domingo, 9 de agosto de 2020

CRÓNICA DE FARO - JOÃO LEAL

FARO, O PRIMEIRO DA EUROPA

«Plano Estratégico para a Cultura» levou a uma posição de pio­neirismo para o concelho de Faro já que é o primeiro município da Europa a desenvolver tal documento, que o é totalmente comprometido com o al­cance do ODS (Objectivos do Desenvolvimento Sustentável) definidos na Agenda 2030 pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Este estudo representa e actualiza o compromisso da «Conven­ção Quadro do Conselho da Europa relativo ao valor do Património Cultu­ral para a Sociedade», assinado na capital algarvia no ano de 2005 e, por via de tal, também conhecido por «Carta de Faro».

Foi em menos de um ano que este Plano foi concluído já que os trabalhos de elaboração se iniciaram em Outubro de 2019 e tem, por base, como os indicadores temáticos que visam auxiliar as cidades a aferir o con­tributo local da cultura para os Objectivos do Desenvolvimento Sustentá­vel e que são, os «cinco pês»: pessoas, planeta, prosperidade, paz e parcerias».
Quatro são as dimensões temáticas apontadas pelo Município neste «Plano Estratégico para a Cultura de Faro»: Ambiente e Resiliência (ordenamento sustentável do território, qualidade do ambiente urbano e respostas em termos de mobilidade e equilíbrios ecológicos); Prosperidade e Meios de Vida (PIB, emprego, novos negócios, aposta na inovação e cru­zamento entre turismo e cultura); Competências Criativas (construção do conhecimento) e Participação Cultural e Inclusão e Participação Cultural dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (reforço da inclusão social e da coesão).
Uma decisiva aposta com que o Município de Faro encara a Cul­tura, face á sua candidatura para «Cidade Europeia Capital da Cultura 2027», como «motor de desenvolvimento e inovação para um futuro mais sustentável e inclusivo no Concelho e na Região».
JOÃO LEAL


A agricultura e fruticultura
que temos no século XXI

O País está em mudança, penso eu, em termos agrícolas.

O meu Algarve, já não está como à setenta anos. Pois, durante as décadas de 40/50, os seus campos produziam produtos agrícolas tais como: batatas doces, batatas redondas, feijão verde, feijão maduro, abóboras, frades, favas, melões, melancias, plantações de tomate ao ar livre, algumas frutas como laranjas, tangerinas tangeras, luzerna, entre outras isto, na zona de regadio e, na zona chamada de sequeiro tínhamos as Figueiras, as amendoeiras e, as alfarrobeiras
Todos estes produtos abasteciam os mercados da região como os grandes mercados na região centro e, alguns no norte.
Hoje, ainda podemos ver alguns destes produtos mas, a sua alteração começou com as culturas em estufas onde se produzem algumas frutas e deu-se a evolução de plantações de citrinos, onde existe uma grande variedade em relação à época de 40/50 assim, como a exploração de enormes áreas de pêra abacate.
Isto, penso que é a actual realidade do meu Algarve.
Falando de outra região que é o Alentejo, também, verifico uma grande diferença nos seus campos.
Neste momento, existem grandes áreas com um grande desenvolvimento na plantação de olivais e vinha que vai alterando a sua paisagem.
Ainda esta semana, verifiquei que, numa extensão entre a Vendinha e Mantoito onde existiam campos com algumas vacarias e terrenos onde se produziam campos de milho e cereais, hoje, são grandes olivais que se perdem de vista.
Estou de acordo com todas estas transformações mas, será que com todas as mudanças no campo agrícola o capital empregue será todo Português ou existe algum capital vindo do Estrangeiro?


Florêncio Vargues