terça-feira, 21 de junho de 2022

 TURISMO ALGARVIO EM NOTÍCIA


      Encontra-se aberto concurso público para exploração do histórico Café Calcinha, em Loulé, que faz parte dos «Cafés Históricos de Portugal» e é propriedade do Município. Frente ao mesmo foi erigido o monumento a António Aleixo. A realização de eventos culturais e a defesa dos produtos locais (caso do Folhado de Loulé) são elementos de decisão.

     Milhões de euros estão a ser investidos nas Caldas de Monchique pelo consórcio que as adquiriu à Fundação Oriente. A recuperação do Hotel Central, a abertura do novo hotel boutique Pure, são algumas das obras em curso.

     Falta de mão de obra no turismo / hotelaria do Algarve, não obstante estarem inscritos como desempregados 6 mil elementos na Delegação Regional do IEFP.

    Segundo a CNN o Hotel Bela Vista na Praia da Rocha (Portimão) «é um dos 20 hotéis mais bonitos da Europa e o único português. Abriu em 1931.

      O Chef Kiko Vieira esteve em Vila Vita na noite de 21 de Junho (a maior do ano) celebrando com outros chefes cozinheiros o «Summer Pink Pool Party».

         O vinho rosé «Convento do Paraíso 2021» venceu o 14º Concurso de Vinhos do Algarve, que se realizou em Lagoa e em que foram distinguidos mais 44 néctares.

           O Conselho de Ministros deliberou atribuir o nome do Almirante Gago Coutinho ao Aeroporto Internacional de Faro.

            Esta «porta aberta do Algarve ao Mundo» vai ser dotado do «Sistema de Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente».

            Vindo de Tanger e com destino a Lisboa esteve em Portimão com centenas de turistas, em especial norte - americanos o navio de cruzeiros «Science Eclipse.

            Importantes achados arqueológicos foram encontrados nas obras de construção do novo campo de golfe do grupo Pestana entre Lagoa e Ferragudo.


                                                                                                   JOÃO LEAL


«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»



       «BIOGRAFIA DE UM MILITAR»

                                    GENERAL FRANCO CHARAIS

       Na Biblioteca Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, cidade a que o autor está afectivamente ligado, foi apresentado o livro «Biografia de um Militar», da autoria do General Franco Charais, um dos mais intervenientes oficiais da Revolução do 25 de Abril. A apresentação foi confiada ao seu companheiro Coronel Manuel Pedroso Marques. Segundo aquele «ícone de Abril», «um portimonense de adopção e de coração», trata-se uma entrevista biográfica feita pelo editor António Baptista Lopes.


            «JOGOS DE PODER»

                             DR. JOSÉ NOBRE PINTO SANTOS

         O algarvio e economista Dr. José Nobre Pinto Santos, que foi Secretário de Estado da Segurança Social é o autor do livro «Jogos de Poder», que foi apresentado na Biblioteca Dr. Júlio Dantas, em Lagos, terra natal do escritor, depois de o haver sido em Sesimbra e no Porto. O Prefácio é da autoria do Dr. Alberto Piscarreta e a apresentação esteve a cargo do Dr. José Estevão.


         «VELHOS LOBOS»

                              CARLOS CAMPANIÇO


         Nascido em Safara (Moura - 1973), mas há 27 anos residente em Faro, o jornalista e escritor Dr. Carlos Campaniço assina mais um livro «Velhos Lobos » que tal como as anteriores obras (romances) centraliza a sua acção e temática nas comunidades e vivências alentejanas.

            «Molinos» em 2007 foi o primeiro livro deste escritor que vive com um pé no Algarve e outro no Alentejo.

               Em 2013 o romance «Os demónios de Álvaro Cobra» foi distinguido com o «Prémio Nacional Cidade de Almada».


                                                      JOÃO LEAL


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

     HABITAÇÃO! PROBLEMA DE SEMPRE....


             Um dos mais instantes problemas que Faro sempre tem conhecido, ao longo de mais de oitenta que de vida, nem sempre boa, levamos , nunca conheceu ,a questão da habitação figurou sempre entre os maiores desafios dos farenses. A cidade, capital sulina, nunca teve ao longo dos vários mandatos presidenciais autárquicos, jámais conheceu uma verdadeira política habitacional .Recorda-nos de quando o ALMIRANTE Carlos Gago Coutinho veio inaugurar o Momento ao Infante D.Henrique e o Bairro Económico do Bom João que lhe ficava perto acreditava-se que novos bairros iam ser construídos. Meras crenças de um moço, com 10 anos, que se lembrava que de bairros só o dos Centenários, com meia dúzia de  habitações era uma realidade, não obstante a enorme carência - eram quartos como de habitações completas se tratassem, eram becos a funcionar  como se de bairros operário se tratassem, era o alojamento sub-rural a procurar reduzir a diferença entre a oferta e a procura. Novas zonas citadinas  eram urbanizas não raro sob a égide de construtores que ofereciam a Penha, a Horta do Rodolfo, o Bom João...como novos «El Dorado» de quem precisava um tecto para se abrigar e os seus proteger.

          Comparativamente a Olhão e outras localidades vizinhas a diferença era flagrante. Ficámos para trás sem acreditar ou impor-se em política habitacional,

              Há dias o Município da Faro, na pessoa do seu Presidente, Dr, Rogério Bacalhau criou 2 contractos visando o cofinanciamento de construção de 71 novas casas  no Concelho e em parceria com IHRU (Instituto de Habitação do Realojamento Urbano), no âmbito do PRR (Programa  de Recuperação e Resiliência)  estando neste 22 habitações em construção para famílias com carências económicas na Rua Ludovico Meneses.

                 Um outro projecto do Município aponta para a construção de 49 lares, com um custo de 8 milhões de euros destinado a famílias da Praia de Faro.

        Finalmente em Estoi o Município prevê a construção de mais 200 fogos com um investimento superior aos 25 milhões de euros. 


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



                UM «ADEUS» AO NITA


      Não sei quando se iniciou a minha amizade com o Nita, nem com ele, nem com o Zé Maria ou o Zé Manel, nem com tantos outros que foram e alguns, felizmente, ainda o são, marcos primeiros e assinalados do nosso universo afectivo. «Amigos desde sempre» e «amigos hemos de continuar para além desta passagem terrena.

       O Joaquim Pedro dos Santos, por todos conhecido por Nita, era meu companheiro de parede habitacional (Rua da Carreira / Rua Infante D. Henrique), frente ao «Grande Hotel», de bando escutista (o «Castanho» do 157 do CNE) e da minha vida de menino e moço, como todos afinal o tivemos. Grandes amizades, das que não enferrujam com o rondar dos longos anos contados em décadas e que são uma matriz para a vida toda.

         Nascera em Faro, na freguesia de São Pedro (29 de Agosto de 1940, em plena vivência dos «Centenários», filho desse destemido «lobo do mar» que foi o icónico Mestre Joaquim Rainha, de quem herdou o nome honrado e da «vizinha Luzia», uma messinense que, não sei como, veio parar a esta cidade - mãe. Muito cedo começou a trabalhar no Restaurante Rainha, com os seus familiares, de era co-proprietário e gerente, ali na Rua de São Luís. Faleceu na terra natal, que tanto amava, como queria ao Sporting Farense, de que ambos nos fizeram sócios no mesmo dia e hora, quando a sede era na Rua do Compromisso e o sr. Lavadinho, o cobrador / contínuo.

         O pouco convívio havido, pela diferença de caminhos que cada um tomou na vida não foi barreira para que a amizade se mantivesse e a saudade aconteça na hora da partida. 

          Sabes, Nita, tenho saudades dos nossos «bons velhos tempos», como tenho um universo de saudades tuas!