sexta-feira, 30 de agosto de 2019



COSTELETAS CUJA LEMBRANÇA É UMA SAUDADE

PARTIU O PROFESSOR AMÉRICO, COSTELETA Nº 1 E GRANDE AMIGO E EDUCADOR DE TODOS NÓS

Quando nos alvores daquela manhã soalheira de gosto o dedicado costeleta José Félix nos telefonou de Lisboa e onde é um dos esteiros da nossa Associação e dileto amigo do saudoso extinto, dando conta da sua partida para a Eternidade, um simples de saudade; de mágoa e de infelicidade nos inundou. O Professor Américo José Nunes da Costa, para todos nós o Professor Américo que surgiu um jovem pleutórico, pleno de energia, de vontade pedagógica e de sonhos, naquele Outubro de 1947 que desde aquele ano surgira como um mestre e um amigo, porque o era de toda a malta da Serpa Pinto e depois da Tomás Cabreira.
Simples como um companheiro que sempre o foi, solidário como sempre na vida se soube haver, cheio daquela vitalidade que nos empurrava voluntariamente para o novo «hóquei palmadinhas» e quejandos e com uma fraternidade natural e congénita que era um abraço permanente em momento difícil o Professor Américo era bem querido e estimado, também, pela sociedade farense destes anos 50 que o acolhia de braços abertos, de modo próprio, quando ao fim da tarde, se extasiava ali por esse recordado centro cívico farense que era a Barbearia do João Veríssimo (um dos maiores amadoreteatrais que Faro houve).
Subiu, por mérito próprio, na hierarquia profissional, onde se guindaria em Lisboa a elevadas funções, se nunca se envaidecer das mesmas, mas apenas como mais uma missão a cumprir.
Era vê-lo, a transbordar de felicidade. Quando reencontrava os «seus meninos» ou dê-los tinha informes, vibrando ao rubro com os seus êxitos e dando-nos o ombro amigo para a ressaca quando o infortúnio acontecia.


De tal tivemos um inequívoco testemunho por parte de seus saudosos e dedicados filhos ao colocarem ao dispor da sua e nossa Associação dos Costeletas (antigos alunos das Escola Pedro Nunes, Tomás Cabreira, Serpa Pinto e Industrial e Comercial de Faro) o espólio referente aos anos e ligações que com esta cidade de Santa maria de Faro tivera. Um monumento autêntico na recordação e na lembrança para quem nunca se deve nem esquecer do sempre lembrado PROFESSOR AMÉR1CO!

JOÁO LEAL




COSTELETAS CUJA LEMBRANÇA É UMA SAUDADE
O SENHOR VICTOR E A MENINA LIBÂNIA
Foram alguns, de entre os muitos «senhores contínuos» que, felizmente tivemos, que nos distinguiram com a sua amizade e os seus cuidados. Este casal, o Sr. Victor e a Menina Libânia (naqueles tempos estes senhores hoje classificadas profissionalmente como auxiliares de educação) aturaram-nos quer na extinta Escola Serpa Pinto, como na Escola Tomás Cabreira, nas atuais dependências e, também, na Rua do Município / Largo da Sé.
Moravam no Largo de São Pedro, paredes meias com a Igreja Paroquial, numa casa cuja entrada era um estabelecimento de barbearia, Não tiveram filhos mas foram os assumidos pais de uma sobrinha que, anos volvidos, viria a ocupar idênticas funções na nossa Escola. Enquanto a Menina Libânia era mais solícita e afetuosa seu esposo assumia-se com um ar mais reverente, mas ambos conquistaram gerais e a amizade de professores, alunos e colegas.
              Importa referir e quantos não «passaram pelas suas mãos» que o sr. Victor (surgia sempre nos programas das récitas escolares ou das sociedades recreativas como Caracterização - Victor Tavares) era um dos poucos, senão o único, que exercia este mister em Faro. Com a sua malinha onde abundavam os cremes, tintas, pó de arroz e outros artefactos, transformava, num ápice um jovem num idoso ou uma das nossas colegas numa respeitável senhora.
Recordar hoje este casal é homenagear as memórias de quantos nos aturaram.

JOÃO LEAL