segunda-feira, 20 de julho de 2015

CIÊNCIA


O HOMEM O MAIS VELHO DO QUE PENSÁVAMOS?
OU A TERRA ESCONDE MISTÉRIOS?

Até aqui toda a investigação disponível indicava que o antepassado comum mais próximo de toda a espécie humana como atualmente a conhecemos, teria surgido há 2,5 milhões em África. Este longínquo ascendente distinguia-se de todos as precedentes espécies pela maior dimensão do crânio.
Num artigo publicado na revista “Nature”, uma conceituada publicação científica, um grupo de 22 arqueólgos relata os achados feitos no campo arqueológico de Lomekwi, no Quénia, questionando assim toda a datação tida como certa sobre a história da evolução humana.
Os arqueólogos encontraram 150 artefactos de pedra fabricados há 3,3 milhões de anos. Ou seja, aqueles objetos surgiram 700 mil anos antes da altura que em julgávamos ter começado a evolução que haveria de dar origem ao ‘homo sapiens’, que apareceu há 200 mil anos. Acresce que as ditas ferramentas foram encontradas num local onde não estavam fósseis, o que dificulta ainda mais a identificação do tipo de antepassado do homem que as terá fabricado.
Sabe-se apenas que por aquela região andaria o ‘Kenyanthropus’, uma estranha mistura do ‘Australopithecus’ com o género que viria a ser o ‘pai’ do homem moderno.
A história que os 150 artefactos achados neste campo arqueológico do Quénia contam pode mudar para sempre a data de ‘nascimento’ que estava inscrita no bilhete de identidade da humanidade. O artigo publicado na ‘Nature’ abriu o debate sobre a época em que realmente surgiu o primeiro ‘homo’ com caraterísticas mais próximas das que hoje temos. Mesmo que não abra a porta ao sonho dos que gostariam de acreditar que temos um ancestral antepassado vindo de outra galáxia, a ‘Nature’ abre outra perspetiva.
Um dos artefactos encontrados
IN JORNAL DO ALGARVE

CRÓNICA DE FARO


Uma lição a tirar…
Constituiu um assinalado e reconhecido êxito a realização da primeira edição do “Faro Beer Festival” (Festival da Cerveja de Faro), dedicado é, agora em crescente consumo e notório fabrico, da cerveja artesanal.
Durante os três dias, em que o mesmo ocorreu, foram muitos os milhares de visitantes que marcaram animada presença, nesse sempre aprazível recinto, se bem que nem sempre a merecer o cuidado e interesse que lhe são devidos e que é a Alameda João de Deus.
Duas ilações desde logo se tiram desta feliz e oportuna iniciativa: a conveniente programação de uma nova edição do “Faro Beer Festival”, no próximo ano e de quanto importa, a bem da capital algarvia, a continuada utilização do, oficialmente designado por “Campo de Flores”, que em homenagem ao poeta e pedagogo messinense, foi dado ao verdejante e arborizado jardim.
Vem dos anos 50 e 60 do século passado a lembrança da realização na Alameda, de modo próprio nos Santos Populares e prosseguindo na época estival, de festas de cunho verdadeiramente popular, que iam desse sucesso único que eram as Marchas Joaninas, o Festival da Canção de Faro, o Concurso – Exposição de Cães, os saraus de ginástica (lembram-se da classe do Náutico do Guadiana, sob a direcção do saudoso Mestre Ilídio Setúbal?) e todo um vasto conjunto de um valioso e variado programa, complementado pelas exposições de arte nos caramachões, pela atratividade gastronómica com múltiplos locais de “comes e bebes”, dos participados bailes abrilhantados com a presença de afamados artistas e conjuntos musicais que na época faziam êxito (os farenses Império e Night and Day, a tavirense Balsínea, bejense Pax Júlia, o olhanense Os Pancas, etc.), o folclore com a imprescíndivel octogenário Grupo Folclórico de Faro, então dirigido pelo lembrado folclorista Henrique Bernardo Ramos e artistas e renome nacional e internacional.
Dispondo de todas as infraestruturas orgânicas e funcionais este sempre aprazível jardim de Faro tem que abrir à noite para receber acontecimentos de excelência e de provado êxito como agora aconteceu com o “Festival da Cerveja Artesanal”.

João Leal