sábado, 7 de julho de 2018

FALANDO DE...


Saudosismo e Saudade!

Saudosismo caracteriza-se pelo apego aos princípios de um regime político decaído, à fidelidade a ideias, usos ou costumes, que não são admitidos.
Saudade define-se como lembrança grata de pessoa ausente, do passado ou de alguma coisa que alguém se vê privado, assim como, pesar ou mágoa que essa privação causa.
Não sou saudosista, mas tenho muitas saudades.
Familiares e amigos que desapareceram, alguns precocemente, da minha juventude e da partilha com colegas dos bancos de escola e do bairro onde habitava, do convívio desinteressado entre os amigos, vizinhos seres humanos em geral. Também do respeito pelos mais velhos, pela bênção que pedia ao meu avô e pelo afago que recebia na cabeça acompanhado da frase Deus te abençoe meu filho”, do convívio entre jovens de todos os sexos,, dos bailes nas recreativas, dos primeiros cigarros que fumei (mata ratos), pelaesperas à porta da igreja para disfrutar das moças que saiam da missa, das idas para a ilha de Faro nos denominados “Gasolinas”. Saudade eivada de muitas e boas recordações, utilizado em momentos próprios e oportunos como razão de convívio familiar.
Também tenho saudades dos primeiros contactos com os Bancos em Faro. Nacional Ultramarino, Espírito Santo e Algarve e os respectivos responsáveis . Instituições de respeito, alicerçadas economicamente nos seus accionistas, que detinham as acções  que totalizavam o capital , beneficiando dos respectivos lucros e/ou prejuízos. O meu professor José Uva, que leccionava Direito Comercial, Noções Gerais de Comércio e Código das Sociedades Comerciais, recorria muitas vezes aos seus alunos para tratar de assuntos com os Bancos, permitindo-nos desde jovens  apreciar e conviver com a actividade bancária.
A saudade também é ingrata! Sempre que no dia a dia nos leva a fazer comparações com o passado, nos deixa perplexos e algumas vezes revoltados. Como é possível que o Estado Português, isto é, todos os portugueses, se tenham de substituir aos accionistas, que são os reais proprietários dos Bancos, para cobrir os biliões de euros de prejuízos, capitalizando-os com o dinheiro dos impostos que todos pagamos. Como é possível que, gestores de “topo”, quais generais de pacotilha, façam uma gestão tão ruinosa, que obrigaram o Estado a, num curto espaço de tempo, injectar trinta mil milhões de euros (30.000.000.000.oo€).
Tenho saudades dos Bancos com que comecei a privar nos anos cinquenta, sessenta e setenta. E, não aceito sem revolta, o que se está a passar.
Não sou saudosista, mas tenho saudade dos tempos em que se honravam, com o próprio nome, os compromissos!
Nota do autor- Este texto já foi em tempo publicado no Noticias de  S. Braz, e pela sua actualidade considerei oportuno divulgar no blogue.
Jorge Tavares
costeleta 1950/56

LANÇAMENTO DE LIVRO DE UM COSTELETA


O Fernando Sousa andou na Escola Industrial e Comercial de Faro, vai fazer o lançamento do livro " Os Meus Primeiros 70 Anos" - Reviver o passado que terá lugar no Museu Regional do Algarve - Rua do Pé da Cruz, nº. 4 em Faro no dia 8 de Julho do corrente ano pelas 17.00 Horas.




"Os Meus Primeiros 70 Anos"

A história de uma vida cheia, mas que os anos próximos irão completando.
Ao recordar o passado e as experiências vividas pelo autor, de alguma forma poderá ajudar, a quem as quiser ler, a tomar decisões presentes e futuras.
O autor descreve a sua primeira infância com todas as suas interrogações e os traumas da adolescência, assim como a sua iniciação e futura vida sexual.
Uma intensa vida profissional, com interrupção para cumprir o serviço militar e sua passagem pela guerra colonial como combatente em Angola e Moçambique.
Se a felicidade é uma conquista, aqui se demonstra como é possível lutar e alcançar com êxito esse objectivo.


Florêncio Vargues