domingo, 17 de outubro de 2021

POEMA DE MANUEL INOCÊNCIO

 

REALISMO E UTOPIA

 

Anda tudo muito agitado neste nosso rincão;

Sopram fortes ventos, caem raios, crepitam tempestades

Todos gritam, apostrofam, ninguém dá a mão,

Afinal que se passa nesta nossa formosa terra?

Que trás os íncolas à beira desta grande guerra?

 

Todos contra todos, barafusta todo o mundo,

Os dirigentes amanham-se – não gerem a coisa a fundo,

Os indivíduos falam muito e fazem pouco;

Todo o mundo parece que anda louco!

 

O capital é mau se for dos outros, se for meu é bom.

Reformas altas, privilégios – quem os não quer?

Mesmo que para tal nada faça para os merecer!

O que é bom é ter, passear, e, sempre – gastar, gastar!


Enriquecer depressa, gastar o Euromilhões!

Viver à grande, sem ter de contar os tostões!

Para muitos é tremenda a sua situação pessoal,

Carregados de impostos e de despudorada carga fiscal.

 

Outros agonizam no desemprego até final!

E os velhos, quem quer saber deles e os quer honrar?

E a instrução, sem distinção para a todos dar?

Quantos mil vivem na maior pobreza?

Sem pão. Sem casa, rodeados da maior aspereza?

Sem a solidariedade dos outros e um gesto de nobreza?

 

Será possível este círculo vicioso mudar?

Talvez se da alma humana a inveja arrancar!

Se cada um der a seu irmão, o que a si daria,

E o tratar como a si mesmo se trataria!

A Costeleta

 MARIA DO CARMO CATARINA CARAPUCINHA RODRIGUES

Faleceu

À família enlutada e a todos os amigos, a Associação apresenta sentidas condolências

DESCANSA EM PAZ MARIA DO CARMO