leal