sexta-feira, 6 de junho de 2025

 CRÓNICA DO MEU VIVER OLHANENSE


E PORQUE NÃO, DE NOVO, A REVISTA «PITA E FANGA»?


Foi no distante ano de 1932 que subiu à cena, em Olhão, a revista «Pita e Fanga», um acontecimento singular na então «Vila de Olhão da Restauração».

Tão singular que ainda hoje, volvidos noventa e três anos (quase um século!), a subida à cena é um marco no historial do burgo e de modo próprio no que à «arte de Talma» olhanense representa. O espectáculo e o seu principal actor o célebre amador nascido nesta terra, o aplaudido e recordado «Vázinho», de seu nome completo Joaquim da Silva Vaz.

«Pita e Fanga" é, no escrever douto do sabedor Joaquim Parra - «um êxito que marcou o teatro em Olhão».

Foi então que, pela vez primeira, foi lida a célebre «Carta do marítimoolhanense», uma obra da literatura popular e autótone. Foi então que, pela vez primeira, foi cantado o «Hino de Olhão», a cuja autoria estão ligados os nomes dos «melos» - Manuel António Casaca e Francisco Pina, dois nomes inscritos na mais constante da nossa saudade.

Pena é, voltamos a insistir «pena é» que não se pense na repetição, o poder assistir-se a uma reposição de «Pita e Fanga». Porque o centenário se avizinha não seria de encarar-se a «histórica» revista voltar de novo à cena?


JOÃO LEAL

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