quinta-feira, 10 de julho de 2008

A ESCOLA E A CIDADE


FARO, A CIDADE

Acerca do Café Aliança,

que também era propriedade do Sr. José Pedro da Silva, já muito se tem escrito, mas não será descabido referir aqui a crónica Mesa dos Corticeiros (os industrias de cortiça), junto ao relógio de parede e aos degraus de passagem para o salão de bilhares que nesse tempo ficava na zona, hoje também café, que dá para a rua dá para a Rua da Marinha.

Igualmente crónica era a presença do Velho Pegos, batendo por vezes a sua bela sorna num dos corredores mais estreitos do Café. De grande importância no Aliança, era sem dúvida o funcionamento da Bolsa dos Frutos Secos, que ali juntava em dias certos da semana (quartas e sábados), os comerciantes do ramo.

Nesse, dia o café ficava pejado de “gnociantes” montanheiros

Era no CAFÉ Aliança que a rapaziada mais adolescente, quando já juntava uns escudos, ia por vezes lanchar uma meia sandes de fiambre, acompanhada de um dezoito de cerveja que era uma imperial em ponto pequeno, o que conferia um certo estatuto de adulto a qualquer jovem que já fizesse a barba

Dos bilhares do Aliança, recordemos as animadíssimas partidas em que participavam o Xerife (Arlindo Mestre), o Passos da Drogaria e o Zé Chibo funileiro na Rua Filipe Alistão.

Retirado de, FARO, Figuras e Factos em Meados do Século XX

Publicação de
João Brito Sousa