quarta-feira, 7 de outubro de 2020

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

 

      «NEM UM CENTAVO DO ERÁRIO PÚBLICO...»

      Fundada em 1996, nesta cidade onde está sediada (Atalaia, Rua Raúl de Matos), a AEDMADA (Associação para o Estudo da Diabete Mellitus e de Apoio ao Diabético do Algarve) tem desenvolvido ao longo deste quase quarto de século uma meritória acção, que se extravasa da terra capital sulina a toda a Região Meridional. 

        Uma obra de empenho, dedicação e idealismo, que se estende desde o seu iniciador, essa destacada figura da diabetologia portuguesa, que é o médico Dr. Eurico Gomes a quantos ali oferecem os seus préstimos ou estão ligados à instituição. 

       Perante um quadro clínico em que, desde há muito, a terrível enfermidade assume cunho de verdadeira pandemia, a que o Algarve não é alheio, a AEDMADA, pouco ou nada tem beneficiado das verbas públicas, isto do dinheiro com que todos nós contribuímos para os cofres do Estado, sem que nada daí tinha recebido.

       Ainda em recente Assembleia Geral da Instituição o «Relatório e Contas do Exercício de 2019» escreve: «Não podemos deixar de referir que continuamos a «sobreviver» sem um único cêntimo do erário público e, inclusive, o protocolo que desde 23/11/2005 (pasme-se, escrevemos nós, há 15 anos!) esperamos «acertar com a ARS Algarve continua sem concretização.

         Década e meia que a justa pretensão da AEDMDA espera um gesto de compreensão e colaboração. E tudo isto acontece quando os próprios Serviços de Diabetologia, não obstante toda a boa vontade evidenciada, reconhecem que não têm capacidade para responder aos desafios da presente situação.