APRESENTADO EM FARO O LIVRO DE JOÃO LEAL - «CASA DE SANTA ISABEL 1919 / 2019, CEM ANOS DE BEM FAZER, UM SÉCULO DE VIVÊNCIA CRISTû

                       Na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, em Faro, decorreu a apresentação do livro escrito pelo jornalista João Leal e intitulado «Casa de Santa Isabel 1919 / 2019, Cem anos de bem fazer, um século de vivência cristã». Trata-se de uma obra que assinala o 1º centenário desta instituição de solidariedade cristã em prol das meninas desamparadas na altura em que o Mundo sofria a pandemia da terrível «gripe espanhola». Foi seu fundador o Bispo do Algarve, D. António Barbosa Leão, que liderou um grupo de senhoras farenses, entre as quais se contava D. Isabel Bivar, que viria a ser vítima do mortífero vírus. Hoje a Instituição mantando um grupo de jovens assistidas, que ali encontraram o carinho de um lar, apresenta novas valências, em especial na área educativa, mas sempre sob a matriz cristã.

                            Presidiu ao acto, que teve a presença de muito público, o Dr. Rogério Bacalhau, Presidente da Câmara Municipal de Faro, entidade que editou o livro e que foi coordenado pelos Dr. Dinis Caetano (presidente em exercício da Casa de Santa Isabel) e Luís Trincheiras (designer, técnico do Município Farense). Na vasta assistência destacamos as presenças de D. Manuel Quintas (Bispo do Algarve) e autor do Prefácio desta obra (««Cada uma das suas páginas guia-nos no percurso deste já longo e fecundo caminho e introduz-nos na arte de «bem fazer» de sucessivas gerações, reflexo da sociedade farense de cada tempo»), da Dra. Margarida Flores (Presidente do Centro Regional de Segurança Social) e Dr. Carlos Baía (Vereador do Município de Faro). 

                               O primeiro orador foi o Dr. Dinis Caetano que em nome da Instituição, fez os agradecimentos devidos e se referiu que «Ao a memória do percurso centenário da Casa de Santa Isabel, expressa-se a mais sentida gratidão a mulheres e homens, que num exemplo perene de cidadania, fundaram e trabalharam em prol de tão ilustre e insigne Instituição, em actividade desde 1919».

                                Seguiu-se a apresentação do livro feita pelo Dr. Jorge Leitão, conhecido advogado e dedicado dirigente de instituições de economia social, que focou o percurso e testemunho de vida do jornalista João Leal e disse: «A Casa de Santa Isabel é, felizmente, um dos muitos refrescantes OÁSIS, no verdadeiro deserto em que o homem tem transformado a obra de Deus, que é a Criação» e, mais adiante: «Como bem nos relata João Leal, a Rainha Isabel de Aragão, hoje Santa Isabel de Portugal, é a protectora desta obra, que, tal como ela, distribui agasalho aos mais necessitados. Todo o benefício distribuído pela Casa de Santa Isabel, pelas muitas centenas (senão mesmo milhares) de jovens que ajudou ao longo da sua centenária existência, são as Rosas do Regaço da Rainha Santa, que surgem, não em Janeiro, mas diariamente todo o ano, numa expressão de amor terno e doce, que têm como inspiradora, por graça de Deus, Maria, Sua Mãe e Nossa Senhora».

          Falou depois o autor que explicitou das razões que o levaram a aceitar este desafio e fez os agradecimentos devidos à valiosa colaboração e apoios recebidos.

           No encerramento usou da palavra o Presidente do Município, Dr. Rogério Bacalhau, que teve palavras elogiosas para aquele decano dos jornalistas algarvios e para a centenária Casa de Santa Isabel.

 EX-MILITARES FARENSES EM CONVÍVIO

                  Foram cerca de 50 os ex-combatentes, durante a Guerra Colonial, na Guiné Bissau, naturais ou residentes em Faro, que mais uma vez se juntaram no convívio anual, que constituiu elevado momento de confraternização e do recordar dos tempos vividos na antiga colónia portuguesa.

                   Acontece desde 2016, por iniciativa de um «trio» de antigos militares constituído pelos Major Marguilho (um antigo futebolista do Sporting Farense, José Luís Sousa e João Sopa.

                    Junto ao Monumento aos Combatentes, no Largo de São Francisco, foi colocada uma coroa de flores, recordando todos os que tombaram em combate.

                     Depois teve lugar um almoço de convívio, que decorreu na Estalagem Aeromar, na Praia de Faro e que foi ensejo para  recordar e lembrar tempos idos desde o início do conflito até à independência da Guiné Bissau.

NOTÍCIAS DO TURISMO ALGARVIO

      O Dr. João Fernandes, Presidente da RTA (Região de Turismo do Algarve), foi reeleito para presidir à ATA (Associação de Turismo Algarve) até 2024. A ATA é o organismo responsável pela promoção turística nos mercados externos. Á Assembleia Geral e Conselho Fiscal presidem, respectivamente, a ACRAL (Associação do Comércio do Algarve) e o Hotel Júpiter.

       Este atracado ao cais de Portimão, o navio de cruzeiros «Azamara Journey», vindo de Lisboa e que seguiu para Sevilha. A 2 de Janeiro será a vez do «Amadea».

       O hoteleiro João Soares (Hotel Dom José, Quarteira e Delegado no Algarve da Associação de Hotéis de Portugal) declarou que as coisas inevitáveis para o turismo algarvio figuram o aumento dos salários e a contratação de mão de obra migrante.

        A Câmara Municipal de Castro Marim tem em concurso público a criação de mil camas hoteleiras, no âmbito do NOT do Baixo Guadiana.

             Vai decorrer no 1º trimestre de 2022 um curso de turismo responsável para Guias Locais na Costa Vicentina, com 10 vagas, em regime de presença e online, cuja participação é gratuita.

               A companhia aérea low coast Raynair anunciou a ligação Faro / Luxemburgo , no âmbito de 12 novas rotas, na próxima estação alta.

                No âmbito dos Prémios «World Mice Awards» o Penina Hotel & Golf Resort, em Alvor, foi distinguido coma «'Medalha de Ouro», como «o melhor hotel em Portugal na área dos incentivos».

                «VAMUS» é a nova rede de transportes rodoviários do Algarve, que começou a operar no dia 1 de Dezembro, que é operado pela VIZUR, em empresa ligada ado Grupo EVA. A concessão surge na sequência do concurso público coma AMAL (Associação de Municípios do Algarve, válido por 5 anos, com98 carreiras e um volume de negócios de 85 milhões de euros.

                  

                                                                 JOÃO LEAL

«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»

                            «A MISSÃO DAS CIDADES NO COMBATE ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS»

                                                              MESTRE JORGE CRISTINO

          É um livro «no qual é dado o destaque ao papel que as cidades podem e devem desempenhar no panorama internacional em prol da sustentabilidade e da saúde planetária». É seu autor o Mestre Jorge Cristino, gestor público no sector empresarial do Estado, Mestre em Relações Internacionais, natural da Figueira da Foz. A obra foi apresentada em sessão pública que decorreu na Biblioteca Municipal de Loulé.

                                 «NAVE DO BARÃO - MEMÓRIA E IDENTIDADE»                                              

                                         COORDENAÇÃO DE JOAQUIM GUERREIRO 

          Em edição da Biblioteca Maria da Conceição Guerreiro e sob coordenação de Joaquim Guerreiro veio a lume a obra «Nave do Barão - Memória e Identidade», corolário do trabalho de um grupo de 15 cidadãos desta povoação louletana da freguesia de Salir, em colaboração com a Câmara Municipal de Loulé e a Junta de Freguesia salirense. O precioso livro inclui a sabedoria popular, as tradições e crenças, os mitos, o associativismo, a dinâmica social, a vida rural «numa viagem no tempo».

                               «NO CENTRO DO VULCÃO - OS SEGREDOS DA GUERRA CIVIL DE ANGOLA E A FUNDAÇÃO DA RESISTÊNCIA NACIONAL MOÇAMBICANA»

                                                RODRIGO CARLOS GOMES

                                   No Clube Naval de Portimão foi apresentada a obra «No Centro do Vulcão - Os segredos da guerra civil de Angola e a Fundação da Resistência Nacional Moçambicana», da autoria de quem esteve envolvido nestes conflitos, Rodrigo Carlos Gomes. Natural de Vila Pery (Moçambique), descendente de algarvios, viveu décadas no Algarve, havendo presidido aos Lions Clube de Portimão e sido Director Adjunto do «Jornal de Quarteira e é um ex-combatente .

                          «OS NOVOS AJUDANTES O PAI NATAL»

                                                         ANALITA SANTOS

             Numa edição da «Alfarroba» foi apresentado no Biblioteca Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, o livro bem enquadrado nesta quadra natalícia, intitulado «Os novos ajudantes do Pai Natal. É sua autora a escritora Analita Santos, com ilustrações de Alexandra Duque. A autora nasceu na Alemanha, mas reside em Portimão desde 1974. A apresentação deste livro natalício esteve confiada à «contadora de histórias» Márcia Gameiro.

                           «FUNDAMENTOS DA ACÚSTICA SUBAMRINA»  

                    O Dr. Orlando Rodriguez é o autor do livro «Fundamentos da Acústica Submarina», «uma obra que foi escrita para principiantes e especialistas» e que teve a sua presentação na Biblioteca da Universidade do Algarve, no Campus das Gambelas. Esta foi confiada ao Professor Rogério de Moraes Calazans, do Instituto do Mar Almirante Moreira, do Rio de Janeiro.

                                                                       JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO - JOÃO LEAL

    DUAS AGREMIAÇÕES ANIVERSARIANTES E MAIS QUE RECENTENÁRIAS  

          Neste início do festivo mês de Dezembro duas prestigiadas instituições sediadas em Faro, que têm resistido aos ventos da História e à vontade dos Homens, assinalaram os seus aniversários, prosseguindo os seus brilhantes historias em prol da cidade dos seus habitantes.

            Com as mais efusivas felicitações pela efemérides havidas, formulamos os propósitos de que prossigam pelos anos adiante como exemplares significativos do associativismo, ao nível do País e da Região.

             Ora que tanto se fala, sobretudo a nível comunitário e face aos constrangimentos que a pandemia tem vindo a acelerar, o caso do Montepio dos Artistas de Faro (Associação de Socorros Mútuos Protectora dos Artistas de Faro) é um exemplo do que constituiu a solidariedade fraterna activada pelos ventos novos do pensamento. Constituído em 1 de Dezembro dde1856, por um grupo generoso liderado por José Joaquim de Moura, hoje com nome na toponímia farense e singelo monumento na sua campa no Cemitério da Esperança.  

               Era o mesmo espírito das Confrarias do Corpo Santo (Casa dos Pescadores nos nossos dias) ou das portuguesas Misericórdias, as Santas Casas, hoje um suporte único e basilar na assistência em Portugal.

                 Possuindo a sede própria, na Rua do Montepio, num edifício que partilha com o outro dos aniversariantes, a Sociedade dos Artistas, desenvolveu uma acção médica - social, que foi com muitos anos de avanço, a percursora do Serviço Oficial de Saúde. Oferecia aos seus associados a acção clínica exercidas por dois médicos, os serviços de radiologia, de enfermagem e de deontologia, bem como a Farmácia, que ainda se mantem na Rua de Santo António, com desconto de 12% e, então gratuitos, quanto aos manipulados no laboratório. Já não existe o carro funerário, que os tempos são outros, mas o espírito de ajuda e socorro mútuos que levou José Joaquim de Moura e sus pare mantem-se na generosa dedicação de Luciano Seromenho e seus colegas da Direcção.

              A Sociedade Recreativa Artística Farense, no vulgo e sempre conhecida por «Os Artistas» constituiu-se 8 de Dezembro de 1906, por um grupo de «artistas», que assim eram designados os mesteres (carpinteiros, serralheiros, pintores, pedreiros, estucadores, etc.) sob a liderança de José António Manjua, conhecido por «Manjua Sapateiro», de que possuía um estabelecimento afamado, em plena Rua de Santo António.  Nos «Artistas» a acção dirigia-se para o recreio (bailes, quermesses, convívios, etc.) e para a cultura (cita-se o caso da excelente Biblioteca, de que o último mentor foi o sabedor ferroviário Sr. Caniço, pai do saudoso Vereador Professor Fernando Caniço), os Jogos Florais da Primavera, o Grupo de Teatro, etc.

                 A sua actividade tem sido nos últimos tempos algo perturbada por via do complexo processo das obras de reabilitação do imóvel, mas acreditamos que o querer de Pedro Bartilotti e seus pares, tantas vezes expresso em realizações múltiplas, onde vencer mais este desafio.