quarta-feira, 26 de agosto de 2020

MAIS UMA COSTELETA QUE PARTIU

MARIA MANUELA DIAS JESUS SIMÃO
Partiu

Ao Costeleta viúvo, Hernani Manuel Adro Simão e a todos os seus amigos, a Direcção da Associação dos Antigos Alunos da Escola tomás Cabreira, apresenta sentidas condolências.

DESCANSA EM PAZ MANUELA

CP DO ALGARVE

ESTAÇÃO CP DE V. R. S. ANTÒNIO

Vila Real de Santo António e Lagos deviam voltar a ter comboios directos


   A electrificação da linha do Algarve vai permitir o regresso dos comboios de longo curso (Alfa Pendular e Intercidades) a Lagos e Vila Real de Santo António, cidades arredadas da ligação directa a Lisboa há 16 anos. A decisão final vai depender do interesse comercial da CP, cujo presidente manifesta interesse em reactivar a ligação ao Sotavento, pelo menos.
   No Algarve, neste momento há a sensação de que o comboio não entra nas contas da mobilidade. “A região não valoriza o seu caminho-de-ferro. As elites nem se dão conta que ele existe e desprezam-no como modo de transporte”, critica o antigo responsável pela Refer na região, José Caramelo, elemento do Mais Ferrovia, movimento cívico que luta para que “não se perca a oportunidade” para adoptar o comboio ligeiro (tipo metro de superfície) como principal meio de mobilidade.
   O traçado da linha do Algarve, do ponto de vista da mobilidade, poderia ser considerado uma mais-valia. Passa por dentro das cidades e corre junto à ria Formosa – mas está distante da preferência dos utentes. O que faz falta, defende o especialista em ferrovia, é criar mais pontos de paragem e multiplicar a frequência. “O aumento da oferta gera o potencial da procura”, afirma, sublinhando: “Não se entende que uma cidade como Olhão seja servida por um único local de paragem, e as populações tenham de percorrer vários quilómetros para apanhar o comboio”.
     Dos programas de investimentos previstos ou a realizar, verifica-se que vem de longe este “ignorar, se não desprezar” do serviço do transporte ferroviário. As revindicações dos autarcas junto do poder central, dirigem-se prioritariamente para rodovia. Quando um pouco por todo o lado renasce a consciência para o modo ferroviário, diz José Caramelo, “esperava-se que tal espírito tivesse eco no Algarve”. Não acontece, e predomina a indiferença.
ESTAÇÃO CP DE LAGOS

NOTA DA REDAÇÃO: Um empresário Inglês, com residência no Dubai, comprou a antiga estação ferroviária desactivada de Lagos, no Algarve. A estrutura, avaliada em mais de meio milhão de euros, foi vendida por um valor não divulgado. O comprador pretende realizar as obras de reconversão do espaço para um café e galeria de arte, no verão deste ano.

Um arranjo digitalizado de Roger