terça-feira, 2 de maio de 2017

TEATRO LETTHES - FARO



SÁB. 6 MAIO - 21H30
DURAÇÂO: 80 m - M/6
BILHETES: € 10 (<30:>65 - €7,5)


Recital de câmara composto por uma antologia de vinte canções, por onde perpassam lendas, gestas e cenas do quotidiano: histórias verídicas, ou criadas pela imaginação popular, que atravessaram os séculos na tradição· oral e, ainda hoje, mantêm o carácter de proveito e de exemplo, que lhes conferem mesmo a universalidade comum a todos os Clássicos. Da recuperação de temas desde o período medieval, séc. XII até ao séc. XIX, este, projecto traduz-se por uma viagem pela história da música popular e tradicional portuguesa.

É um trabalho, com adaptações do musicólogo e guitarrista João Pimentel Carreiro sobre recolhas suas e de Francisco Naia.

AUTOR/INTERPRETAÇÃO: Francisco Naia (Tenor)
ARRANJOS/VIOLAS DE ARAME E SUA DEDILHAÇÃO: Ricardo Fonseca
PROMOTOR: ACTA

TEATRO LETTHES - FARO

FADO
César Matoso
SEX. 5 MAIO ~21H30
DURAÇÃ0: 80 MIN. M/6
BILHETES: € 10 (<30>65 - €7,5)

César Matoso

César Matoso apresenta Saudade Singular. No seguimento do seu novo trabalho discográfico, que tem na sua maioria poemas originais feitos por alguns poetas convidados e por si mesmo, e algumas homenagens.
Em palco o público vai poder conhecer este novo trabalho com as motivações do intérprete, que para se juntar a si convidou uma das vozes mais reconhecidas no Algarve e também umas das grandes revelações da · nova geração de instrumentistas.

VOZ: César Matoso - CONVIDADOS: Ana Marques, Ricardo Martins - PROMOTOR César Matoso

INFORMAÇÃO / RECTIFICAÇÂO


JORNAL "o COSTELETA" Nº 130

Este nº do nosso Jornal foi hoje recebido em vossas casas.

Detectámos algumas "gralhas" efectuadas
na gravação/impressão de que lamentamos.

Rectificaremos e publicaremos aqui no Blogue os dois artigos corrigidos, com chamada de atenção para os seus autores.

A Direcção


Para o autor dos dois artigos em referência, aqui fica a rectificação das "gralhas", a vermelho, como deveria ter sido impresso e publicado no Jornal "o Costeleta" nº 130:

                   EDITORIAL
                           
                                Manuel Inocêncio da Costa
RECORDANDO
Eles desceram de todos os lugares, da Serra algarvia, do barrocal, de todos os lados deste lindo Algarve, à beira mar plantado, vieram de Silves, de Albufeira, muitos de Olhão, dos arredores de Faro, e toda a Província. Pareciam alcateias de pequenos lobos, que procuravam o rebanho de ovelhas. Neste caso, eles, os Costeletas, procuravam a Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira. Procuravam a instrução, os conhecimentos, que lhes permitiriam enfrentar a vida ativa, com maior sucesso.
Inscreveram-se na Escola, uns na indústria, outros no comércio. Tiraram os seus cursos. Alguns ainda transitaram para os Institutos Comerciais ou Industriais, foram para a Universidade, obtiveram licenciaturas. Depois espalharam-se pelo país. Foram para os bancos, para as Empresas, para a função pública. Foram professores, bancários, administrativos, militares, mestres, etc., etc. Outros criaram as suas próprias Empresas.
Pode dizer-se eles deram um grande empurrão para o progresso do país, com o seu labor, a sua competência, a sua vontade de servir e vencer; outros cortaram as amarras, que os prendiam à Pátria, e, foram para a Austrália, para os Estados Unidos, para a França, para o Brasil e para outros países espalhados por todo o planeta. A alguns perdemos-lhes completamente o rasto. Foram e nunca mais voltaram. Fizeram lá as suas vidas. De outros, quando sabemos, damos conhecimento á Família Costeleta. E, quando algum desses emigrantes aparece num dos nossos convívios, que alegria! Que fez, que não fez, por onde andou. É um pôr, numa pequena síntese, a escrita em dia. Há tanto que falar! E aquele abraço afetuoso, como que a vinda dum irmão, que há anos se não via, nem do qual tínhamos notícias, ou tínhamos muito poucas.
Neste momento pouso os meus olhos numa caderneta da Escola; refere-se ao segundo ano, quinta turma, que frequentei, nesse ano letivo de 1 951/52. Fixo os retratos jovens e felizes de rapazes e raparigas que compunham a turma. É uma saudade! Refiro apenas alguns: é o Amabélio, o Sérgio Pereira, o Alfredo campos, o Ezequiel Bexiga, o Casimiro de Brito, o José Manuel Serôdio, o Manuel Pedro Paulo, a Maria Ivone do Rosário, a Letícia Santos, a Maria Alzira de Sousa, a Maria Clara Vieira, e muitos outros.
É claro, que alguns terão partido para muito longe...
Mas os que ainda estão nesta e noutras paragens, por onde andarão eles, que será feito deles? o

PUBLICADO NA PÁGINA 1 DO JORNAL

       ALENTEJO
                                       Manuel Inocêncio da Costa

    No Algarve são as laranjeiras, as amendoeiras e alfarrobeiras; são praias lindíssimas de areia branca; é o mar e a Ria Formosa; é um turismo cheio de gente, dos quatro cantos do mundo.
    A Norte, temos o Alentejo. Região enorme em termos de País, englobando vários distritos, tudo com uma área de mais dum terço de Portugal Continental.
    É o Alentejo das grandes planícies, ainda de alguns latifúndios, das estreitas estradas, formando grandes retas, de extensos montados de sobro - de onde se extrai cortiça, de que somos o primeiro produtor mundial - e, de azinheiras; é uma região de grande luminosidade, com grande história. Por estas paragens, desde o tempo de formação da nacionalidade, em correrias e batalhando os mouros andaram homens valentes, como Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, fronteiro-mor do Alentejo, grande combatente, e, um dos maiores amigos de Afonso Henriques, o Condestável Nuno Álvares Pereira e o destemido Geraldo Sem Pavor, o heroico conquistador de Évora. Em tempos, não muito recuados foi o celeiro de Portugal. Hoje, ainda há campos de trigo, mas são as vinhas - de onde se fazem dos melhores vinhos do mundo -, e os olivais, que dão presentemente um outro colorido e valor à região. Acrescem os muitos rebanhos de ovinos.
    Mas o Alentejo não é só agricultura. Há zonas onde há indústrias de relevo. E, devido ao elevado número de horas de sol, estão a ser implantadas, em vários lugares, grandes centrais de energia solar. Também o porto de água profundas de Sines - o maior porto artificial de Portugal -, é uma obra de grande relevância, através do qual o país é abastecido energéticamente, de gás natural, carvão, petróleo e derivados. É evidente, porém, que não temos a pretensão, de neste singelo editorial, conseguir retratar esta extensa região, na sua multiplicidade.
    Faremos apenas uma breve referência a duas cidades e a uma vila, nas quais encontramos um encanto especial.
    Falamos de Évora, região rica duma história milenar, com o seu templo romano, conhecido por templo de Diana, da sua grandiosa catedral gótica e dos arredores megalíticos, com o Anta da Zambujeira e o cromeleque dos almendres. Évora, que várias vezes foi capital do reino e onde residiam vários reis.
    Falamos também de Estremoz - a cidade branca -, onde as ruas são pavimentadas a mármore (aliás os seus mármores brancos e rosados, muito puros, são conhecidos e exportados para todo o mundo), do seu Rossio enorme, no coração da cidade, onde têm lugar feiras e mercados; do seu Paço Real - uma das residências prediletas Rosinha Santa -; do lago do Gadanha, com a estátua do Tempo ou do Neptuno, encostada a uma foice, a quem chamam o Gadanha; do castelo, onde se encontra uma das torres de menagem, das mais majestosas e bem conservadas do País.
    Sobre a vila de Marvão dir-se-á apenas: para lá de Marvão está a Espanha; vila medieval, muito bem conservada metida dentro das muralhas; Marvão é um autêntico ninho de águias, alcantilado a perto de 900 metros de altitude; a sede do concelho não terá mais de 500 habitantes, o ar é de grande pureza, no cimo da vila, daí se avistando um grandioso panorama, e dezenas de quilómetros Espanha adentro.o

PUBLICADO NA PÁGINA 3 DO JORNAL

Os nossos cumprimentos ao Autor dos Artigos em causa,
Roger




CRÓNICA DE FARO


 Foi há 70 anos…

OPINIÃO | JOÃO LEAL

Foi há 70 anos, que se completam nos próximos dias 4 e 5 de Outubro, que o Corpo Nacional de Escutismo – CNE (Escutismo Católico Português) se implantou, oficialmente, na região algarvia, com a velada de armas e promessas dos elementos fundadores deste movimento de educação da juventude surgido em Portugal em 1923 por iniciativa de D. Manuel Vieira, arcebispo primaz da arquidiocese de Braga.Trata-se de uma data histórica para o movimento criado por sir Baden Powell of Gilwell, o genial general inglês e que teve a sua primeira presença entre nós em 1911 com a fundação da AEP (Associação dos Escoteiros de Portugal).O CNE surgiu pela vontade determinada desse apóstolo da juventude que foi o sempre lembrado cónego José Augusto Vieira Falé, um distinto sacerdote natural de Lagos, famoso orador sacro e assumido professor das Escolas Técnico Elementar Serpa Pinto e da Escola Industrial e Comercial Tomás Cabreira e que em 1947 era Capelão da Santa Casa da Misericórdia de Faro.“Contra ventos e marés”, algumas surgidas no âmbito da própria Igreja Católica, o cónego Vieira Falé, que faleceu como Prior da Freguesia de Olhão, levou por diante o seu propósito concretizado na fundação do Grupo 157 – Nuno Álvares Pereira, que incluia, para os mais novos (lobitos), a Alcateia São Luís de Gonzaga e como sede as instalações, então, propriedade da diocese, sitas na Rua do Município onde hoje funciona a PJ (Polícia Judiciária).Recordamos de então, pedindo desculpa por qualquer omissão sur-gida, os Chefes Gama Pinto, (com funções regionais), António Jacinto, João Mateus, Mário Pereira, Manuel Passos, António Nicolau e muitos outros, a que se juntariam mais tarde as chefes Rosa, Helena e Isabel, bem como uma plêiade de lobitos (entre os quais este cronista que foi guia do Bando Castanho), exploradores (juniores) e caminheiros (seniores). O templo religioso era a Igreja da Misericórdia, onde na noite de 4 de Outubro de 1947 teve lugar, com toda a dignidade e simbolismo, a “Velada de Armas”, a que assistiu o chefe Gonçalves Rodrigues, responsável nacional pela expansão do CNE.Depois de Faro surgiram os grupos de Portimão e Tavira e hoje temos muitos, dinâmicos e vivos grupos de escutas, como o demonstrou a recente celebração da capital sulina do “Dia do Fundador”, com quase dois mil elementos desta “escola alegre do dever”.Quase setenta anos decorridos sugerimos à Junta Regional do CNE a plena conveniência nesta, felizmente, fase de vivência do escutismo católico na Diocese do Algarve, de uma comemoração desta efeméride.
João Leal