domingo, 29 de março de 2020

LIVRO



«DA RIVALIDADE Á UNIÃO 
HISTÓRIA DO FUTEBOL EM SÃO BRÁS DE ALPORTEL»
CÉSAR CORREIA

Este é um livro, que de entre muitos outros, fazia falta á historiografia do futebol
sambrazense mas também a todo o contexto do Algarve, em si mesmo, mormente daquele
concelho do interior algarvio. Prorrogada a sua apresentação, prevista para o mês de Abril,
para data oportuna, por via da pandemia que ora se vive, ele vem preencher uma lacuna
que de há muito se fazia sentir e cujo tema central, «as rivalidades clubistas entre o Unidos
e o Desportivo», na segunda metade do século passado, bem como a história da modalida-
de entre 1913 (ainda São Brás de Alportel era freguesia do concelho de Faro) e 1970, eram
um desafio permanente a investigadores, alguns da Tribo do Futebol e jornalistas. Teve a
coragem de enfrentar este desafio e prestar mais um relevante e assinalado serviço ao fute-
bol regional e ao concelho a que está tão profundamente ligado há 8 décadas, a figura
maior da arbitragem algarvia, o internacional César Correia. No livro, editado pela Câmara
Municipal de São Brás de Alportel, a quem felicitamos pela oportunidade desta meritória
iniciativa, trabalhou afincadamente durante anos e, com aquela perseverância, empenho e
perfecionismo que, merecidamente, lhe são reconhecidos concluiu uma obra de invulgar
interesse.
César Correia, de quem em 2015, saiu a biografia «César Correia – o árbitro um ser
humano», da autoria dessa enorme figura do jornalismo algarvio, que é o Manuel Joaquim
Neto Gomes, é «a mais prestigiada figura da arbitragem algarvia». Nasceu a 1 de Abril de
1935 em Santa Catarina da Fonte do Bispo (Tavira), contado 85 anos de idade e bastante
moço se mudou, com seus extremosos pais, para a Mesquita Alta (São Brás de Alportel), a
que, não obstante as suas residências em Vilamoura e Quarteira, continua visceralmente li-
gado, quer como cidadão quer como empresário, de que foi destacada referência no sector
corticeiro. Na época de 1959 / 60 enveredou pela arbitragem, no início de uma carreira que
o levaria ao patamar maior a internacionalização em 1973 / 74 e terminando em 20 de No-
vembro de 1982, após 23 anos de «apito na boca» e conhecendo a direção de 23 jogos in-
ternacionais. Entre outras recebeu as seguintes distinções: «Medalha de bons Serviços
Desportivos» - Governo (1982); «Sócio de Mérito da Associação de Futebol do Algarve» -
1995); «Sócio de Mérito da Federação Portuguesa de Futebol» - 2014.
Segundo César Correia o livro de sua autoria - «Da rivalidade à união – história do
futebol em São Brás de Alportel» «retrata a história do futebol sambrazense, desde 1913 a
1970, inserida na conjuntura da época e enquadrada nos padrões de vida que eram apaná-
gio das gerações de então» e «define um tempo apaixonante por elas vivido nos seus anos
de infância, adolescência e maioridade, e recorda cinco décadas de memórias que se vão
esfumando na marcha do tempo».

                                JOÃO LEAL

COSTELETAS QUE NOS DEIXARAM




MARIA LISETA EUSÉBIO FRANCISCO SILVA

Faleceu em Faro, terra de sua naturalidade e residência, a nossa estimada
colega MARIA LISETA EUSÉBIO FRANCISCO SILVA, vítima de prolongada doença.
Contava 80 anos de idade e era, há muitas décadas, dedicada esposa do
nosso amigo e companheiro Gualdino Silva (ex – funcionário da EVA – Empresa de Via-
ção Algarve), a quem apresentamos, como a toda a Família sentidas condolências.
A saudosa colega, que era muito estimada pelas suas qualidades e senti-
mentos, foi dedicada e considerada funcionária da Direção de Estradas do Distrito de Faro
e, encontrava-se desde há anos aposentada.

JOSÉ LUZ SANTOS
Foi um dedicado interventor na vida política, cultural e associativa da Cida-
de de Faro, onde nascera há quase 85 anos, o JOSÉ LUZ SANTOS, que ora nos deixou.
Durante décadas foi um exemplar funcionário administrativo da FARAUTO, de que se en-
contrava aposentado. O saudoso extinto costeleta teve «um exemplar percurso cívico e po-
lítico como resistente antifascista e lutador incansável pela liberdade e pela democracia.
De «operário da palavra» foi designado e era galardoado com a «Medalho de Ouro – Méri-
to Municipal», pela Câmara M. de Faro e Sócio Honorário do Cine Clube de Faro, de que
foi dirigente, para além de outras distinções. Fundador da CIVIS (Associação para o Apro-
fundamento da Cidadania) e da COOPOFA (Cooperativa Popular de Faro) o «Zé Luz» foi
dirigente do Sporting Clube Farense, Correspondente da RTP e Colaborador de «JORNAL
DO ALGARVE» e esteve empenhado em muitas reivindicações algarvias, de modo pró-
prio a criação da Universidade do Algarve e a Regionalização.

QUE DESCANSEM EM PAZ

JOÃO LEAL