NA MORTE DE ANÍBAL GUERREIRO («NABINHO»)
Ainda teve a grata alegria de ver o seu clube de sempre, o Sporting
Farense, que serviu com denodada dedicação, regressar à Divisão Maior.
Faleceu às primeiras horas do último Sábado, aos 90 anos de idade, pois
nascera em Faro (o que era um dos seus títulos de orgulho) a 15 de Novembro
de 1922. Com a sua morte desaparece um dos últimos ícones do Algarve e da
sua capital. Aníbal de Sousa Guerreiro, sócio nº 1 dos «Leões de Faro», tal
como de outras colectividades, foi um empresário de êxitos (grupo
Fiaal/Pontautos, que seu pai, o sempre lembrado Aníbal da Cruz Guerreiro fora
um dos fundadores). Medalha de Ouro da Cidade de Faro (2008) foi, anos
sucessivos), vice - presidente e responsável da Secção de Futebol do Farense,
cuja equipa fez subir à I Divisão, pela vez primeira, na temporada de 1969 / 70.
Destacado columbófilo, foi dos mais notáveis portugueses nesta modalidade,
deixando ainda o seu honrado e estimado nome ligado a outras modalidades.
Benemérito, presidiu, anos após anos, à Assembleia Geral do Instituto D.
Francisco Gomes (Casa dos Rapazes).
Homem de trato fácil e amigo, era um apaixonado pela Terra - Mãe, vivendo
com raro entusiasmo quanto se referisse a Faro. Nas comemorações do 111º
aniversário do seu Farense viu ser dado à bancada central do mítico Estádio de
São Luís, agora a assinalar o Centenário, ser chamada de Aníbal da Silva
Guerreiro, para todos, com respeito, carinho e admiração, conhecido apenas
pelo «Nabinho».
Faleceu, mais um amigo de peito, daqueles cujo deixar a vida, nos dói
profundamente, porque o «Nabinho» era mesmo um amigo de peito.