segunda-feira, 5 de outubro de 2015

ANIVERSÁRIOS SÓCIOS COSTELETAS


FAZEM ANOS
OUTUBRO

05 - Manuel Madeira Guerreiro; Vitor Manuel Carlos dos Santos. 06 - Irene Dinorah Coelho Lopes; Fernando Guerreiro Farias. 08 - Clarisse Maria Cabrita; Zélia Maria Cristino Cabrita; José Gonçalves Charneca Júnior; Maria Eduarda Aleixo Mrtins Vargues. 10 - Manuel Francisco Sousa Belchior. 11 - José Correia Xavier Basto; Joaquim Eduardo Gonçalves Teixeira. 12 - Maria da Paz Lopes Santos. 13 - José Manuel d'Assunção Brucho. 15 - Maria de Lourdes Pinto Machado Matos. 16 - Elza Maria Encarnação Soares Horta; Francisco Xavier da Silva St. Aubyn; Florentina Rosa Santos de Brito. 17 – Luciano Augusto Ventura. 18 - João Maximiano Portada Faustino. 22 - Rogério Sousa Coelho. 26 - Jacinta Rosa Cançado Coelho Ramos (Mimi); Maria Graciete C. Sebarrinha. 27 - Daniel Manuel Guerreiro Mendonça; Maria Fernanda Guerreiro Mariano Silva; Eduardo Pedro Soares. 28 –Maria Clotilde Conceição Claro. 29 - Gisela Conceição Maria Marques.. 30 - José Feliciano Sousa Matias. 

PARABÉNS A TODOS, COM MUITA SAÚDE!

Colocado por Roger.

NAQUELE TEMPO



EPISÓDIO PASSADO COM O SIDÓNIO  (ARTISTA)

Sidónio Almeida

Auto retrato

  Foi há muito, há muito tempo, foi precisamente em plena 2ª Guerra Mundial (1941) que eu e muitos mais colegas frequentava-mos a Escola Comercial e Industrial Tomaz Cabreira.
Eramos ingénuos, eu tinha cerca de 11/12 anos e os colegas uns, pouco menos e outros um pouco mais, de idade.
  Eu escolhi a secção de carpintaria, havia poucos em carpintaria, eram quase todos serralheiros! Na oficina de carpintaria pontuava o Mestre Vieira e o Mestre Guerreiro com a sua figura alta e esguia, companheiro da Mestra D. Maria dos lavores das raparigas.
 O pátio da Escola estava quase sempre cheio de colegas que circulavam de um lado para o outro, especialmente no intervalo das aulas, para cavaquearem um pouco entre colegas e logo de seguida quando soava a campainha, toca a dirigirem-se para as aulas, trocando de salas evidentemente.
 Ora um certo dia na minha aula prática de carpintaria, estavam alguns alunos, eu próprio, o Mário Rodrigues, o Farrobinha, o Arrais, o Matias e ainda outro que não me lembro e os Mestres naturalmente… quando de repente entra na oficina, inesperadamente o nosso amigo Sidónio (o artista) com um grande cepo de oliveira na mão e a gritar com aquela voz “fanhosa, de barítono mal afinado” a dizer: Está aqui, está aqui…vou fazer o “Magaref”, o Magaref, mas qual Magaref? (É que o Sidónio estava matriculado, mas só ia as aulas quando lhe apetecia, e o interesse dele era simplesmente o das artes).
  Na oficina começou logo a trabalhar o tronco de oliveira para fazer certamente algum BUSTO, ou coisa semelhante, (nunca cheguei concretamente a saber o que queria fazer).
  O que é certo é que o amigo Sidónio na aula prática seguinte faltou e foi faltando e o “Magaref” nunca mais se fez e o amigo Sidónio desapareceu, porque eu não me lembra de tê-lo visto novamente dentro da oficina ou na Escola.
  Encontrava-o por vezes cá fora, quase sempre na Rua de Sto. António conversando com os amigos.
  Perguntava-lhe, então o Magaref, dizia-me, que qualquer dia iria fazer o trabalho, mas o que é certo é que não me lembro de ter voltado, pelo menos à oficina.
  Era assim, descontraído e indiferente aos acontecimentos, apenas lhe interessando as artes; o nosso amigo e saudoso SIDÓNIO.
  É  um pequeno episódio  passado com o Sidónio, mas que eu recordo com saudade.
                                                                       Wenceslau Pinto

Gorjões,  2015